APRENDENDO COM JOSÉ (PARTE 9)

 

A Bíblia diz que Deus não tem prazer na morte do ímpio. Deseja que cada um assuma a responsabilidade por seus erros e se volte para ele (Ezequiel 33.11).

Não obstante, Deus em sua sabedoria resolve tomar algumas pessoas como exemplo, Sua punição nos faz lembrar que mesmo as transgressões de menor monta nos separam de Deus.

Talvez Deus permita que algumas pessoas más vivam porque deseja oferecer-lhes a oportunidade de se arrepender de seus maus caminhos, não importa o nível de depravação a que tenham chegado.

Ele tolera a corrupção décadas a fio e até mesmo toda uma vida. Algumas das piores pessoas na história abandonaram seus caminhos perversos e se tornaram grandes construtores do reino de Deus.

O apóstolo Paulo é um belo exemplo do que acabamos de dizer. 

 "Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite." Salmo 1:2

Você acha que Deus esqueceu de você? (Genesis 40)

Mais uma vez vemos o Senhor revelando-Se em sonho para José. Outro cara que passou dificuldades mesmo sendo justo e íntegro em tudo que fazia. Foi para uma prisão injustamente

Entra em cena o chefe dos copeiros e dos padeiros. Embora o sonho de ambos não tinham relação diretamente com José, Deus usa a situação para José manifestar o seu dom de interpretar os sonhos.

Nas palavras do próprio José (versículo 8), ele diz que "é Deus quem dá à gente capacidade de explicar os sonhos". Futuramente veremos Deus usando seu servo Daniel desta mesma forma, dando-lhe este mesmo dom.

Daniel também atribuirá ao Senhor o poder de desvendar os sonhos! (Confira em Daniel 2.27-28)

Naquele momento, José percebeu uma boa oportunidade de comunicar ao rei a sua inocência, porém quando a interpretação do sonho do copeiro tornou-se realidade, ele esquece-se totalmente de José ali na prisão.

Apesar do Senhor permitir que as pessoas se esqueçam de quem as ajudou, Ele JAMAIS se esquece de seus filhos que Lhe pertencem! José tenta ajuda humana, o copeiro se esquece dele, mas Deus tinha um plano melhor lá na frente, José permanece mais 2 anos na prisão e na hora certa de Deus, ele sai para desvendar outro sonho de grande porte, onde lhe daria o escape e um novo emprego.

O sonho e o plano que Deus tinha para a vida de José permanece vivo, embora naquele momento a situação se mostrasse adversa.

Talvez aquele fosse ainda um momento de crescimento espiritual para José e seu coração ainda não estivesse preparado para o que Deus tinha lhe reservado.

Quem sabe hoje você está passando por uma situação parecida, em que você se encontra preso entre as frias e escuras paredes de um calabouço.

Saiba que Deus está contigo, independente de onde quer que você se encontre! Que tal encarar esse momento sob o ponto de vista do Senhor?

APRENDENDO COM JESUS

 

Os cristãos da Igreja Primitiva sabiam muito bem o que faziam, a qual, em apenas dois anos tornou a Palavra do Senhor Jesus conhecida por "todos os que habitavam na Ásia". (Atos 19.10).

 

Eles faziam a diferença, porque acreditavam fielmente nas palavras de Jesus

 

A razão pela qual o Evangelho ainda não foi pre­gado a "toda criatura" é porque cristãos individuais in­terpretaram mal o que a Igreja é. Eles acham que Jesus já fez a parte dele, e nós não temos que fazer mais nada.

 

Para eles a igreja é apenas uma denominação, um prédio qualquer, a assembléia, a congregação. (E é certo falar da Igreja como um corpo coletivo de cristãos).

 

Mas, de um ponto de vista pessoal, a Igreja é VOCÊ! O seu corpo é o Corpo de Cristo.

 

Ele só pode testemunhar e traballhar ATRAVÉS DE VOCÊ!

 

Os cristãos têm interpretado mal o Espírito Santo e o Seu Ministério. Muitas pessoas conhecem Jesus, mas não estão dispostas a ser como Jesus

 

Para eles, Ele é a presença pairante que flutua ao seu redor e executa as suas ordens para que eles possam ficar em casa e assistir a sua televisão só no sossego.

 

Assim ninguém vai onde os pecadores estão, e também pessoas cultas que não bebem e nem fumam, acham que não precisam frequentar igrejas e nem ler a Biblia, acham que seu modo de vida está bem certinho.

Eles podem orar um pouquinho e imaginar uma porção de pequenos recados a fim de manter o Espírito Santo ocupado durante toda a semana, enquanto eles vivem para si mesmos e para a sua moda materialística de viver.

 

Não é de admirar que o mundo esteja indo para o inferno! Não é por nada que as multidões não convertidas caçoam da Igreja e dos cristãos! Não é por nada que os comunistas ridicularizam o cristianismo!

 

Jesus era um Conquistador de almas. Jesus mistu­rava-se com o povo. Ele se fazia amigos dos necessitados. Ele curava os enfermos. Ele pregava as Boas Novas aos pecadores. Ele ajudava o povo — desinteressadamente o tempo todo.

 

ELE NUNCA MUDOU! Ele deseja fazer o mesmo hoje!

"Ele trabalha EM VOCÊ tanto para querer como para fazer a Sua boa vontade". Mas Ele só pode fazer o mesmo hoje na medida que você permita que Ele assim o faça ATRAVÉS DO SEU CORPO.

 

VOCÊ é o Seu agente, o Seu embaixador, o Seu representante. Ele ministra através de VOCÊ — e sem o seu corpo para Ele Se ex­pressar, Ele permanece longe dos pecadores.

 

Compartilhe Jesus com os pecadores. Há um conhe­cimento de Jesus Cristo — uma profundidade — que você jamais conhecerá enquanto você não O compartilhar.

 

 

Isso é cristianismo!

 

No princípio você poderá ter receio ou ser tímido ou hesitante em agir no lugar de Cristo, mas vá em Seu Nome.

 

ELE ESTÁ EM VOCÊ. Entregue as suas emoções a Ele! Ele lhe guiará. E você descobrirá uma nova di­mensão no viver cristão que você jamais antes conheceu.

 

Alguns perguntam: "Como posso saber quando Deus está falando comigo e me guiando para fazer algo?" Ninguém jamais perguntou: "Como posso saber quando o diabo está falando comigo?" Você conhece a voz do diabo!

 Você também conhece a Voz de Deus! É só escutar, depois obedecer. A razão pela qual muitos põem em dúvida a Voz de Deus é porque eles não querem obedecer a Deus.

 

O cristão em geral não percebe que a obra pessoal de conquistar almas — LA FORA ONDE OS PECADORES ESTÃO — da forma que a Igreja Primitiva a praticava, tornou-se quase que desconhecida hoje em dia.

 

E é por isso que a Igreja Cristã está perdendo a corrida com a população mundial, a razão de 30 por 1.

APRENDENDO COM PEDRO

E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as dracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as dracmas? Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra os tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios? Disse-lhe Pedro: Dos alheios. Disse-lhe Jesus: Logo, estão livres os filhos. Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, e abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por mim e por ti.(Mateus 17:24-27)


Tenho meditado nesta passagem ultimamente, e, confesso, me surpreendi com o fato de que este texto está carregado de muitas lições oportunas para o momento que vivemos nos dias atuais, cheio de angustias, pressões, preocupações, tribulações e desespero.

Jesus e Pedro ao entrarem em Cafarnaum são cobrados a pagarem uma taxa de um imposto local, um imposto regional. Jesus e Pedro estavam duros, nenhum dinheiro no bolso. Aliás o próprio Jesus disse que nem travesseiro ele tinha, nem onde reclinar sua cabeça, dormia ao relento, só com a roupa do corpo, todo mundo duro, de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, só pregando o evangelho, só com a palavra mesmo, ASSIM COMO MUITOS DE NÓS, DUROS E COM PROBLEMAS FINANCEIROS

E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça (Lucas 9:58)

O interessante é que foi exatamente Pedro quem foi abordado pelos cobradores. Pedro se depara com situações que precisaria de fé, estratégias e bom testemunho

Pedro em dúvida, respondeu positivamente aos cobradores dizendo que Jesus era responsável, ele achava que sim, Jesus pagava seus impostos direitinho, e iria sim arcar com as exigências da lei naquele local.

Mas, como assim, Jesus não tinha casa, nem carroça, nem bens materiais nada, só a roupa do corpo, como poderia pagar algum imposto, o que Ele poderia fazer naquela situação de pressão

Só que antes mesmo de Pedro conversar com Jesus sobre este assunto, o próprio Cristo, surpreende a Pedro fazendo a este um questionamento.

Jesus diz a Pedro, indagando-o: “ os reis das nações cobram impostos dos filhos do reino ou dos estranhos?”. A resposta do discípulo foi: “ dos estranhos!”.
Muito bem, disse Jesus, eu não deveria pagar, sou filho do dono do mundo, sou de descendência real, filho de Davi, mas tudo bem, vamos dar um jeito nesta situação constrangedora

Nesta passagem do evangelho, Cristo não orientou Pedro a ir até o templo pedir o valor necessário para se pagar o imposto.

Embora Jesus tinha um grupo de mulheres que o ajudava com seus bens, e, embora Judas Escariotes fosse o tesoureiro do quadro apostólico que andava com Jesus, nesta hora, Jesus não se utilizou de nenhum destes possíveis recursos para se levantar o valor necessário para suprir aquela necessidade. Eles estavam sem dinheiro no caixa

O filho de Deus mandou o pescador Pedro “PESCAR” na pressão do momento, os caras da receita Federal local, estavam pressionando Jesus e sua turma, o jeito era arrumar uma moeda urgente!!!

Todos nós muitas vezes precisamos de um milagre URGENTE

Jesus contrariando toda lógica diz a Pedro que o imposto seria pago com o primeiro peixe que fosse fisgado. Um pescador nato, um peixe entalado com uma moeda fisgado, um problema resolvido!

Devido a isso, Jesus pôde entrar na cidade de Cafarnaum e o Evangelho teve continuidade. Dois problemas resolvidos, o do peixe entalado e sufocado com a moeda e os dois com o imposto em dia, sem problemas

Que benção! Este texto nos ensina a: (1) esperarmos o livramento e a solução por meio das pessoas certas, DE UMA FORMA LÓGICA (2) utilizarmos os RECURSOS apropriados, mesmo que sejam estes os mais absurdos possíveis (3) buscarmos estratégias adequadas DE ORAÇÃO E INTERCESSÃO, (4) O MILAGRE acontece a qualquer hora. (4) com Jesus não existe sorte, nem acaso é só providência divina
Esperarmos o livramento e a solução por meio das pessoas certas: Jesus sabia que na multidão dos peixes no mar, um estava engasgado, se utilizou da fé de Pedro para preparar a isca e o anzol, um pescador, bom em fisgar o primeiro peixe salvador da pátria.

É preciso entender que no reino de Deus sempre estamos interagindo com pessoas ao nosso derredor que possuem atribuições e qualificações que podem muito bem serem as ferramentas necessárias para o livramento de problemas que enfrentamos.

Precisamos conhecer quem anda com a gente e respeitar suas qualificações. DEUS USA CADA UM DE MANEIRA DIFERENTE COM DONS E TALENTOS DE FORMA SINGULAR
Pedro fez o que sabia fazer! Pedro pescou, apenas isso! Só que ele pescou porque Jesus o mandou pescar! Ele não pescou porque quis pescar, desta vez ele foi pescar porque Jesus quis que ele fizesse isso. Pedro confiava em Jesus e no seu PODER SOBRENATURAL

Pedro não foi pescar muitos peixes, mas apenas um peixe entalado. Talvez nós daríamos a Pedro uma ordem para se pegar muitos peixes afim de vende-los para que se reunisse as dracmas necessárias para a quitação do imposto.

JESUS conhece a minha e a sua individualidade, ele nos conhece intimamente e sabe quase as coisas que estão nos entalando, CONHECE O MEU E O SEU PROBLEMA, seja um problema emocional, financeiro ou qualquer outra situação o que SUFOCA E ENTALA

Confie em Jesus! Se ele desentalou um peixe, porque não poderá desentalar qualquer problema que estamos enfrentando?

As soluções dos problemas estão com Jesus. Achar JESUS disponível em meio a tantos problemas e circunstancias, ele é a pessoa certa, já é uma grande garantia de que o problema poderá ser resolvido.

A tendência humana é querer focar sempre na situação impossível. A moeda dentro do peixe o estava incomodando.

Mas o primeiro foco deve ser colocado no Senhor dos mares.

O peixe poderia muito bem ter engolido a moeda que deve ter caído de algum barco, ou de algum navio que naufragou. Não se pode saber como a moeda foi parar no ventre do peixe, podendo ser até um milagre sobrenatural, onde Cristo fez pela sua palavra surgir do nada aquela moeda nas entranhas do peixe.

Foque na pessoa certa e não no peixe! A pessoa certa ouve a “palavra” certa, pois Pedro creu na Palavra certa recebida de Jesus o seu Mestre. Pessoas que andam ao nosso lado que creem na Palavra certa recebida de Jesus, são pessoas que merecem o nosso foco.

Há pessoas andando conosco que creem na Palavra do Senhor e são estas pessoas que precisam receber nosso foco e atenção. Pessoas certas com a PALAVRA certa fazem o que é certo! OBEDECEM por fé!

Pagar imposto é algo normal e cotidiano! Pagamento do imposto, é algo com que todos procuram se ocupar em suas vidas. Cafarnaum fica próximo ao mar da galileia, portanto, uma cidade com vida pesqueira.

Jesus se utiliza disso! Jesus aproveita o contexto da cidade, aproveita o potencial das pessoas que andam com ele. Que maravilha! Grandes lições de fé e coisas sobrenaturais acontecendo ao nosso redor!

Jesus reina e domina sobre tudo aquilo que Deus criou a fim de fazer com que tudo aquilo que foi criado produza glória a Deus.

O peixe vendido produz dinheiro, esta é a lógica do senso comum. Jesus faz o peixe trazer o dinheiro! Ele muda a ordem normal do processo.

No reino de Deus precisamos estar preparados para sairmos da ordem normal dos processos que podem trazer soluções aos problemas. É preciso aproveitar as oportunidades e confiar sempre em Deus, estar aberto às possibilidades de agir com poder e domínio no processo que foge ao controle do senso comum.

A igreja precisa equilibrar a logica com a não lógica. Os regentes do reino de Deus aqui na terra precisam equalizar a razão com a fé no sobrenatural.

Lembrando que na dimensão do reino de Deus não existe normal e anormal, racional e irracional, natural e sobrenatural, espiritual e material, temporal e atemporal.

Jesus disse a Pedro: Desentala o peixe, salva ele, paga os impostos e não escandalize ninguém, entrega esta provisão por mim e por ti. Benção!

JESUS TINHA UMA EQUIPE BEM TREINADA E VITORIOSA

Deus nos abençoe!

APRENDENDO COM SAUL (PARTE 3)

 

 

COMEÇOU BEM E TERMINOU MAL

Desde o tempo de Josué (final do século 11 a.C), Israel vivia num sistema de Confederação de Tribos, governada por juízes que eram selecionados entre os anciãos e os profetas.

 
No tempo de Saul , este modelo estava se deteriorando e não havia unidade entre eles. Muitos povos que vinham do mar ou das grandes civilizações tinham um enorme interesse de conquistar e dominar Israel (que era uma espécie de “corredor” entre a Terra e o Mar).

O único fator e elo integrado, nesse modelo das confederações das tribos, era o Santuário que ficava em Siló.

Porém, este já havia sido destruído e saqueado pelos Filisteus que estavam aumentando seu território de dominação. Inclusive a Arca da Aliança (sinal da presença de Deus no meio do povo) havia sido raptada por eles.

Era o ápice da “era do ferro” e os Filisteus conseguiram monopolizar toda a “industria” do ferro, aumentando ainda mais o seu poderio. E todos os que não eram filisteus ficavam limitados a usar as armas mais frágeis de bronze ou cobre.

 Depois da queda do Santuário de Siló, o ponto de encontro dos israelitas era o Santuário de Gilgal.

 Frente a isso tudo, os Israelitas reconheceram a necessidade de um “governo central” e exigiram um Rei, considerando que todos os povos vizinhos tinham o seu rei. Eles não queriam mais serem governados por uma confederação de tribos.

 O juiz e profeta naquele tempo era Samuel, reconhecido por todas as tribos. Num primeiro momento Samuel resistiu as exigências do povo, mostrando que o Rei já era o próprio Deus que protegia suficientemente todo Israel. Porém, diante de tanta pressão, Samuel, depois de consultar o próprio Deus, finalmente consentiu que eles escolhessem um rei, mesmo diante dos “perigos” que isso pudesse trazer para o povo.

 

Das doze tribos, cerca da metade da população pertencia as duas tribos do sul, Judá e Benjamim. E foi da Tribo de Benjamim, da família de um homem chamado “Quiz”, um fazendeiro, que veio o primeiro rei de Israel: Saul. Este tinha ido procurar as jumentas do rebanho do seu pai e no caminho encontro o profeta Samuel, que por revelação divina, Deus apontou a sua escolha (1Sam 9).

 

Ali mesmo Samuel o ungiu proclamando rei sobre todo o povo de Israel. No inicio os israelitas não aceitaram a indicação do “novo e primeiro rei” , mas aos poucos o Jovem Saul mostrou ser um forte e valente soldado que defendeu o povo da invasão dos Amonitas. Essa vitória fez com que o povo se agradasse de Saul (1 Samuel 11).

Com isso, ele foi oficialmente coroado Rei de Israel em Gilgal, pelas mãos do profeta Samuel, com trinta anos de idade. Muitos feitos e muitas vitorias foram atribuídas a Saul, inclusive varias delas contra os próprios Filisteus.

 

Saul tinha um filho, Jônatas, que também se tornou um grande e capaz soldado ao lado do pai. Tudo parecia correr muito bem, povo com um rei, vitorias conquistadas, Israel bem defendido... Mas aos poucos Deus começou a mostrar que estava descontente com Saul. A fama e a gloria tomaram conta de sua cabeça. Pouco caso fazia das coisas de Deus, não erigia nenhum altar ao Senhor depois de cada “guerra” vencida.

Houve um total descuido para com as coisas de Deus. Sua preocupação era conquistar, aumentar sua fama, seu poder. Lamentável!

Tornou-se um rei arrogante e intransigente. Concentrava todo o poder em suas mãos. Não consultava ninguém e seu coração estava tão somente voltado as coisas materiais. Sua espiritualidade havia desaparecido. Não ouviam mais ninguém.

O próprio profeta Samuel discordava da postura do rei que não respeita suas ações. Com tudo isso, Samuel profetizou anunciando o fim do reinado de Saul (1 Sam 13,14). Mesmo com este anuncio profético de Samuel, o rei Saul não procurou se arrepender e voltar-se para Deus, pelo contrario, ficou ainda mais arrogante, enraivecido e deprimido.

Deus havia dito a Samuel: “ arrependo-me de ter posto Saul como rei, pois ele me abandonou e não seguiu minhas instruções” (1Samuel 15,11). Samuel disse a Saul: “assim como você rejeitou a palavra do Senhor, Ele o rejeitou como rei” (1Samuel 15,23).

 

APRENDENDO COM ZÍPORA

 

Esta mulher era filha de Jetro, o sacerdote midianita, é mencionada por causa de seu casamento com Moisés.

Quando Faraó planejou matá-lo, ele retirou-se para o deserto, passando em seu exílio pelo local hoje conhecido como Penísula do Sinai.

 

Encontrou Zípora no caminho das caravanas e acabou saindo em defesa da moça e de suas irmãs contra alguns desordeiros, junto a um poço perto da casa delas.

Jetro ofereceu hospitalidade a Moisés e, subsequentemente, sua filha em casamento

Zipora era a esposa dedicada de Moisés. Teve que conviver com os cunhados Miriã e Arão e parece que houve da parte deles um certo preconceito por causa da cor da sua pele e da sua nacionalidade.

Moisés revê assistência direta de sua esposa, ela o acompanhou em todo processo de liderança do povo de Deus

Embora Zípora fosse chamada “mulher cusita” (Números 12:1) ela era midianita e assim ,descendente de Abraão.

Na aparência pessoal ela diferia dos hebreus, tendo a pele de cor um pouco mais escura. Se bem fosse israelita, Zípora era adoradora do verdadeiro Deus

Miriã e Arão tiveram uma atitude racista com Zípora. Eles eram grande líderes do povo de Deus e mesmo assim, tiveram dificuldades de se relacionar com a esposa de Moíses

Zipora tinha uma disposição tímida, acanhada e era gentil, afetuosa, mas recebeu uma certa rejeição por parte de seus cunhados

Eles tiveram ambição de poder, tiveram inveja de Moíses, talvez até imaginando a influencia de Zípora sobre ele.

Arão e Miriã tinham ocupado posição de grande honra e de chefia em Israel. Ambos eram favorecidos com o dom da profecia

E disseram: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu. (Números 12:2)

Mirião e Arão por causa de suas ambições foram castigados por Deus e mais tarde, deixaram de ser orgulhosos e aceitaram na humildade Zípora, reconhecendo-a como mulher de Deus que ajudava muito a Moiséis

Zípora deve ter morrido depois que se juntou a multidão que seguia em direção à Terra Prometida, pois não se tem mais nada registrado a seu respeito.

Zípora permanece como uma mulher enigmática. No entanto, suas ações rápidas e decisivas parecem ter salvado a vida de Moisés em várias situações.

APRENDENDO COM JONAS (PARTE 3)

                    JONAS: O PROFETA FUJÃO

 O período histórico do ministério de Jonas é narrado com detalhes em II Reis 14 e 15. Ele viveu durante o reinado de Jeroboão II e, nesses tempos, a Assíria exercia seu poderio no Oriente Médio. Era uma nação cruel e era detestada por suas práticas desumanas.

Jonas era o típico judeu que nunca entenderia como seria possível que Deus viesse a amar os assírios. Ao contrário, ele esperava que o Deus Javé se voltasse contra eles e os destruísse.

A cidade de Nínive era a capital da Assíria, e quando Deus mandou Jonas pregar àquela cidade, ele recusou-se a ir, por causa do ódio que sentia pelos assírios.

 

E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do Senhor para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor.

 (Jonas 1:1-3)

 

Jonas é um indivíduo preconceituoso e seu livro mostra a resistência desse profeta ao propósito divino de evangelizar a raça mais cruel do mundo. E o que vamos verificar é que o inexplicável amor de Deus para com Nínive não encontra eco no coração de Jonas.

Foram os preconceitos de Jonas que o levaram a fugir da Missão que Deus lhe havia ordenado.

 

Preconceitos políticos: pois os ninivitas eram velhos inimigos de seu povo. Preconceitos raciais: os ninivitas eram gentios e não pertenciam ao povo escolhido. Preconceitos religiosos: um povo tão perverso, tão mau, tão grosseiro, não podia nem devia ser perdoado.

Quantos hoje não são como Jonas. Quantas vezes os nossos preconceitos nos impedem de sermos úteis a Deus. Quantas vezes os nossos preconceitos sufocam o amor às pessoas; aniquila nossa compaixão; obscurece nossa visão; seca as fontes da nossa espiritualidade e empobrece nossa mensagem.

Nós nos parecemos muito com Jonas. Podemos ver nele nossos preconceitos contra aqueles que não confessam a mesma fé a mesma doutrina, ou que pensam diferente de nós. Jonas é uma figura intrigante.

 

Ele assiste a uma cidade inteira se converter e ao invés de se alegrar, ele se irrita. E mais do que irritado, ficou deprimido a ponto de desejar morrer. Jonas é uma figura desconcertante, mas veremos que muitos de nós agimos exatamente como ele.

Muitos fogem da responsabilidade de pregar o evangelho a todas as criaturas. Pregar o evangelho é pregar o arrependimento e muitos não querem ouvir falar disso

 

Este caminho não é fácil de trilhar, é andar na contra-mão do sistema. Jonas pensou em desistir, mas

Deus o fez pensar e mudar seus conceitos. A compaixão entrou no coração de Jonas

"... Não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive?" (v.11).

Finalmente Jonas aprendeu. Deus tem compaixão de pecadores. Por isso, foi que o comissionou para pregar em Nínive.

O recado final é no sentido de que ele volte a amar as pessoas. Não coloque os preconceitos acima da salvação. Volte a amar, mesmo aquelas pessoas estranhas a sua volta.

APRENDENDO COM DANIEL (PARTE 1)

                

     
                 
               EMPREGADO BOM E  FIEL DE ESPÍRITO EXCELENTE

Dario o rei da Pérsia, tinha muitos funcionários na corte, mas nenhum se comparava a Daniel.

Daniel era um homem fiel e de espírito excelente. Um ótimo funcionário, integro e honesto.

E pareceu bem a Dario constituir sobre o reino cento e vinte príncipes, que estivessem sobre todo o reino; E sobre eles três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes príncipes dessem conta, para que o rei não sofresse dano. Então o mesmo Daniel sobrepujou a estes presidentes e príncipes; porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.   (Daniel 6:1-3)

O rei estava pensando em promover Daniel. Um bom funcionário quando se destaca em suas funções está apto a cargos mais elevados. O rei pensava em coloca-lo num alto nível, acima dos demais, e quando o sucesso vem, a projeção acontece, a inveja é muito grande, seus colegas de trabalho ficam inconformados.

Então os presidentes e os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa. (Daniel 6:4)

Como achar um erro, alguma culpa ,alguma acusação, num cara perfeito, eficiente, organizado, prestativo, não tem como, a única coisa que poderia acusar Daniel era uma mentira, uma farsa, uma conspiração.

O ambiente de trabalho é mesmo muito hostil, o ser humano é competitivo por natureza, as pessoas o tempo todo vivem em intensa competitividade, o mercado de trabalho é sinônimo de competição,  não tem como se ver livre de contendas, fofocas, invejas, reclamações, zombarias, e muito tombo, muitas "puxadas de tapetes".

Assim aconteceu com Daniel,  mexeram com sua religião, mexeram com seu Deus, preparam uma cilada e armaram um plano diabólico:

Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a acharmos contra ele na lei do seu Deus. (Daniel 6:5)

Isso mesmo, Daniel era religioso, ele seguia um crença, e no ambiente de trabalho falar do amor de Deus é quase impossível, ninguém está aberto a diálogos sobre RELIGIÃO, cada um segue sua crença, e Deus salve se quem puder, ou cada um pra si e Deus contra todos

Os "colegas de trabalho", os bons amigos de Daniel, tiveram uma grande idéia para prejudica-lo na sua carreira profissional, mexeram com o ego do rei, lhe fizeram uma proposta irrecusável:

Então estes presidentes e príncipes foram juntos ao rei, e disseram-lhe assim: Ó rei Dario, vive para sempre! Todos os presidentes do reino, os capitàes e príncipes, conselheiros e governadores, concordaram em promulgar um edito real e confirmar a proibição que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões. (Daniel 6:6-7)

Um decreto real jamais poderia ser revogado, e o rei todo vaidoso assinou rapidamente:

Agora, pois, ó rei, confirma a proibição, e assina o edito, para que não seja mudado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar. Por esta razão o rei Dario assinou o edito e a proibição. (Daniel 6:8-9).

Dito e feito, a perseguição religiosa estava decretada, agora só faltava achar os culpados. Daniel como de costume orava em sua casa de janela aberta, em direção a Jerusalém, todos os dias, prestava culto a Deus com liberdade.

Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. (Daniel 6:10)

Até que um dia, ou seja, imediatamente seus "colegas de trabalho" começaram a sondar seus passos, e não teve jeito entregaram Daniel de bandeja ao chefe, uma puxada de tapete e tanto, isso parece tão normal nos dias de hoje, neste mundo tão competitivo. Não é de se espantar que os desafios no campo profissional daquela época já existia:

Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus. Então se apre entaram ao rei e, a respeito do edito real, disseram-lhe: Porventura não assinaste o edito, pelo qual todo o homem que fizesse uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, por espaço de trinta dias, e não a ti, ó rei, fosse lançado na cova dos leões? Respondeu o rei, dizendo: Esta palavra é certa, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar.  Então responderam ao rei, dizendo-lhe: Daniel, que é dos filhos dos cativos de Judá, não tem feito caso de ti, ó rei, nem do edito que assinaste, antes três vezes por dia faz a sua oração.
(Daniel 6:11-13)

Inveja, traição, nunca sai de moda. Daniel foi encontrado em maus lençóis. E agora o que fazer? quem poderá salvá-lo da cova dos leões? Onde está seu Deus?

Ouvindo então o rei essas palavras, ficou muito penalizado, e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou para salvá-lo. (Daniel 6:14)

O rei Dario bem que ficou triste. Daniel já estava influenciando este homem, a fé de Daniel já havia alcançado  o coração do Rei. O rei era vaidoso, mas já estava rendido aos ´pés do Senhor a quem tanto Daniel exaltava.

Uma vez assinado o decreto, jamais o rei poderia anular, os "colegas de trabalho" fizeram questão de lembrar o rei, afinal quando alguém importante falha e está numa fria, alguém se dispõe a ajudar?

Então aqueles homens foram juntos ao rei, e disseram-lhe: Sabe, ó rei, que é lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou decreto, que o rei estabeleça, se pode mudar. (Daniel 6:15)
  
O rei muito triste autorizou os homens a levar Daniel preso e condenado até a cova dos leões.

Naquele tempo a cova dos leões eram preparadas exclusivamente para punir desertores, conspiradores e criminosos que infligiam as leis medo-persas.

 O rei tinha fé, no seu coração acreditava que Daniel poderia sair livre desta cova. Se o rei não tivesse fé, o máximo que ele poderia fazer era, homenagear seu principal funcionário no dia seguinte, lhe oferecendo um funeral digno, com apenas as vestes sujas de sangue, estraçalhadas pelos leões famintos, dentro do caixão lacrado.

Não foi isso que o rei Dario imaginou: Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e lançaram-no na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará. (Daniel 6:16)

O rei foi para casa e não conseguiu dormir, ficou a noite toda jejuando e orando, pois Deus já havia convertido seu coração, justamente pelo exemplo de Daniel.

Daniel foi para a cova dos leões faminto e também fez a mesma coisa, ficou a noite toda orando.

Então o rei se dirigiu para o seu palácio, e passou a noite em jejum, e não deixou trazer à sua presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono. Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei, e foi com pressa à cova dos leões.  (Daniel 6:18-19)

Ambos agiram pela mesma fé, a mesma oração, movidos pela presença de Deus e logo de manhã, para surpresa de muitos o rei estava alegre e Daniel salvo.

Algo sobrenatural acontece. Milagres não tem hora para acontecer. Com Deus é assim, não temas, crê somente, nem olhos viram e nem ouvidos ouviram o que Deus tem preparado para aqueles que O servem:

E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões? Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! (Daniel 6:20-21)

Calunias, perseguições, opressão, adversidades acontecem a todos, mas Deus livra os justos de tudo.

Daniel responde ao chamado do rei e diz: O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum. Então o rei muito se alegrou em si mesmo, e mandou tirar a Daniel da cova. Assim foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.  (Daniel 6:22-23)

Mas como assim, diziam os "colegas de trabalho de Daniel", Deus enviou um anjo para livrar Daniel, como é possível? Isso é um milagre, nenhum dano aconteceu a Daniel.

Não é que a religião de Daniel é boa, como Deus age naquele lugar. É verdade, muitos criticam a religião, mas quando a coisa aperta, procuram os homens de Deus para fazerem orações. 

O feitiço sempre vira contra os feiticeiros, quem pratica maldade, colherá maldade, quem inventa mentiras sofrerá danos piores, falsas acusações sempre terá consequências dolorosas. os "colegas de trabalho" de Daniel não só perderam o emprego, como toda estrutura familiar, tiveram um triste fim:

 E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos. (Daniel 6:24)

Assim é a vida com Deus, os justos jamais serão desamparados e sua descendência jamais será abandonada, Deus sempre traz a sua provisão, direção e proteção.

Seja justo, íntegro, fiel e persevere até o fim, apesar das duras provas da vida, Deus não nos livra de todos os problemas, Deus nos livra na "cova dos leões" durante o problema. E Deus através de seus servos bons e fiéis continua sendo exaltado, em todas as épocas e em todo tempo.

Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada. Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o seu domínio durará até o fim.
Ele salva, livra, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões. Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa.
(Daniel 6:25-28)