terça-feira, 20 de abril de 2021

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 45)

 

OS DESAFIOS DE DAVI 

 "Davi suspirou por água, e disse: Quem me dera beber da água do poço de Belém, que está junto à porta! Assim aqueles três romperam pelo arraial dos filisteus, tiraram água do poço de Belém, junto à porta, tomaram-na e levaram a Davi. Porém ele não a quis beber; antes, derramou-a perante o Senhor, e disse: Não per­mita meu Deus que eu faça tal! Beberia eu o sangue da vida destes homens? Pois com perigo das suas vidas a trouxeram. De modo que não a quis beber. Isto fizeram esses três valentes." (1 Cronicas I 1:17-19.)

 O que você pensaria se um homem chamado e reconhe­cido como "homem de Deus" lhe fizesse uma proposta para pôr a sua vida em risco? Qual seria a sua reação? E claro que tanto eu quanto você pensaríamos duas vezes antes de atendê-lo. 

Só não demoraríamos tanto se esse homem tivesse uma credibilidade acima do natural, fosse um líder que merecesse tamanho esforço e se o seu pedido não ti­vesse um comprometimento moral.

Neste episódio vemos o desafio do rei Davi para com os seus valentes, de igual modo são valentes, pelo que fizeram pela visão de ascender a Jerusalém. 

 Deus tem levantado muitos homens e mulheres valentes nesse século; o Senhor tem falado deveras a uma geração; Ele está capacitando homens e mulheres para que possam conquistar a Terra.

Então, qual é a postura desse valente que busca água para o Rei? Vencer o medo e ver que os seus inimigos não são tão poderosos quanto ameaçam. 

Satanás é nada dian­te do poder de Deus. Gosta de ostentação, de amedrontar e de assustar. O cachorro quanto mais vira-lata é, mais late, pois quer se impor pelo barulho. Assim é o inimigo: quer se impor utilizando o medo e as circunstâncias.

Os valentes de Davi arriscaram a vida porque foram buscar água para o Rei. Eu gasto tempo pensando na ati­tude que tiveram. Existe uma diferença entre o fazer e o servir. 

A palavra "guia" significa professor do caminho. Um guia, em Israel, é treinado, di­erentemente de todos os outros guias que podemos vir a conhecer; eles são autoridades nas Escrituras. 

Muitos guias que nem são cristãos, conhecem a Bíblia melhor que mui­tos pastores, e dão um show de conhecimentos histórico, teológico e científico. Então, é de suma importância que estejamos definidos entre o fazer e o servir, e chegarmos à conclusão de como podemos fazer o melhor para Deus, não apenas fazendo coisas, cumprindo tarefas, mas ser­vindo.

A palavra "servir", no original doidos, tem como base uma chamada aos interesses de Deus, com a intenção de fazer o melhor para o homem. 

Quando servimos a Deus, estamos desenvolvendo um ministério pelo qual devemos trabalhar com o nosso coração, em todo o tempo. Lembramo-nos de que quando dizemos "sim" para Deus, falamos "não" para nós. 

O beber água implica uma decisão de risco, porém uma convicção de vitória. Quando resolvemos agradar o Rei, o que era risco torna-se prazer. Deus tem a capacidade de tornar o inimigo invisível diante dos nossos olhos.

 

BUSCAR A ÁGUA DA PREFERÊNCIA DO REI

Como vamos buscar essa água? Lembre-se de que preci­samos ser valentes de verdade, pois o inimigo está à esprei­ta. Precisamos ter uma estratégia de manobra melhor que a da espera do inimigo. Deus está chamando a Igreja e seu povo para um momento de desafio da alma, para vencer os seus limites. 

Deus não gosta que caminhemos só no pos­sível; a nossa fé precisa ser treinada para desafios maiores. Só galgará algo grandioso quem lutar por isto, de forma honesta.

O teste sempre será grande, para avaliar a nossa capaci­dade e disposição de ousar agradar ao Rei. Não é fácil, pois enfrentaremos o inimigo. Mas Deus sempre nos dará uma estratégia para que o inimigo não nos apanhe de surpresa, e para que não sejamos envergonhados por não cumprir­mos o Seu propósito. 

Devemos crer que Deus sempre luta­rá a nosso favor e nos dará as saídas que provêm do Seu coração, para que honremos a Sua vontade.

Querido, um valente não se mede pelas muitas guerras que já enfrentou, mas pelas que já ganhou. A Palavra diz que "em Deus nós faremos proezas" (SI 60:12). 

O Senhor tem prazer em nos ver caminhando em vitória. É por esse motivo que, sempre que Israel andava retamente diante do Senhor, não perdia uma só guerra.

Lembre-se de que a água que os valentes de Davi foram buscar foi, na verdade, um teste de capacidade de guerra. 

O rei Davi conseguiu medir não só a coragem daquele povo, mas a fidelidade ao rei. Nem o próprio Davi creu na possi­bilidade de que aqueles homens levariam a sério o seu de­sejo.

 É assim que devemos estar diante de Deus: quando Ele nos dá pistas da Sua vontade, devemos nos lançar no campo de guerra para cumprir o Seu desejo. Somos a he­rança de Deus e devemos oferecer a nossa melhor água para o Rei.

É bom sabermos, também, que não somos apenas nós que cumprimos os desejos de Deus, Ele também cumpre o nosso desejo quando nos agradamos dEle. O Salmo 37:4 diz: "Agrada-te do Senhor e Ele satisfará o que deseja o teu coração".

Buscar água para o rei fala da primícia do nosso esforço; é a abnegação da nossa própria vontade. "Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação." (Is 12:3.)

É também um ato profético, uma forma de entregar o nosso louvor em sacrifício a Deus. Não se esqueça, porém, de que a nossa água diária deve ser tirada das nossas fon­tes, que estão em Deus e jamais se acabarão.

"Todas as minhas fontes estão em Ti." (Sl 87:7.)

"O Senhor te guiará continuamente e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará os teus ossos. Serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam." (Is 58:11.).

 

 

 

 

 

 

 

 

APRENDENDO COM DANIEL (PARTE 24)

 

Conhecendo o Perfil do Valente

 

"Quando Daniel soube que o edital estava assinado, entrou em sua casa, no seu quarto em cima, onde estavam abertas as janelas que davam para o lado de Jerusalém; e três vezes no dia se punha de joelhos e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer." (Daniel 6:10.)

 

O Reino de Deus é um Reino de conquistas. Isso significa que teremos muitas batalhas, e das mais variadas formas. Porém, há uma Canaã que pertence a cada um de nós. Lá desfrutaremos do leite e do mel que representam a provisão. 

No entanto, temos visto que gigantes sempre se levantarão para tentar nos impedir de herdarmos as mais copiosas bênçãos. Nossa atitude tem de ser dirigida por Deus e baseada numa postura espiritual e não apenas mental.

Vamos enfatizar a vida de um guerreiro diferente. Ele lutou com todas as suas armas espirituais e atravessou dinastias cumprindo o propósito de Deus e exercendo influência sobre diferentes culturas. 

Este homem é Daniel, servo de Deus, que foi levado inici­almente para a Babilônia para servir em seus palácios. Daniel foi um grande valente de Deus, e isto em pele de ovelha, pois a sua história não envolve odisséias marcantes de lutas, guerras, estratégias militares, fuga de inimigos, des­truição ou conquistas de reinos.

Daniel conquistou reinos sim, e fez o seu nome na histó­ria, agindo diplomaticamente dentro dos palácios reais. Mesmo assim, enfrentou verdadeiros inimigos que tenta­vam destruí-lo dia e noite. Por isso não podemos pensar que estamos ausentes das lutas espirituais. Onde quer que estejamos plantados, teremos de guerrear. Devemos man­ter nossa postura em linha com a Palavra para estabelecer­mos o Reino de Deus.

Daniel utilizou, discretamente, armas poderosíssimas que foram altamente eficazes e tiveram efeitos letais sobre os seus inimigos. Como cordeirinho, passeava pelo palácio, mas como gigante de Deus, utilizava verdadeiros arsenais, tais como intercessão, sabedoria e conhecimento. Ele des­frutou de grandes vitórias, entrando para a galeria da fé citada em Hebreus e fazendo parte dos profetas maiores do Velho Testamento.

Vejamos com mais detalhes as armas usadas por Daniel:

 

1. INTERCESSÃO

Daniel foi um homem que entendeu que os grandes gi­gantes que se levantam em nossa vida podem cair ao toque de nossas intercessões. Ele descobriu que encontrava as estratégias para a conquista, na estrada que leva ao tro­no de Deus. Ele orava constantemente. Quando seus ini­migos quiseram montar um esquema para destruí-lo, ten­taram utilizar o próprio ato da oração como arma para incriminá-lo (Dn 6:13). Mas como pode alguém destruir aqueles que estão em intercessão debaixo das asas do Altíssimo? Isso é impossível.

Daniel orava três vezes ao dia, clamava aos pés do Se­nhor, orava pelas conquistas daquele reino e pela sobrevi­vência de seu povo (Dn 6:10). Ele deteve os principados que habitam nas regiões celestiais, apenas pelo poder da oração (Dn 10:11-14). Quando orava, movia a mão de Deus e movimentava os anjos que lutavam as suas guerras e traziam vitórias. Daniel viu o futuro e conheceu os proje­tos de Deus, porque sabia esperar em oração pela vitória diante do Altíssimo (Dn 11 e 12).

Quando seus inimigos se levantarem, lembre-se de Daniel que tinha a oração como arma de defesa e de ataque. Nunca seremos um valente de Deus se não tivermos o hábito de orar, de buscar o conselho de Deus, de esperar em Sua pre­sença e de receber o livramento. A oração move a mão de Deus. Os valentes recebem força para a guerra no momen­to da intercessão, porque é nesta hora que o Senhor se le­vanta como poderoso Guibor para tomar nossa causa e nos dar a conquista (Ex 15:3).

 

2. SABEDORIA

Daniel foi um homem cheio de sabedoria. Não pode­mos realizar conquistas firmes e grandiosas se não formos sábios. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Pv 9:10), somente os loucos a desprezam. Daniel tinha livre acesso aos palácios por causa da sabedoria que possuía.

Muitas vezes estamos sendo derrotados pelos gigantes mal­ditos que adentram na nossa má administração porque não tomamos decisões debaixo de sábio conselho. Há guerrei­ros que vão à batalha e não pedem conselhos, pois são cheios de orgulho. Isso é tolice (Pv 15:22). O homem sábio pede e sabe ouvir conselhos. O homem que tem sabedoria sabe como falar, a hora em que deve falar e como se posicionar diante do inimigo.

A sabedoria é um dom de Deus e Ele a dá liberalmente a todos que a pedem. "Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada." (Tg 1:5.) A sabedoria é me­lhor do que a força. Ser um valente de Deus não significa que precisamos ter força em nossos músculos, nem que de­vemos rilhar os dentes para fazer calar o inimigo. É a sabe­doria que vai enfraquecer os estratagemas dos gigantes que se levantam contra nós. Alcançaremos o pódio da vitória e nos alegraremos, pois todo valente de Deus aprende a tor­nar-se um homem sábio.

 

3. CONHECIMENTO

Daniel era um homem de oração, homem sábio e tam­bém tinha conhecimento. Daniel era inteligente, foi colo­cado entre os sábios do reino - homens versados em toda cultura e conhecimento da época (Dn 1:17). A guerra que Daniel enfrentava todos os dias contra os inimigos de Deus era diplomática e envolvia os poderes místicos e filosóficos daqueles tempos.

Os crentes do mundo inteiro têm vivido dias semelhan­tes aos que Daniel enfrentou. Estamos em uma guerra em que os filhos das trevas invadem os nossos lares e tentam estabelecer os seus impérios através da mídia, conquistam cargos importantes através das fraudes e estabelecem seus reinos pela falsidade ideológica. O conhecimento é impor­tante para todo guerreiro de Deus, pois servirá de arma contra essas ciladas.

Temos de buscar na Palavra de Deus a fonte de sabedo­ria, para conhecermos aquilo que se encontra à nossa dis­posição. A Bíblia é o manual de guerra de todo crente. As­sim, devemos ter conhecimento da Palavra, não apenas ale­atoriamente, mas profundamente, para não sermos iludi­dos pelo inimigo. No momento da tentação, Jesus venceu Satanás através da Palavra. Ele pôde citar a Bíblia porque a conhecia. Não estamos falando de conhecimento super­ficial da Bíblia, ou do que ouvimos o pastor pregar no do­mingo passado e que, talvez, na hora da necessidade, lem­bramos. Não! O conhecimento deve ser mais aprofundado, consciente e ponderado. Daniel fez uso adequado do co­nhecimento e colheu os frutos da sua competência.

Uma história de conquista não se dá por acaso. Ela é re­sultado de algo conquistado proporcionalmente, no tempo próprio e debaixo de determinação. Daniel era um homem valente, mas tinha a mansidão de um cordeiro; porém, mes­mo sendo um cordeiro, não foi devorado pelos leões, porque a bênção do Senhor repousava sobre ele. Nem mesmo o po­derio dos reis da Terra foi suficiente para remover um ungi­do do Senhor. Isso fala diretamente sobre a necessidade de termos nEle a nossa convicção, de partimos para a guerra com as estratégias que dEle recebemos, de aplicarmos a intercessão para quebrar as cadeias, de agirmos com sabedo­ria e conhecimento para assim desfrutarmos do melhor do Reino de Deus.

Avance, valente, e não se esqueça de suas armas.

 

APRENDENDO COM ELIAS (PARTE 10)

 

Elias, um homem como nós

"Portanto, confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A oração de um é poderosa e eficaz. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e orou com fervor para que não chovesse, e durante três anos e seis meses não choveu sobre a terra. E orou outra vez e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto" Tiago 5:16-18.

Quem era Elias? Elias foi um profeta intrépido do Velho Testamento, que teve fé suficiente para enfrentar o Rei Acabe, dizendo-lhe que em seu reino não choveria por três anos.

Elias também é o mesmo homem de fé que orou a Deus em favor de um menino que já havia morrido, e Deus o ressuscitou.

Ainda é sobre o mesmo Elias que a Bíblia fala, quando desafiou a uma competição os quatrocentos e cinqüenta profetas do deus Baal, no alto do monte Carmelo, clamando fogo do céu e depois cortou a cabeça deles ao celebrar a vitória.

Como é possível nos dias de hoje nos identificarmos com uma pessoa assim?

Porém Tiago disse: "Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós..."

Temos estudado nos últimos dias sobre as chaves que dão acesso ao céu e à presença de Deus, às chaves da oração para abrir portas, a função dos intercessores. No nosso boletim desta noite, no item "Orai sem cessar", há dois tópicos chamando-nos a orar por intercessores e "reparadores de brechas".

Elias era um homem que tinha muito em comum com nós.

É difícil tentar ver alguma semelhança com um homem que tinha aquele tipo de fé. Seria mais fácil nos identificarmos com alguém como Pedro.

Pedro era um sujeito, que antes de ter sua vida controlada pelo Espírito Santo, estava sempre metendo os pés pelas mãos, quebrava promessas e ainda negou ao Senhor.

Também seria fácil nos identificar com Davi. Às vezes ele tinha problemas com Deus. Tinha problemas com os filhos, não sabia em quem confiar. Caiu em adultério, mandou matar. Este sim, era um homem sujeito às mesmas paixões que nós.

No entanto, Tiago não falou sobre Davi, nem sobre Pedro. Falou daquele habitante do deserto: Elias.

Para dar um maior esclarecimento sobre que tipo de paixões estava Elias sujeito, seguem-se alguns exemplos:

  • era um homem de natureza semelhante à nossa;
  • era um ser humano de natureza semelhante à que temos - com sentimentos, disposições de ânimo e constituição física igual;
  • era alguém tão humano quanto nós.

O que Tiago queria dizer era que Elias era um ser humano normal e que Deus respondeu milagrosamente às suas orações.

Você crê nisso? Sim, Deus também pode responder às suas orações de maneira poderosa, basta crer.


 

APRENDENDO COM EZEQUIAS

 

A DISCIPLINA DE EZEQUIAS 

Na Bíblia há um exemplo bem claro de uma vida que recebeu uma ordem específica de Deus em direção à disciplina. Ezequias foi o rei de Judá que restabeleceu o culto ao Senhor, reparou o templo, conclamou os levitas e os sacerdotes à consagração e tirou toda a imundícia que se encontrava dentro do santuário, isto é, as imagens de outros deuses e restabeleceu o ministério da casa do Senhor (II Cr 29). O resultado de toda essa disposição de Ezequias em buscar o caminho do Senhor resume-se no verso 26 de II Crônicas 30: "Houve grande alegria em Jerusalém, pois desde os dias de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, não tinha havido coisa semelhante em Jerusalém".

Todo o povo se beneficiou da disciplina e persistência de Ezequias: "ordenou ao povo que desse a parte dos sacerdotes e levitas... (II Cr 30:4) e desde que o povo começou a trazer suas ofertas à casa do Senhor, tem havido o que comer e de que se fartar, e ainda há sobra em abundância, porque o Senhor abençoou ao seu povo"(II Crôn 30:10).

No entanto, quanto mais se busca ao Senhor, mais se cresce e mais se requer de nós. E assim também não foi diferente para Ezequias. Uma grande árvore cresce para cima e aprofunda suas raízes para baixo, para poder se sustentar.

Considerando que tudo se encontrava na "perfeita paz", de repente o rei Ezequias viu-se sitiado por Senaqueribe, rei dos assírios, que procurava incitar o povo de Judá dizendo que o Deus de Israel era igual a todos os outros deuses e que como outras nações não puderam se fazer contra ele, baseados em seus deuses, Judá também seria derrotada (II Crôn 32: 17-19).

Ezequias e Isaías oram e clamam ao Senhor, que envia um anjo ao acampamento assírio e mata a todos os soldados de Senaqueribe. Este foge e ao chegar na casa de seu deus os próprios filhos o matam. Que livramento do Senhor! Que castigo merecido àqueles que afrontam ao Deus vivo!

Nem tudo são flores. Toda a prosperidade e riqueza adquiridas por Ezequias sobem-lhe ao coração, gerando-lhe orgulho e soberba. Ezequias adoece.

Através de Isaías o Senhor traz-lhe uma palavra profética: "Põe a tua casa em ordem, porque morrerás e não viverás"(II Rs 20:1). Entristecido, Ezequias suplica ao Senhor pelo contrário, lembrando-lhe que O havia servido com integridade de coração e que havia feito o que era reto aos Seus olhos.

Ezequias não percebeu a profundidade da Palavra do Senhor: "põe a tua casa em ordem", indicando-lhe o que devia fazer em primeiro lugar.

Pela grandeza de Sua misericórdia o Senhor volta a palavra a Isaías e determina ao profeta que consolasse o rei, dizendo que suas orações foram ouvidas, ele seria curado e ainda teria 15 anos de vida.

Ora Ezequias, curado, não colocou a sua casa em ordem e as consequências foram vistas no reinado de seu filho Manassés que cometeu as piores abominações até então não cometidas pelo povo de Deus.

Qualidade de vida. Fomos chamados à salvação. Fomos preparados para ser um povo bem disposto ao Senhor.

O exemplo de Ezequias é bem pertinente em nossos dias. Através de uma vontade persistente, aquele jovem rei de 25 anos imprimiu a si próprio e ao povo de Judá uma disciplina espiritual capaz de restabelecer o culto a Deus e restaurar o templo à importância da nação de Israel.

A qualidade de vida espiritual está intimamente ligada ao preço que se paga por ela. Maior preço maior qualidade, mais vida. Menor preço, vida acomodada, infrutífera, morna...

A palavra de Deus hoje para a Igreja é a mesma dada ao povo de Israel antes da posse da terra prometida: "Se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao Senhor vosso Deus, e de O servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, as primeiras e as últimas, para que recolhais o vosso trigo, o vosso vinho e o vosso azeite. Darei erva nos vossos campos ao vosso gado e comereis e vos fartarei"(Dt 11:13-15).

Que promessa! Quem está disposto a buscar e receber estas bençãos? Quem está disponível a ser um povo bem disposto ao Senhor? Quem quer largar as migalhas e provar do pão dos filhos? Quem quer colocar a sua casa em ordem neste dia?

Possa o Senhor Deus operar magnificamente em nossos corações.

 

APRENDENDO COM ZACARIAS (PARTE 01)

 


Qualidade de Vida

"Irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os rebeldes à prudência dos justos, e preparar ao Senhor um povo bem disposto." Lucas 1:18

O anúncio do nascimento de João Batista foi algo nobre e de tamanha importância. Seu pai, Zacarias, sacerdote da ordem de Abias e sua mulher, Isabel, da ordem das filhas de Arão tinham um ministério espiritual dentro do Reino de Deus.

O verso 6, do evangelho de Lucas, cap 1º diz que ambos eram justos e andavam sem repreensão nos preceitos do Senhor. Porém havia algo de triste no seio desse lar. Eles não possuiam filhos. Isabel era estéril e os dois eram avançados em idade.

Chegando o tempo do Senhor operar na vida de Zacarias, algo diferente lhe acontece, ele é "sorteado" quando seu turno exercia o sacerdócio no templo, cabendo-lhe entrar no lugar santo, o tabernáculo, para oferecer incenso. O povo, do lado de fora, permanecia orando, aguardando o retorno do sacerdote.

Era um dia especial para Zacarias. Ele não poderia imaginar o que lhe aguardava. Sabia, porém que para entrar no tabernáculo deveria estar santificado, como preceituava a lei (Lv 10:3, Lv 21:6).

No interior do tabernáculo um anjo já o aguardava com uma boa notícia: a sua oração havia sido ouvida e sua mulher Isabel deixaria de ser estéril. Em uma reação natural, Zacarias ficou perturbado e amedrontado.

E quem não ficaria se um anjo lhe trouxesse uma boa nova agora, principalmente se fôr um ardente pedido de oração?

No entanto, para um sacerdote - homem dedicado às lides e ao ministério espiritual - Zacarias não lembrou-se do exemplo de Abraão, que, da mesma maneira, sendo velho e possuindo uma esposa idosa, recebera a promessa de ter um filho durante a velhice.

O anjo descreve a Zacarias os detalhes do ministério do filho que lhe nasceria, concluindo com a expressão: preparar ao Senhor um povo bem disposto.

Antes de nos atermos sobre essa expressão, vejamos como desenrolou-se o episódio e a experiência de Zacarias. O anjo deixou-lhe mudo por não ter crido de imediato nas suas palavras. Após o período de seu ministério retorna à sua casa e presencia o cumprimento da promessa: Isabel torna-se grávida nos seus dias de velhice!

Seis meses passam-se. O anjo Gabriel anuncia à Maria, prima de Isabel, que ela haveria de conceber o Filho do Altíssimo. Maria, à semelhança de Zacarias também tornou-se assustada e perturbada. Recebe a notícia de que havia alcançado graça diante do Senhor e que sua prima iria conceber.

Resolutamente Maria aceita as palavras do anjo e voluntaria-se para cumprir a vontade de Deus. A nova experiência para Maria deve ter lhe mexido o coração, pois sabia que sua prima Isabel era idosa, estéril e também seria mãe por meio de uma promessa. Apressada, Maria desloca-se para as montanhas em busca de seus parentes, possivelmente queria verificar a situação de sua prima e também falar de sua experiência.

Maria ao saudar Isabel recebe como resposta uma manifestação do Espírito Santo, confirmando tudo aquilo que o anjo havia lhe falado. Também, pelo Espírito, entoa um cântico de louvor e gratidão a Deus. Que encontro o de Isabel e Maria!

Caberia à João Batista preparar o caminho do Senhor Jesus. De que maneira? Testemunhar a vinda do Messias, conclamar pelo arrependimento dos pecados e pela conversão dos maus caminhos, veio falar da graça e verdade do Senhor (Jo 1:17). Isto é o que significa preparar um povo bem disposto ao Senhor.

Em outras palavras, João foi o primeiro missionário ou primeiro evangelista da era cristã. Antecedendo ao ministério do Senhor Jesus, João preparou os corações dos errantes para uma crença nAquele que seria o Salvador do mundo. A Bíblia diz que uma multidão se reunia em torno dele para o ouvir e ser batizada por ele (Lc 3:10). Com o início do ministério do Senhor ouve uma transferência dos discípulos de João para Jesus. Alguns dos discípulos de João Batista não entenderam e disseram: "Rabi, aquele homem que estava contigo além do Jordão, do qual deste testemunho, está batizando, e todos vão ter com ele" Jo 3:26. Ciente de que cumpria seu ministério João Batista declara: "É necessário que Ele cresça e eu diminua" Jo 3:30.

O ministério de João Batista encerrou-se com sua prisão e morte. Porém o mais importante ele já havia conseguido: "preparar um povo bem disposto ao Senhor".

O novo cristão passa por uma experiência profunda quando verdadeiramente participa do novo nascimento descrito em Jo 3:3. Um nascimento espiritual, sobrenatural, diferente de tudo aquilo que uma vida beata ou religiosa poderia oferecer.

Assim inicia a sua caminhada na vida espiritual. O novo espectro e horizonte que surgem o movimentam em torno das coisas espirituais, coisas do Reino de Deus. Por isso é patente a expressão: "ele está vivendo seu primeiro amor".

Sufocados pelas coisas e atividades do mundo, muitos cristãos esfriam e acostumam-se à uma vida espiritual sedentária, pobre de experiências e monótona. São os "esquentadores de banco". Ou os "crentes domingueiros". O primeiro amor foi coisa do passado. O que condiz com o perfil da Igreja de Éfeso, narrado no livro do Apocalipse capítulo 2.

Onde está a disposição?

Nos dias de hoje está em foco no meio empresarial uma reformulação de projetos e atitudes chamada QUALIDADE TOTAL. Nesse projeto, empresas e órgãos públicos e privados chegaram à conclusão que precisam apresentar aos seus clientes, através de seus produtos e serviços uma qualidade melhor, seja ela da produção até o atendimento exclusivo ao consumidor. Para o mercado que surge nos dias modernos, só será competitivo quem apresentar os melhores produtos ou serviços.

Parafreseando a Qualidade Total para as nossas vidas, vemos que são poucos os irmãos que, verdadeiramente, podem dizer que vivem uma vida espiritual de qualidade, isto é, bem disposta ao Senhor. Por que será?

Por que muitos irmãos contentam-se com as migalhas caídas da mesa, como a mulher estrangeira, siro-fenícia, ao implorar ao Senhor Jesus que libertasse a sua filha? (Lc 7:28). Na realidade o pão pertence aos filhos (Lc 7:27)!

Um dos motivos, dentre tantos, que conduzem os cristãos à perda do primeiro amor e à vida de migalhas espirituais é a falta de disciplina espiritual. Isto é bem diferente de disciplina religiosa. Ser religioso, piedoso ou assíduo esquentador de banco de igreja pode criar um rótulo de "crente espiritual", mas os frutos e a experiência são poucos ou vagas lembranças de um passado onde o Senhor atuou em sua vida. É mais cômodo não se expor e acostumar-se ao "feijão com arroz", espiritualmente falando. Ao leite espiritual.

A disciplina espiritual do verdadeiro cristão começa no seu interior. A vida espiritual passa a ter mais importância que outras coisas. A leitura da Palavra de Deus e os momentos dedicados à oração fazem parte do seu viver. As experiências surgem e Deus é glorificado.

APRENDENDO COM JESUS

 

Jesus, nosso Cordeiro


Há uma música cuja letra é: "Calmo, sereno e tranqüilo, sinto descanso neste viver. Isto devo a um Amigo e só por Ele pude obter. Ele é Jesus, meu Amigo, meu Senhor e Salvador. Só por Ele ganhei a vida eterna com Deus. Triste foi Sua história, morreu na cruz sem pecado algum, só porque me amou, morreu por mim e não hesitou. Ele é Jesus, meu Amigo, meu Senhor e Salvador."

A Palavra de Deus nos mostra que a mensagem de Jesus é salvadora e libertadora. É o ungido que veio para realizar a vontade do Pai: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele."Jo 3:16-17.

Então, Cristo Jesus morreu em favor de cada um de nós, para que fôssemos livres do castigo, da perdição e da destruição. Ele derramou o Seu sangue precioso em favor do ser humano e aquele que aceita o Seu sacrifício tem como garantia o livramento e a vitória, pois Jesus é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. (Jo 1:29).

Ele morreu sem pecado algum, mas sobre Ele estavam as nossas transgressões e as nossas iniqüidades, como diz o profeta Isaías: "mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados." Is 53:3-5.

Ele foi à cruz... mas Seu túmulo está vazio!!! Ele ressuscitou! Ele vive! Ele é esperança!

O nosso Deus é poderoso!

Deus amou o mundo de tal maneira... Deus amou a mim e a você, o Cordeiro de Deus morreu na cruz sem pecado algum só porque amou a mim e a você: "com amor eterno Eu te amei, por isso com benignidade te atraí."(Jr 31:3).

O Senhor não se esqueceu de você.

Você está desanimado (a), desesperançado (a), as coisas que não consegue entender estão lhe acontecendo e lhe deixando triste, frustrado (a), cansado (a)? Vá até Ele. Ele lhe espera de braços abertos. Nele teremos o descanso para nossas almas: "vinde a Mim todos os que estão cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei"(Mt 11:28).

Ele conhece cada palavra que você já pronunciou. Ele lembra de cada lágrima que já correu do canto de seus olhos. Você pode tê-la limpado quando ninguém olhava. Ele sabe onde você está e o que está pensando e sentindo em cada momento do dia e da noite.

O Senhor diz: "Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho so seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, Eu, todavia não me esquecerei de Ti. Eis que nas palmas de minhas mãos te gravei" (Is 49:15-16).

Perdemos algumas vezes toda a esperança e supomos que Ele vai se esquecer porque nós nos esquecemos. Todavia, Ele se lembra.

Vá até Ele e tenha sua vida renovada, suas forças, sua alegria de viver, suas esperanças, seus objetivos.

Não devemos permitir que situações difíceis, desapontamentos e retrocessos pessoais nos tirem do alvo. Nem sempre conseguimos discernir os propósitos de Deus e não enxergamos nossas vidas pela perspectiva eterna. "Nem tudo o que parece, é".

A ressureição de Cristo implica em que o quadro de Deus, onde os acontecimentos se sucedem, é imensamente maior que o meu, e que Sua visão possui alcance imensuravelmente maior que a minha.

Concluindo: que possamos nos achegar ao Senhor, tal como estamos e depositarmos o nosso coração no Seu altar, crendo que Ele é poderoso para realizar infinitamente muito mais do que pedimos ou pensamos.

 

sábado, 3 de abril de 2021

APRENDENDO COM TOMÉ (PARTE 03)

 A CORAGEM DE TOMÉ

Eu fico imaginando este tal de TOMÉ. Toda vez que falamos de Tomé, escutamos algo de forma negativa: "Olhe, não seja como Tomé, um homem sem fé, que precisou ver para crer"
Toda vez que falamos em Tomé, escutamos coisas desagradáveis sobre este personagem, um exemplo de pessoa que não se deve imitar de jeito nenhum, ALGUÉM QUE FICOU MARCADO NA HISTÓRIA PELO LADO NEGATIVO
Toda vez que falamos de Tomé, pensamos num homem CONSIDERADO por muitos vacilante e incrédulo.
MAS GRAÇAS A DEUS QUE A PRÓPRIA BÍBLIA TAMBÉM EXALTA E DESTACA SUAS QUALIDADES
Nós seres humanos temos a tendência de criticar as pessoas, porque gostamos de ver apenas os defeitos, observamos muito os defeitos das pessoas e quase sempre esquecemos de observar suas qualidades
"Se você faz mil coisas boas, ninguém quer saber, mas se você comete um deslize, todo mundo vai gostar de comentar"
Infelizmente a natureza humana é assim, e isso não foi diferente em relação a Tomé, um dos 12 discipulos que acompanharam Jesus
Tomé era um homem corajoso, sincero, transparente, dizia o que pensava, admitia que tinha duvidas, tinha crises, tinha problemas, dizia o que sentia, não falsificava seus sentimentos, não era fingido, não tinha nada de hipocrisia em seu carater, mas foi mal interpretado POR MUITOS LEITORES da Biblia, porque não meditaram corretamente sobre suas virtudes
Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele. (João 11:16)
Essa declaração de Tomé é muito forte, este versiculo está num texto, que mostra a grandeza de seu caráter
Quando Lazaro estava doente a caminho da morte, mandaram chamar Jesus que estava em outro lugar distante da familia de Lazaro, quando a noticia chegou até Jesus, ele não veio imediatamente, estavam em OUTRA DIREÇÃO
João 11:1-4 - Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.
Os discipulos preferiam acreditar que Lazaro REALMENTE tivesse morrido e não era mais necessário Jesus voltar, mas na verdade eles estavam morrendo de medo de voltar, PORQUE NAQUELA REGIÃO QUERIAM MATAR JESUS, mas TOMÉ não se IMPORTAVA.
Por causa da perseguição dos fariseus, eles estavam com medo de serem mortos, por que naquele episódio, muitos estavam tramando a morte de Jesus, por isso eles disseram:
João 11: 6-8 - Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava. Depois disto, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judéia. Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá?
Jesus analisa a situação e não alivia em nada o medo de seus discipulos, mas veja bem, Tomé permanece na mesma situação, não altera as suas emoções, não altera em nada a coragem que está instalada em seu caráter
João 11-14-15 - Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto; E folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele.
Jesus resolve voltar, para ressuscitar Lazaro e consolar a sua familia, a maioria dos discipulos tremem de medo, quer dar linha, seguir em frente, mas Tomé entende a situação
Aí entra em cena o caráter de Tomé, o homem que por muitos é considerado um homem incrédulo, sem fé, mas ele sinceramente preferia morrer com Jesus do que viver sem Jesus, ele era o único dos discipulos que não tinha medo, porque ele solta a frase:
Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele. (João 11:16)
Tomé não vacila em sua fé e coragem, para ele viver ou morrer com Jesus era lucro, Notem que ele diz do fundo do coração: "vamos voltar e se for para morrer, vamos morrer com Jesus
Que tipo de cristão hoje, tem essa coragem?
Coragem e amor pelas pessoas, porque o convite que fizeram a Jesus era para voltar e ver uma pessoa que estava enferma e morreu, visitar sua familia e consolar aqueles que estavam sofrendo
Tomé tinha coragem e amor pelas outras pessoas, se fosse para consolar e ajudar as pessoas, não importa o lugar ele iria, se fosse um lugar perigoso ou não, não importava, ele não tinha medo, ao contrario dos outros discipulos que estavam morrendo de medo.
Era aquele tipo de cristão que falava a verdade, não mente para si mesmo, se está ruím, está ruím, se tem duvidas fala que tem duvidas, não fingi que está tudo bem, ele fala exatamente o que sente, ao contrário de muitos que diz sempre que está tudo bem, está sempre na benção, que não precisa de ajuda, que passa uma imagem de super-homem, mas passa um tempo todo mundo percebe que a sua vida está uma decadência
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? (João 14:5)
Se fosse Tomé no lugar de Pedro quanto ele negou Jesus, naquela noite quando ele teve galofobia, disse que nem conhecia Jesus, negou Jesus por 3vezes porque teve muito medo de admitir que era amigo de Jesus
Tomé no lugar dele teria coragem suficiente para dizer eu sou amigo dele sim, e daí, eu conhece ele, não fez nada de errado, tá sofrendo de modo injusto, eu acompanhei a vida dele, ele vai morrer sem merecer, ele não merece, eu estou sofrendo por causa disso, é meu amigo sim, se for preciso minha cabeça também pode rolar, eu não ligo
Ele defenderia Jesus, ele morreria com Jesus, pois ele mesmo disse uma vez no meio dos discipulos: vamos e morremos com Ele – só os homens corajosos dizem o que sente
TOMÉ TINHA MUITAS VIRTUDES, E A PRINCIPAL ERA CORAGEM
Mas para frente na história, pense na cena, Jesus é pego para ser crucificado, os discipulos saem de perto, são dispersos, Judas vai se enforcar, Tomé fica sozinho pela cidade e o restante, os outros dez, entram numa casa e ficam orando e com medo dos fariseus, com medo de tudo que aconteceu naquele dia, até Jesus voltar a falar com eles
(João 20:19-22)
Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco.
E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor. Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
Mas Tomé era diferente dos outros, não estava com medo, ele ficou sozinho, naquela hora que Jesus voltou ele não estava junto com o restante do discipulos :
Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. (João 20:24)
A duvida dele era sincera, porque Jesus aparece numa casa aos 10 discipulos, é fácil acreditar desta forma, um pergunta para o outro: voce viu o que eu vi? O outro do lado diz: é Jesus, ele ressucitou... é muito mais fácil crer assim, um vai confirmar para o outro o que viu, estavam todos na mesma cena, na coletividade
Depois quando Tomé aparece os discipulos chegaram até ele e comentam: voce não vai acreditar cara, voce não estava conosco, vimos o Senhor? Nós vimos ele, só voce é que não viu porque ficou para trás, onde voce estava?
E tomé diz a verdade, ele diz o que estava no seu coração:
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. (João 20:25)
Notaram as palavras de Tomé. Ele foi muito mais sincero do que incrédulo
Tomé aos olhos dos outros homens é considerado até hoje um incredulo, era o pior dos discipulos, um homem duvidoso, que não tinha firmeza em suas convicções, mas não é nada disso, as pessoas analisam a aparência, as atitudes, mas Deus olha o coração
Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. (João 20:24)
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
Agora com Tomé foi diferente, ele chega depois da cena, os outros discipulos lhe falam que Jesus apareceu, ele não presenciou junto com todos, ele não foi incredulo, ele foi sincero...
ele poderia ter feito as perguntas: Como posso saber se estão dizendo a verdade?, Eu não estava junto com vocês, não vi Jesus junto com voces, como posso crer, agora eu só acredito vendo
Por causa da sua sinceridade, sua coragem de dizer exatamente o que pensa e sente, Jesus volta novamente só para Tomé, só para dizer a ele que também a benção da ressurreição era para ele ver
(João 20:26-29)
E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.
Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.
E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.
Tomé não tinha medo da verdade, não usava mascaras, mesmo estando em conflito, estando se sentindo só, ele era corajoso, e só quem é corajoso admite crises, duvidas, falhas, mas ele confrontava seus conflitos internos, isto faz parte de uma grande virtude de carater.
JESUS VOLTOU MAIS UMA VEZ, SÓ PARA TOMÉ, QUE PRIVILÉGIO DESTE HOMEM, JESUS NÃO ABANDONA OS CORAJOSOS E SINCEROS
Seja como Tomé, um homem corajoso, sincero, humano, que admite seus medo, suas falhas e suas dúvidas e encontra todas as respostas pela frente (um homem que tinha coragem de dizer o que sentia)
DA PRÓXIMA VEZ QUE TE FALAREM SOBRE TOMÉ , DEFENDA ELE, NÃO DEIXE QUE APAGUEM A VIRTUDE DE UM GRANDE HOMEM DE DEUS
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