quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

APRENDENDO COM SAUL (PARTE 3)


 

 

COMEÇOU BEM E TERMINOU MAL

Desde o tempo de Josué (final do século 11 a.C), Israel vivia num sistema de Confederação de Tribos, governada por juízes que eram selecionados entre os anciãos e os profetas.
 
No tempo de Saul , este modelo estava se deteriorando e não havia unidade entre eles. Muitos povos que vinham do mar ou das grandes civilizações tinham um enorme interesse de conquistar e dominar Israel (que era uma espécie de “corredor” entre a Terra e o Mar).

O único fator e elo integrado, nesse modelo das confederações das tribos, era o Santuário que ficava em Siló.


Porém, este já havia sido destruído e saqueado pelos Filisteus que estavam aumentando seu território de dominação. Inclusive a Arca da Aliança (sinal da presença de Deus no meio do povo) havia sido raptada por eles.

Era o ápice da “era do ferro” e os Filisteus conseguiram monopolizar toda a “industria” do ferro, aumentando ainda mais o seu poderio. E todos os que não eram filisteus ficavam limitados a usar as armas mais frágeis de bronze ou cobre.

 Depois da queda do Santuário de Siló, o ponto de encontro dos israelitas era o Santuário de Gilgal.

 Frente a isso tudo, os Israelitas reconheceram a necessidade de um “governo central” e exigiram um Rei, considerando que todos os povos vizinhos tinham o seu rei. Eles não queriam mais serem governados por uma confederação de tribos.

 O juiz e profeta naquele tempo era Samuel, reconhecido por todas as tribos. Num primeiro momento Samuel resistiu as exigências do povo, mostrando que o Rei já era o próprio Deus que protegia suficientemente todo Israel. Porém, diante de tanta pressão, Samuel, depois de consultar o próprio Deus, finalmente consentiu que eles escolhessem um rei, mesmo diante dos “perigos” que isso pudesse trazer para o povo.

 
Das doze tribos, cerca da metade da população pertencia as duas tribos do sul, Judá e Benjamim. E foi da Tribo de Benjamim, da família de um homem chamado “Quiz”, um fazendeiro, que veio o primeiro rei de Israel: Saul. Este tinha ido procurar as jumentas do rebanho do seu pai e no caminho encontro o profeta Samuel, que por revelação divina, Deus apontou a sua escolha (1Sam 9).

 
Ali mesmo Samuel o ungiu proclamando rei sobre todo o povo de Israel. No inicio os israelitas não aceitaram a indicação do “novo e primeiro rei” , mas aos poucos o Jovem Saul mostrou ser um forte e valente soldado que defendeu o povo da invasão dos Amonitas. Essa vitória fez com que o povo se agradasse de Saul (1 Samuel 11).

Com isso, ele foi oficialmente coroado Rei de Israel em Gilgal, pelas mãos do profeta Samuel, com trinta anos de idade. Muitos feitos e muitas vitorias foram atribuídas a Saul, inclusive varias delas contra os próprios Filisteus.

 
Saul tinha um filho, Jônatas, que também se tornou um grande e capaz soldado ao lado do pai. Tudo parecia correr muito bem, povo com um rei, vitorias conquistadas, Israel bem defendido... Mas aos poucos Deus começou a mostrar que estava descontente com Saul. A fama e a gloria tomaram conta de sua cabeça. Pouco caso fazia das coisas de Deus, não erigia nenhum altar ao Senhor depois de cada “guerra” vencida.

Houve um total descuido para com as coisas de Deus. Sua preocupação era conquistar, aumentar sua fama, seu poder. Lamentável!

Tornou-se um rei arrogante e intransigente. Concentrava todo o poder em suas mãos. Não consultava ninguém e seu coração estava tão somente voltado as coisas materiais. Sua espiritualidade havia desaparecido. Não ouviam mais ninguém.

O próprio profeta Samuel discordava da postura do rei que não respeita suas ações. Com tudo isso, Samuel profetizou anunciando o fim do reinado de Saul (1 Sam 13,14). Mesmo com este anuncio profético de Samuel, o rei Saul não procurou se arrepender e voltar-se para Deus, pelo contrario, ficou ainda mais arrogante, enraivecido e deprimido.

Deus havia dito a Samuel: “ arrependo-me de ter posto Saul como rei, pois ele me abandonou e não seguiu minhas instruções” (1Samuel 15,11). Samuel disse a Saul: “assim como você rejeitou a palavra do Senhor, Ele o rejeitou como rei” (1Samuel 15,23).

 

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