Amei a Jacó, e odiei a
Esaú
“Amei a Jacó, e odiei a Esaú” (Romanos 9:13).
“Amei a Jacó, e odiei a Esaú” (Romanos 9:13).
Qual é o significado de Romanos 9:13, onde Paulo diz: “Amei a Jacó, e odiei a Esaú”?
1) Alguns contendem que a palavra ódio é comparativa em força. Isto é, Deus amou a Esaú “menos do que” Ele amou a Jacó (veja Gênesis 29:32-33; Deuteronômio 21:15; Mateus 6:24; 10:37-38; Lucas 14:26; João 12:25).
2) Outros argumentam que a palavra ódio é privativa em força, a questão sendo de que Deus não amou a Esaú de forma alguma, como Ele amou a Jacó. Mas, Ele também não o odiou. Esta visão difere pouco da anterior.
3) Outra opção é entender o “amor” de Deus por Jacó equivalente à Sua escolha dele, fazendo então do “ódio” de Deus por Esaú uma referência à Sua decisão de não lhe conceder este privilégio. “Este poderia ser mais bem traduzido por 'rejeitar'. 'Amar' e 'odiar' não são aqui, então, emoções que Deus sente, mas ações que Ele executa” (Moo, 587).
4) Talvez ódio tenha realmente uma força positiva. Deus não somente não amou a Esaú de uma maneira salvadora e redentora, como Ele fez com Jacó, mas Ele ativamente o rejeitou e manifestou Seu desprazer e desfavor pelos meios da justiça retributiva.
Não é meramente a ausência de bênção que Esaú sofre, mas a presença de julgamento (veja Salmos 5:5; 11:5; Provérbios 6:16; 8:13; Isaías 1:14; 61:8; Jeremias 44:4; Oséias 9:15; Amós 5:21; Zacarias 8:17; Malaquias 2:16).
Murray nos lembra, contudo, que não podemos
“predicar a este ódio divino aquelas características indignas que pertencem ao ódio exercido por homens pecaminosos.
No ódio de Deus não existe qualquer malícia, perversidade, vingança, rancor ou amargura profanos. O tipo de ódio assim caracterizado é condenado nas Escrituras, e seria uma blasfêmia atribuí-lo ao próprio de Deus ” (Murray, Comentário de Romanos).
Há, portanto, uma santa ira em Deus que está em antítese com Seu amor salvador. Conseqüentemente, “Esaú não foi meramente excluído daquilo que Jacó desfrutava, mas foi também o objeto de um desprazer do qual o amor estava excluído, e do qual Jacó não era objeto, pois era amado” (Murray).
escrito por Dr. Sam Storms
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