terça-feira, 25 de outubro de 2022

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 69)

APRENDENDO COM PAULO

A ATITUDE DE PAULO PARA COM O SOFRIMENTO

ALGO SOBRE O QUE PENSAR

Por que os cristãos sofrem? Por que você tem sofrido?

Estas são questões profundas e legítimas. Muita gente tem feito estas perguntas no decorrer dos séculos

A Bíblia tem muito que dizer sobre o sofrimento e por que ele acontece. De fato, Paulo, em muitas ocasiões falou sobre este assunto. Em sua carta aos Filipenses, ele escreveu sobre seu próprio sofrimento e sobre o que aconteceu por causa dele.

  

UM EXAME DA CARTA DE PAULO ...

O Propósito Que Paulo Em Seu Sofrimento

1:12 Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do evangelho;

 

Modos Pelos Quais o Evangelho Progredia

1:13 de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais;

1:14 e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus.

1:15 Alguns efetivamente proclamam a Cristo por inveja, e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade;

1:16 estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho;

        1:17 aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias.

 

 A Atitude de Paulo em Meio ao Sofrimento

1:18    Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo.

Outros Motivos Pelos Quais os Cristãos Sofrem

 O QUE PAULO DISSE?

A.     O Propósito Que Paulo Em Seu Sofrimento

B.    Modos Pelos Quais o Evangelho Progredia

1.      Na comunidade paga

2.      Na comunidade cristã

3.      Na comunidade judaica

C.     A Atitude de Paulo em Meio ao Sofrimento

D.     Outros Motivos Pelos Quais os Cristãos Sofrem


O QUE PAULO QUIS DIZER?

 

A.                O Propósito Que Paulo Vê Em Seu Sofrimento—o Progresso do Evangelho 


(FILIPENSES 1:12)


Os cristãos Filipenses haviam-se preocupado extremamente com a situação de Paulo em Roma. Não há dúvida de que uma das perguntas candentes que eles queriam fazer, quando Epafrodito saiu a procurá-lo, relacionava-se com seu estado físico. E enquanto escrevia uma carta, que logo seria levada por Epafrodito, Paulo referiu-se à pergunta dos Filipenses quanto ao seu bem-estar: "Quero, ainda, irmãos, cientificar-vos" disse ele, "de que as coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do evangelho" (1:12).


Paulo, quando escreveu esta carta, era um prisioneiro. Não resta dúvida de que ele escreveu a epístola aos Filipenses durante o período de dois anos que permaneceu em sua própria casa alugada, acorrentado a um guarda romano (Atos 28:16, 30).1

Note, porém, o propósito que Paulo via em sua prisão e conseqüente sofrimento. "Estou bem e ativo", escreveu ele. verdade que estou em cadeias e tenho tido muitas dificuldades, mas a coisa importante é que as pessoas estão aprendendo de Cristo."

Que atitude fantástica! Paulo tinha uma capacidade maravilhosa para ver um propósito positivo em tudo o que lhe sucedia. Ele poderia ter cruzado os braços e, por dois longos e agonizantes anos, ter-se enterrado na autocomiseração.

Mas Paulo não era assim. Ele viu uma oportunidade de ouro. Três dias depois de acomodar-se em sua casa, "convocou os principais dos judeus" (Atos 28:17). Quando chegaram, ele repassou as circunstâncias que o levaram à sua presente condição (w. 17- 20). Eles se dispuseram, pelo menos, a ouvir o ponto de vista de Paulo, e nos dias seguintes os líderes judaicos voltaram para ouvi-lo explicar o Antigo Testamento e a vinda de Jesus Cristo, a esperança de Israel.

Alguns creram nele. Outros, porém, rejeitaram sua mensagem. Este foi o princípio de um esforço evangelístico maravilhoso que se irradiou da casa-prisão de Paulo.

 

B.      Modos Pelos Quais o Evangelho Progredia


(FILIPENSES 1:13-17) Quanto tempo havia Paulo passado na prisão quando escreveu esta carta não o sabemos, mas fora suficiente para ter um forte impacto sobre a cidade de Roma, e provavelmente além dela. Seu claro testemunho de Jesus Cristo atingiu muita gente em várias camadas sociais.2

 

1.   Na comunidade paga

Ao dar um exemplo de como o evangelho havia progredido como resultado de sua prisão. Paulo referiu--se primeiro à comunidade paga; na realidade, o último grupo com quem ele trabalhou. "De maneira que", escreveu ele, "as minhas cadeias, em Cristo, se tomaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais" (Filipenses 1:13).

Quando os líderes judaicos vieram ouvir Paulo explicar por que se encontrava na prisão em Roma, numerosos guardas pagãos que ficavam ao lado de Paulo vinte e quatro horas por dia ouviram sua história várias vezes. Lucas relata: "Por dois anos permaneceu Paulo na sua própria casa. que alugara, onde recebia a todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo" (Atos 28:30, 31).

A história registra que havia cerca de 9000 homens na guarda imperial em Roma. E difícil imaginar que a maioria destes homens tivesse ouvido falar da prisão de


Paulo, mas não impossível. Paulo era um caso especial. Até onde sabemos, ninguém antes fora preso por causa de Cristo. Por roubos, assassínios. e outros crimes, sim. mas não por seguir um religioso que dizia ser Deus.

Isto era algo inusitado. Não dúvida de que se espalhou muita conversa acerca deste pequeno judeu que. com seu ensino, alvoroçava a comunidade judaica. Não resta dúvida de que um guarda após o outro deixava seu turno ao lado de Paulo, cocando a cabeça e indagando a si mesmo o que tudo isso queria dizer Com o tempo, um a um, muitos dos próprios guardas provavelmente tornaram-se cristãos.

Mas a prisão singular de Paulo era comentada por mais gente do que os próprios guardas: "as minhas cadeias . . .se tornaram conhecidas. . .de todos os demais" (1:13). Logo, grande multidão de pessoas espalhadas por toda a cidade ouviu falar de Paulo. O nome de Cristo tornou-se um tópico comum de conversa. "Quem é este Cristo?" seria e pergunta natural. "Ele deve ser uma pessoa muito fora de série para receber lealdade tão grande", seria a conclusão lógica. "Descubramos mais!" seria a reação natural.

E concebível que os próprios guardas cobiçassem a oportunidade de guardar Paulo, apenas para acrescentar variedade e interesse ao que, de ordinário, seria uma tarefa maçante.

Paulo estava emocionado com estas oportunidades de falar de Cristo ao mundo pagão. Afinal de contas, era este o principal objetivo de sua vida. Visto que muitos dos judeus não responderam ao verdadeiro evangelho, Lucas relata. Paulo voltou-se uma vez mais para os gentios e pregou-lhes o evangelho (Atos 28:25-30). Começando com os guardas romanos, ele teve a oportunidade de falar de Cristo com muitos cidadãos romanos que vinham vê-lo—possivelmente por curiosidade—e ouvir Paulo pregar o evangelho (v. 30).

 

2.    Na comunidade cristã

A prisão de Paulo também estimulou outros cristãos de Roma a falarem acerca de Jesus Cristo. Quando ouviram falar da ousadia de Paulo, começaram a "falar com mais desassombro a palavra de Deus" (1:14).

Algo dentro do homem reage à bravura dos outros. Lembro-me de visitar o Forte Alamo, na cidade de Santo Antônio, no Estado do Texas. Aí um pequeno grupo de homens ficou sabendo que seu destino estava selado se permanecessem e lutassem contra o grande destacamento de soldados mexicanos que estava prestes a avançar sobre a pequena missão da igreja, seu único refúgio. O coronel W. B. Travis riscou uma linha no com sua espada, desafiando os homens a cruzá-la se quisessem ficar e lutar até à morte. Todos, com exceção de um, aceitaram o desafio—até mesmo o coronel James Bowie, que se encontrava ferido numa cama de campanha.

"Carreguem-me para o outro lado da linha'1, gritou ele para seus companheiros.

Todos foram mortos, inclusive Bowie, que lutou contra o inimigo como melhor pôde de seu leito de morte.

Todos os verdadeiros norte-americanos "lembram-se do Alamo". Mas. muitas vezes, como cristãos, não nos lembramos dos que sofreram e morreram por sua fé em Jesus Cristo.

 

3.    Na comunidade judaica

Há muitas opiniões quanto ao que Paulo se referia, em 1:15-17. ao escrever a respeito dos que pregavam a Cristo "por inveja e porfia. . . por discórdia, insincera- mente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias". Quem eram estas pessoas com motivos falsos?

Alguns crêem que estes eram os judaizantes. os "cristãos" que misturam a lei


com a graça. Mas em outras ocasiões Paulo deu ênfase ao seu desprazer quando se pregava "um falso evangelho" (Gálatas 1:6-9). Assim, não é do feitio de Paulo aprovar o procedimento dos judaizantes de Roma.


Outros crêem que ele se referia aos crentes que tinham "falsos motivos" quando saíam para pregar a fim de causar perseguição a Paulo. Contudo, é difícil imaginar crentes que aumentariam o sofrimento daquele que lhes comunicou a mensagem de liberdade em Cristo.


Outro ponto de vista é possível e que, de fato, parece fazer mais sentido. Repito, um estudo cuidadoso do relato de Lucas em Atos 16, quando comparado com Filipenses 1:12-18. parece apoiar a idéia de que estas pessoas eram judeus não convertidos.


Note que Paulo primeiro chamou os líderes judaicos para virem à sua casa- prisão para ouvi-lo interpretar o Antigo Testamento. Desde a manhã até a noite "lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus, procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela Lei de Moisés, como pelos profetas" (Atos 28:23). Alguns se persuadiram de que Jesus Cristo era o verdadeiro Messias: mas outros "continuaram incrédulos". De fato, "havendo discórdia entre eles, despediram-se".


Este evento na vida da comunidade judaica evidentemente desencadeou uma discussão calorosa entre seus líderes. Com o número crescente de gentios que começou a voltar-se para o evangelho, é provável que logo eles se lançassem em uma campanha maciça para sujar o nome de Paulo.


Mas tinham de defrontar-se com Paulo em seus próprios termos—Jesus Cristo! Era ou não era ele o verdadeiro Messias? Era este o debate. E assim, em "sentido contrário", os judeus que não criam ser Jesus o Cristo, na realidade, tornavam-se instrumentos que ajudavam a demonstrar que ele era o Cristo; em sua inveja e rivalidade, em sua ambição egoísta e seus motivos falsos, na verdade, eles pregavam a Cristo enquanto tentavam desacreditar a Paulo.

Este não era um novo fenômeno no Israel incrédulo. Aconteceu quando Cristo esteve na terra. João registrou a história do cego de nascença que. de fato, chegou à fé em Cristo por causa dos argumentos judaicos contra Cristo (João 9). Parece, pois. que quanto mais os líderes judaicos de Roma tentavam convencer o povo de que Jesus não era o Cristo, tanto mais gente ficava convencida de que ele era!

 

B. A Atitude de Paulo Em Meio ao Sofrimento (1:18)

Paulo termina este parágrafo dinâmico de sua carta aos Filipenses, com estas palavras: 'Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo."

O evangelho progredia, e Paulo viu este propósito positivo em seu sofrimento. Talvez ele tenha visto mais resultados evangelísticos neste período de dois anos do que em qualquer outro período de sua vida. Como poderia ele ficar triste e deprimido quando o mesmo propósito para o qual ele nasceu estava sendo cumprido de uma maneira admirável?

 

D. Outros Motivos Pelos Quais os Cristãos Sofrem

Vários propósitos podem ser realizados quando os crentes sofrem.

 

1.    Comunicação do evangelho de Cristo

Neste exemplo, o sofrimento ajudou Paulo a comunicar a mensagem de vida em Cristo, o que lhe deu esperança e alegria durante sua prisão.


2.    Compreensão dos sofrimentos dos outros

Em outras ocasiões, Paulo compreendeu que seu próprio sofrimento ajudá-lo-ia a ter simpatia por outros que sofriam. Por sua vez, ele podia ajudar mais eficazmente os que estavam perturbados, partilhando com eles o mesmo consolo que havia recebido de Deus (2 Coríntios 1:3-5).

 

3.    Produção da maturidade cristã

Tiago lembrou aos cristãos que o sofrimento, quando visto adequadamente, pode produzir a maturidade. "Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes" (Tiago 1:2-4).

 

4.    Por causa de pecado pessoal

O escritor de Hebreus lembra-nos que os cristãos às vezes sofrem por causa de pecado em suas vidas. Se somos filhos de Deus e somos "maus". Deus, como pai amoroso, nos disciplina—não com o fim de punir-nos, mas para levar-nos, com amor. de volta à comunhão com ele (12:5-10). "Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça" (12:11).

 

5.    Porque vivemos em um mundo contaminado pelo pecado

Hã também o sofrimento que resulta do fato de vivermos num mundo poluído pelo pecado. Às vezes acontece por causa de outras pessoas e está além de nosso controle. Por exemplo, pais insensíveis e egoístas ás vezes criam problemas para seus filhos, causando muita perturbação emocional e até mesmo dano físico.

 

6.    Sofrimento que não podemos compreender

Há também um tipo de sofrimento que não podemos compreender de modo nenhum. É difícil perceber-lhe o motivo, muito menos o propósito. Jó passou por este tipo de experiência. Contudo, ele confiou em Deus mesmo quando os outros se haviam afastado dele. até quando sua mulher o aconselhou a amaldiçoar a Deus e morrer. Visto que conhecia a Deus de uma maneira pessoal, ele também sabia que além desta vida ele viria a compreender o significado de sua experiência. Ele viu "significado" em seu sofrimento, embora este sofrimento tivesse de basear-se no fato de que Deus, no final, esclarecerá todas as coisas (Romanos 8:28).

 

7.   Levar o indivíduo à experiência da salvação

O sofrimento também tem sido a oportunidade que algumas pessoas têm de convidar Jesus Cristo para ser seu Salvador. Sem chegarem ao ponto da desesperança, pode ser que elas jamais se tivessem voltado para Deus e pedido sua ajuda. É melhor sofrer nesta vida do que passar toda a eternidade separados de Deus!

UMA APLICAÇÃO PARA O SÉCULO VINTE

Qual é minha atitude para com o sofrimento? Tento desenvolver uma atitude positiva para com ele, não importa qual seja sua causa? Ou gasto a maior parte do tempo sentindo pena de mim mesmo ou amargurando--me contra Deus e os outros? Procuro oportunidades de transformar meu fardo em bênção? Tento ver, pela fé, algum significado na experiência, ainda quando não consigo compreender claramente por que o problema existe, ou qual seja seu propósito específico?

 

 UMA RESPOSTA DE VIDA PESSOAL


Escolha uma circunstância em sua própria vida que seja um fardo. Que significação possível, que o capacitará a ser um crente mais maduro, você pode ver nesta experiência? Como pode você transformar esta situação negativa em uma experiência positiva, na sua vida ou na vida de outra pessoa? Seja específico. Que passo você dará primeiro?

 

Sabe-se que vários pontos de vista diferentes quanto a onde e quando Paulo esteve na prisão. Alguns acreditam, e com boa razão, que ele estava preso em Éfeso. Outros, porém, pensam que ele estava em Roma e que foi durante o período de dois anos que ficou preso em sua casa alugada. 

Embora em cadeias, foi-lhe dada a liberdade de pregar o evangelho. Parece que o material textual em si, Filipenses 1:12-18, quando cuidadosamente relacionado com Atos 28:16-30, apoia esta hipótese. 

Toda a evidência da passagem de Filipenses parece apontar para o fato de que quando Paulo escreveu esta carta, já havia estado preso por um bom período de tempo, talvez a maior parte do período de dois anos.

 

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

APRENDENDO COM JOSIAS (PARTE 03)

 

APRENDENDO COM JOSIAS


O mundo tinha visto reis mais sábios; o mundo tinha visto reis mais ricos; o mundo tinha visto reis mais poderosos. Mas a história nunca tinha visto um rei mais corajoso que o jovem Josias.

 

Nascido por volta de seiscentos anos antes de Jesus, Josias herdou um trono frágil e uma coroa desonrada. O templo estava em desordem, a Lei estava perdida, e o povo adorava qualquer deus que quisessem. Mas ao final do trigésimo primeiro ano do reinado de Josias, o templo tinha sido reconstruído, os ídolos destruídos, e a lei de Deus foi mais uma vez elevada a um lugar de proeminência e poder.

 

O avô de Josias, o rei Manassés, foi lembrado como o rei que "derramou muitíssimo sangue inocente, até que encheu Jerusalém de um a outro extremo" (2 Reis 21:16). Seu pai, o rei Amom, morreu nas mãos de seus servos. "Ele fez o que Deus disse que era errado", está escrito em seu epitáfio.

 

Os cidadãos formaram um pelotão de civis armados e mataram os assassinos, e Josias com oito anos de idade ascendeu ao trono. No começo de seu reinado, Josias fez uma escolha corajosa. "Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor; e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, não se apartando dele nem para a direita nem para a esquerda" (2 Reis 22:2).

 

Ele folheou seu álbum de família até que achou um antepassado digno de imitação. Josias pulou a vida de seu pai e contornou a de seu avô. Ele pulou para trás no tempo até que ele achou Davi e resolveu, "Serei como ele".

 

O PRINCÍPIO? Não podemos escolher nossos pais, mas podemos escolher nossos conselheiros. E desde que Josias escolheu Davi (o qual tinha escolhido Deus), as coisas começaram a acontecer. As pessoas demoliram os altares dos baalins enquanto Josias conduzia. Josias derrubou os altares de incenso. Josias... quebrou os aserins e... os reduziu a pó. Ele queimou os ossos dos sacerdotes. Josias derrubou os altares. Ele cortou todos os altares de incenso por toda a terra de Israel (2 Crônicas 34:4-5,7).

 

Não é o que você chama de uma visita de relações públicas. Mas, então novamente, Josias não saiu para fazer amigos. Ele saiu para fazer uma declaração: "O que meus pais ensinaram, eu não ensino. O que eles abraçaram, eu rejeito".

 

E ele não tinha acabado. Quatro anos depois, com vinte e seis anos de idade, ele virou sua atenção ao templo. Ele estava um caos. As pessoas permitiram que ele se deteriorasse. Mas Josias estava determinado. Alguma coisa aconteceu e estimulou sua paixão para restaurar o templo. Um bastão foi passado. Uma tocha foi recebida.

 

No começo de seu reinado ele resolveu servir ao Deus de seu antepassado Davi. Agora ele escolhe servir ao Deus de outra pessoa. Preste atenção em 2 Crônicas 34:8: "No décimo oitavo ano do seu reinado, havendo já purificado a terra e a casa, ele enviou Safã... para repararem a casa do Senhor seu Deus " (ênfase do Max).

 

Deus era seu Deus. A fé de Davi era a fé de Josias. Ele tinha encontrado o Deus de Davi e O fez seu próprio Deus. Enquanto o templo estava sendo reconstruído, um dos trabalhadores achou um rolo de papel. No rolo de papel estavam as palavras de Deus dadas a Moisés a cerca de mil anos antes

 

Quando Josias ouviu as palavras, ele ficou chocado. Ele chorou porque seu povo tinha afastado-se tanto de Deus que Sua Palavra não fazia parte de suas vidas. Ele mandou consultar uma profetisa e perguntou, "O que será de nosso povo?"

 

Ela disse a Josias que como ele tinha se arrependido quando ouviu as palavras, sua nação seria dispensada da raiva de Deus (veja 2 Crônicas 34:27).

 

Incrível. Uma geração inteira recebeu graça por causa da integridade de um homem.

 

Será que Deus o colocou na Terra por esse motivo? Será que Deus colocou você na Terra para o mesmo?

APRENDENDO COM JÓ (PARTE 14)

 

APRENDENDO COM JÓ

 

Possivelmente, um dos homens que mais sofreu na Terra. A história de Jó é muito linda, mas também muito difícil.

Deus permitiu que ele perdesse tudo, simplesmente tudo, porque o diabo foi lá diante de seu trono para dizer que era fácil Jó ser fiel a Deus, afinal, tinha tudo e nada lhe faltava. Desafiou dizendo que se Deus tirasse tudo dele, Jó então renunciaria a Deus.

 O Senhor já conhecia o coração de Jó e sabia até onde ele poderia suportar tais provações. Para mostrar ao inimigo que aqueles não eram os motivos pelos quais Jó amava a Deus sobre todas as coisas, deu liberdade para que satanás o tentasse na Terra.

Entretanto, disse que ele poderia tocar até na carne de Jó, mas não em sua alma, pois ela a pertencia.

A partir desse momento, uma séries de verdadeiras desgraças se sucedem contra Jó e sua família. Ele perde suas terras, sua riqueza, seus filhos… tudo. Ainda por cima adoece de lepra, uma doença muito dolorosa e complicada para ser tratada naqueles tempos.

Ao invés de se rebelar contra Deus, Jó pergunta o que ele fez de errado. Seu coração era tão puro que ele tinha certeza de sua culpa diante de toda aquela provação.

Até mesmo sua esposa acaba virando as costas para Deus e a ele dizendo “Deixe de ser teimoso em sua lealdade homem! Isso não vai resolver nada, amaldiçoa logo a Deus e morre!”. Sua resposta? “Mulher! Tu falas como uma insensata. Porventura receberemos de Deus apenas o bem que desejamos e não também o infortúnio que Ele nos permite?” – Jó 2:9

A segunda glória de Jó

Jó aguentou toda a sua provação acreditando que em algum momento aquilo ia acabar. No fim das contas, Deus lhe restitui tudo o que lhe foi tirado, mostra para satanás o quanto ele estava errado sobre Jó e ainda promete uma segunda glória maior do que a primeira, ou seja, daquele momento em diante, tudo seria ainda melhor do que quando Deus permitiu na primeira vez.

Aqui a gente vê o maior exemplo de fé e perseverança em Deus. Jó perdeu tudo! Ele viu tudo escapar por entre os seus dedos sem que ele pudesse fazer nada e ainda, sem sequer entender o porquê daquilo estar acontecendo.

No entanto, ao invés de se revoltar contra Deus, pelo contrário, ele buscou mais a Deus. Tentou se aproximar ainda mais do criador a fim de buscar sua paz de espírito novamente. Demorou, ele chorou e sofreu muito, mas quando alcançou, foi algo muito melhor do que ele jamais poderia esperar.

Ou seja, devemos sempre esperar em Deus e fazer nossa parte perseverando na fé. Ele nunca vai nos desapontar, mesmo que a gente nunca entenda o motivo de passarmos as provações que passamos.

Jó é mais um personagem importante da nossa amada Bíblia Sagrada.

APRENDENDO COM NOÉ (PARTE 10)

 

APRENDENDO COM NOÉ

 

Noé é um personagem importante que vem de uma época na Bíblia marcada por desobediência e pecados. Por causa disso, Deus determinou que exterminaria toda a humanidade.

 Porém, Deus não queria destruir os animais e sondando os corações na Terra, encontrou um homem de coração reto para as coisas de Deus.

Confiou então a ele a construção de uma arca para salvar a todos os animais da Terra. Importante notar que aquela tarefa não foi concretizada do dia para a noite, portanto, durante muito tempo Noé precisou trabalhar para alcançar o que Deus lhe pedira.

Imagina você ser a única pessoa na face da Terra que sabe que o mundo vai acabar e precisa construir um barco para salvar a vida dos animais! Será que você estaria pronto ou pronta para isso?

No fim das contas, Noé acabou conseguindo sua salvação porque Deus ficou muito feliz com sua obediência, resiliência e lealdade. Acredito que todo dia ele ouvia insultos por querer construir um “barco pra sobreviver ao fim do mundo”, pois soaria um tanto quanto exagerado, mas não para ele, que não se abatia e continuava sua missão sem questionar.

Gosto de pensar que Noé nos mostra o melhor lado da fidelidade a Deus. O plano inicial não era salvá-lo, porém com o tempo, Deus viu como ele e sua família eram especiais e decidiu poupá-los do fim.

Ensinamentos com a história de Noé

Nunca se afaste de Jesus e nem de Deus, meu irmão e minha irmã. Os tempos são difíceis, as pessoas falam muitas coisas, mas ao sermos fiéis à Palavra de Deus, estamos dizendo a Ele: “Eis me aqui para ser usado como teu instrumento na Terra. Eu te amo, não te deixo por nada e por ninguém e quero me santificar cada vez mais a Ti, Senhor”.

Nos tempos em que vivemos, devemos procurar seguir o exemplo de Noé e nos apegar o máximo que pudermos as coisas de Deus.

APRENDENDO COM MOISÉS (PARTE 13)

 

MOISÉS - AMIGO DE DEUS

 

É até difícil escrever sobre Moisés porque sua história tem um impacto absurdo na fé Cristã de tantas formas diferentes e bonitas que eu nem sei por onde começar.

Imagina só: um homem simples, que tinha problemas em sua fala, fugia porque havia matado uma pessoa que estava judiando dos hebreus, teve a tarefa de libertar e liderar um povo inteiro durante uma peregrinação de mais de quarenta anos pelo deserto até a terra de Canaã.

E, pior, Deus não falava com mais ninguém senão com ele de forma direta. Isso significa que ele nunca poderia perder a guia divina em nenhum momento ou todo aquele povo que estava em seus cuidados sucumbiria.

Moisés era tão consagrado diante de Deus que sua face saía reluzente de suas conversas com o Criador no monte. `

Foi através dele que o Senhor mandou todas as pragas no Egito, instituiu a páscoa, deixou os mandamentos, liderou o Seu povo através do deserto, abriu o Mar Vermelho, fez água brotar da rocha, mandou o maná para sustento do povo hebreu ao longo da jornada entre outros milagres que só de imaginar arrepiam aquele que vos escreve.

Sua história de vez em tempos é retratada em filmes. Até a DreamWorks Animation (estúdio de animação) fez um longa metragem baseado nos seus principais momentos com o título de Príncipe do Egito, com música tema de Mariah Carey e Whitney Houston, chamada When You Believe (Quando Você Tem Fé).

Veja o trailer do filme Príncipe do Egito abaixo:

Moisés, o amigo de Deus

Deus o chamava de amigo, pois seu coração era puro. Ainda assim, sua humanidade cobrou seu preço. Deus ordenou que ele falasse à rocha para que dali brotasse água. Moisés bateu duas vezes ao invés disso. Por causa dessa desobediência, Deus não permitiu que ele entrasse na terra prometida. Ele a veria, mas não entraria lá…

E é por isso que ele liderou o povo até a entrada, passou a missão da continuação da peregrinação para Josué e depois Deus o recolheu. Mesmo assim, na Bíblia está escrito que nunca mais houve profeta como Moisés, como o qual Deus conversasse “face a face”.

 

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

APRENDENDO COM HAGAR (PARTE 02)

 

APRENDENDO COM HAGAR

Pela segunda vez Hagar sai da casa de Abraão de forma conturbada. Na primeira vez que isso aconteceu, ela ainda estava com seu filho Ismael no ventre, fruto das manipulações de Sara e Abraão para gerar um filho que fosse, o filho da promessa. Porém, Deus visitou Hagar no deserto, a consolou e ordenou que Hagar voltasse para casa de sua senhora e se submetesse a ela (Gn 16.1-15)

 

Na segunda partida de Hagar, Deus não dá a mesma ordem, afinal, ela agora foi expulsa, e continua errante no seu caminho, porém, dessa vez ela não está com seu filho no ventre, mas ele já nascera, é um menino, ele está com idade entre 11 a 13 anos, e, ambos estão em uma estrada cheia de perigos, armadilhas e incertezas. Hagar desiste da vida, a úica água que lhe restara findou-se, então ela deixa o seu filho distante para não ver o fruto do seu ventre morrer sem nada poder fazer. Hagar chora.

 

Mas um fato ocorre nesse drama que não passa desapercebido, o menino também chora, brada com desespero, o medo do oculto faz a criança derramar as lágrimas da alma. A Bíblia Sagrada chama atenção para algo que ocorre na sequência, dizendo: “Deus ouviu o choro do menino” (Gn.21.17)

 

O choro do menino é algo que se destaca, não pelo fato de uma criança estar apenas chorando, mas pelo fato do choro da criança não ter nada a ver com os choros dos adultos, ou quase nada. Vez por outra, os nossos choros são carregados de amargura, autocomiseração, mácula, justiça própria. Choros que são mais marcados pela ira do que pelo quebrantamento ou pelo clamor legítimo da alma sedenta.

 

Hagar certamente tinha seus motivos para ter saído da casa de Abraão, tendo em vista que sua senhora a maltratava e agora ela tinha um filho para cuidar e criar.Mas além da criança, Hagar está envolvida em um jogo de disputa, poder, paixão, herança, é um jogo de emoções afloradas, luta por conquista de um espaço que talvez nunca lhe pertenceu. É o jogo que gostamos de chamar de vida, porque a fazemos assim.

 

Hagar sai com seu filho, sem ter um destino certo, virou andante no deserto de Berseba. Sabe-se apenas que ela estava em desespero, foi expulsa pela sua senhora, precisa ir, mas sem saber para onde. Mãe e filho choram, choram porque na estrada da vida, ninguém é poupado das lágrimas, sejam elas justas aos nossos próprios olhos ou não. Mas a verdade linda por trás da trama é que “Deus ouviu o choro do menino”.

 

O choro do menino é o choro da sinceridade, é o choro de quem precisa de colo, de ajuda, é o choro desejoso de amparo, é o choro da nossa criança interior, clamando pelas necessidades reais da alma, do coração. O choro do menino representa o choro das necessidades verdadeiras, assim como cada um de nós, quando choramos com o coração “rasgado” diante de Deus.

 

O choro de Ismael não está ligado ao sentimento ressentido pela vingança mal sucedida ou pela perca de poder, o choro dele não está atrelado ao grito daquele que chora com ira, mas sim do interior verdadeiro de cada um de nós que clama, Aba!

 

Ainda que canalizemos todas as nossas energias em coisas sem sentido real para a vida, o choro que está em nós é o choro do coração que precisa ser preenchido pelo amor do Deus misericordioso que não desampara os que têm um coração quebrantado e contrito (Sl. 51.17).

 

Quem tem um coração camuflado pelas fantasias da visão desse mundo, cheio de vaidades, disputa de poder e espaço, e não consegue se assumir como pessoa, viverá a vida com seus choros abafados pelo egoísmo e sem ter nenhum consolo.

 

O meu convite é para que deixemos a nossa alma chorar o choro verdadeiro, identificando que necessitamos mais e mais de Deus e não das coisas que supomos precisar. Permita que a criança interior se derrame diante do Pai dizendo: Aba, Pai!

 

Nele, somente Nele, somos acolhidos com amor e proteção, Ele e só Ele, é Aquele que disse:

“Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus” (Mt. 18.3)

 

Ele pode ouvir o choro secreto de nossa alma carente e sedenta.

 

André Santos

 

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...