terça-feira, 20 de abril de 2021

APRENDENDO COM DANIEL (PARTE 24)

 

Conhecendo o Perfil do Valente

 

"Quando Daniel soube que o edital estava assinado, entrou em sua casa, no seu quarto em cima, onde estavam abertas as janelas que davam para o lado de Jerusalém; e três vezes no dia se punha de joelhos e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer." (Daniel 6:10.)

 

O Reino de Deus é um Reino de conquistas. Isso significa que teremos muitas batalhas, e das mais variadas formas. Porém, há uma Canaã que pertence a cada um de nós. Lá desfrutaremos do leite e do mel que representam a provisão. 

No entanto, temos visto que gigantes sempre se levantarão para tentar nos impedir de herdarmos as mais copiosas bênçãos. Nossa atitude tem de ser dirigida por Deus e baseada numa postura espiritual e não apenas mental.

Vamos enfatizar a vida de um guerreiro diferente. Ele lutou com todas as suas armas espirituais e atravessou dinastias cumprindo o propósito de Deus e exercendo influência sobre diferentes culturas. 

Este homem é Daniel, servo de Deus, que foi levado inici­almente para a Babilônia para servir em seus palácios. Daniel foi um grande valente de Deus, e isto em pele de ovelha, pois a sua história não envolve odisséias marcantes de lutas, guerras, estratégias militares, fuga de inimigos, des­truição ou conquistas de reinos.

Daniel conquistou reinos sim, e fez o seu nome na histó­ria, agindo diplomaticamente dentro dos palácios reais. Mesmo assim, enfrentou verdadeiros inimigos que tenta­vam destruí-lo dia e noite. Por isso não podemos pensar que estamos ausentes das lutas espirituais. Onde quer que estejamos plantados, teremos de guerrear. Devemos man­ter nossa postura em linha com a Palavra para estabelecer­mos o Reino de Deus.

Daniel utilizou, discretamente, armas poderosíssimas que foram altamente eficazes e tiveram efeitos letais sobre os seus inimigos. Como cordeirinho, passeava pelo palácio, mas como gigante de Deus, utilizava verdadeiros arsenais, tais como intercessão, sabedoria e conhecimento. Ele des­frutou de grandes vitórias, entrando para a galeria da fé citada em Hebreus e fazendo parte dos profetas maiores do Velho Testamento.

Vejamos com mais detalhes as armas usadas por Daniel:

 

1. INTERCESSÃO

Daniel foi um homem que entendeu que os grandes gi­gantes que se levantam em nossa vida podem cair ao toque de nossas intercessões. Ele descobriu que encontrava as estratégias para a conquista, na estrada que leva ao tro­no de Deus. Ele orava constantemente. Quando seus ini­migos quiseram montar um esquema para destruí-lo, ten­taram utilizar o próprio ato da oração como arma para incriminá-lo (Dn 6:13). Mas como pode alguém destruir aqueles que estão em intercessão debaixo das asas do Altíssimo? Isso é impossível.

Daniel orava três vezes ao dia, clamava aos pés do Se­nhor, orava pelas conquistas daquele reino e pela sobrevi­vência de seu povo (Dn 6:10). Ele deteve os principados que habitam nas regiões celestiais, apenas pelo poder da oração (Dn 10:11-14). Quando orava, movia a mão de Deus e movimentava os anjos que lutavam as suas guerras e traziam vitórias. Daniel viu o futuro e conheceu os proje­tos de Deus, porque sabia esperar em oração pela vitória diante do Altíssimo (Dn 11 e 12).

Quando seus inimigos se levantarem, lembre-se de Daniel que tinha a oração como arma de defesa e de ataque. Nunca seremos um valente de Deus se não tivermos o hábito de orar, de buscar o conselho de Deus, de esperar em Sua pre­sença e de receber o livramento. A oração move a mão de Deus. Os valentes recebem força para a guerra no momen­to da intercessão, porque é nesta hora que o Senhor se le­vanta como poderoso Guibor para tomar nossa causa e nos dar a conquista (Ex 15:3).

 

2. SABEDORIA

Daniel foi um homem cheio de sabedoria. Não pode­mos realizar conquistas firmes e grandiosas se não formos sábios. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Pv 9:10), somente os loucos a desprezam. Daniel tinha livre acesso aos palácios por causa da sabedoria que possuía.

Muitas vezes estamos sendo derrotados pelos gigantes mal­ditos que adentram na nossa má administração porque não tomamos decisões debaixo de sábio conselho. Há guerrei­ros que vão à batalha e não pedem conselhos, pois são cheios de orgulho. Isso é tolice (Pv 15:22). O homem sábio pede e sabe ouvir conselhos. O homem que tem sabedoria sabe como falar, a hora em que deve falar e como se posicionar diante do inimigo.

A sabedoria é um dom de Deus e Ele a dá liberalmente a todos que a pedem. "Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada." (Tg 1:5.) A sabedoria é me­lhor do que a força. Ser um valente de Deus não significa que precisamos ter força em nossos músculos, nem que de­vemos rilhar os dentes para fazer calar o inimigo. É a sabe­doria que vai enfraquecer os estratagemas dos gigantes que se levantam contra nós. Alcançaremos o pódio da vitória e nos alegraremos, pois todo valente de Deus aprende a tor­nar-se um homem sábio.

 

3. CONHECIMENTO

Daniel era um homem de oração, homem sábio e tam­bém tinha conhecimento. Daniel era inteligente, foi colo­cado entre os sábios do reino - homens versados em toda cultura e conhecimento da época (Dn 1:17). A guerra que Daniel enfrentava todos os dias contra os inimigos de Deus era diplomática e envolvia os poderes místicos e filosóficos daqueles tempos.

Os crentes do mundo inteiro têm vivido dias semelhan­tes aos que Daniel enfrentou. Estamos em uma guerra em que os filhos das trevas invadem os nossos lares e tentam estabelecer os seus impérios através da mídia, conquistam cargos importantes através das fraudes e estabelecem seus reinos pela falsidade ideológica. O conhecimento é impor­tante para todo guerreiro de Deus, pois servirá de arma contra essas ciladas.

Temos de buscar na Palavra de Deus a fonte de sabedo­ria, para conhecermos aquilo que se encontra à nossa dis­posição. A Bíblia é o manual de guerra de todo crente. As­sim, devemos ter conhecimento da Palavra, não apenas ale­atoriamente, mas profundamente, para não sermos iludi­dos pelo inimigo. No momento da tentação, Jesus venceu Satanás através da Palavra. Ele pôde citar a Bíblia porque a conhecia. Não estamos falando de conhecimento super­ficial da Bíblia, ou do que ouvimos o pastor pregar no do­mingo passado e que, talvez, na hora da necessidade, lem­bramos. Não! O conhecimento deve ser mais aprofundado, consciente e ponderado. Daniel fez uso adequado do co­nhecimento e colheu os frutos da sua competência.

Uma história de conquista não se dá por acaso. Ela é re­sultado de algo conquistado proporcionalmente, no tempo próprio e debaixo de determinação. Daniel era um homem valente, mas tinha a mansidão de um cordeiro; porém, mes­mo sendo um cordeiro, não foi devorado pelos leões, porque a bênção do Senhor repousava sobre ele. Nem mesmo o po­derio dos reis da Terra foi suficiente para remover um ungi­do do Senhor. Isso fala diretamente sobre a necessidade de termos nEle a nossa convicção, de partimos para a guerra com as estratégias que dEle recebemos, de aplicarmos a intercessão para quebrar as cadeias, de agirmos com sabedo­ria e conhecimento para assim desfrutarmos do melhor do Reino de Deus.

Avance, valente, e não se esqueça de suas armas.

 

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