segunda-feira, 4 de novembro de 2019

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 38)



APRENDENDO COM O MESTRE JESUS ATRAVÉS DO APÓSTOLO PAULO

Paulo, em Romanos 15, nos diz que o que um conselheiro cristão precisa é estar em comunhão com Cristo, nos versos de 1 a 13 ele mostra o que Cristo fez por nós e no 14, como consequência disso diz: "E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros." Deixando claro que o que precisamos para sermos bons conselheiros é sermos salvos.
Podemos ver na atitude de Paulo que ele dava grande ênfase ao aconselhamento. Paulo aprendeu de Jesus e ensinava a todos.
Em Atos 20:31 ele nos mostra a intensidade com a qual ele realizava este serviço dizendo que o fazia dia e noite, e o fazia até o ponto de chorar por eles.
Em Colossences 1:28 ele nos mostra a amplitude desta obra quando diz que anunciou a todo homem. Por último devemos notar que o propósito do aconselhamento bíblico não é o bem-estar do homem mas a glória de Deus.
Numa época em que a felicidade do homem esta acima de tudo, devemos notar que, ao contrário do que faz a psicologia, que se preocupa em como o homem pode alcançar o bem-estar, o aconselhamento tem o propósito de glorificar a Deus.
Paulo nos Adverte quanto a isso em Colossences 1:28,29 dizendo: O qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim. 

Podemos notar aqui o propósito de suas admoestações era "apresentar todo homem perfeito em Cristo" e não que todo homem alcance felicidade aqui na terra, isto poderia até acontecer, mas é apenas a consequência de uma vida vivida dentro dos padrões que agradam a Deus.


Aconselhar tem haver com admoestar (Atos 20:31; Romanos 15:14; I Corintios 4:14; I Tessalonicenses 5:12,14), aconselhar (Colossences 3:16) e advertir (Colossences 1:28; II Tessalonicences 3:15) e sempre da a idéia de mostrar ao irmão o seu erro através da Palavra de Deus e auxilia-lo na correção deste. Chamar alguém ao lado (Atos 28:20). O segundo da a idéia de convidar ( Lucas 8:41; Atos 8:31; 13:42; 28:20).  Requerer, apelar para, rogar (Mateus 8:31,34; Lucas 7:4; Romanos 12:1; I Co 15:16). Confortar, encorajar, incentivar (Lucas 16:25; Atos 16:40; II Corintios 1:4; Colossences 2:2). Falar de maneira amigável (Mateus 5:4; Lucas 15:28; I Corintios 4:13; 14:31; Efésios 6:22).

Baseados nestes usos podemos dizer que o verdadeiro aconselhamento cristão envolve ensinar ao irmão a viver de maneira a agradar a Deus aqui na terra, confortando-o em suas dificuldades, incentivando-o a permanecer firme em Cristo, visando o pleno desenvolvimento do irmão e a glória de Deus através deste.


A Palavra inspirada de Deus, inerrante em seu conteúdo, a revelação da vontade de Deus para o homem. Conclui-se que, como fonte de nosso aconselhamento devemos recorrer a ela para sabermos como fazer a vontade de Deus, que é o propósito do aconselhamento.
E que podemos Ter a certeza de que encontraremos nela tudo o que precisamos para um aconselhamento eficaz. Devemos Ter em mente que nosso aconselhamento deve levar o homem a conhecer e se relacionar de forma harmônica com este Deus.
A única solução possível para o mal do homem se encontra na pessoa e obra do nosso Senhor Jesus Cristo e não em nada de bom que o homem possa fazer.

O Espirito Santo, vemos que é ele quem convence o mundo do pecado, que é o real problema da humanidade, inferimos daí que não se não estivermos na dependência do Espirito Santo nada do nosso esforço terá resultado.

Enquanto a psicologia vê o homem como inerentemente bom, que só precisa de bons estímulos, e de que o mal da sociedade que o cerca seja afastado para não influenciar seu comportamento. A Bíblia o descreve como um ser inteiramente corrompido, que só busca o que é mal aos olhos de Deus e incapaz de fazer o bem.
Partindo de uma perspectiva correta, uma vez que é dada por Deus, ela pode ajudar melhor o homem e não torna-lo cada vez mais desesperado, como podemos ver no príncipe do existencialismo, Jean Paul Sartre: " O homem está condenado a liberdade".
A Bíblia oferece a solução para o homem sim, mas não para um "homem bom" mas para um homem totalmente depravado. Para a psicologia o problema do homem está em sua falta de auto-afirmação, ou no meio ambiente corrompido em que ele habita. 

A Bíblia apresenta o pecado como problema maior do homem e isto é que gera sua falta de auto-afirmação e um meio ambiente pervertido pelo próprio homem.
A Bíblia nos fala de uma transformação radical que não pode ser feita pelo próprio homem, mas tem que ser operada por Deus, onde ele vai se despojar do velho homem e se revestir de um novo homem, uma transformação total, não uma mera correção de atitudes mas uma transformação de essência.

O homem não precisa de um pequeno retoque para se tornar aceitável diante de Deus, ele precisa ser totalmente transformado, precisa que o seu coração de pedra seja arrancado e seja colocado um coração de carne.
A tarefa de transformar vidas de homens não é algo fácil que o próprio homem pode conseguir, nem mesmo os melhores métodos de transformação já desenvolvidos pelo homem pode levá-lo a transformação que ele precisa, nem a maior força de vontade que já foi vista sobre a terra é útil na restauração que o homem precisa sofrer.
Jeremias nos mostra a grandeza de tal tarefa quando afirma: "Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal."
Esta é a situação do homem, totalmente acostumado a fazer o mal, com o seu coração totalmente corrompido de forma que não pode mais escolher entre o bem e o mal.

Mas no meio de todo este quadro há uma esperança para o homem, uma transformação tão radical quanto a que ele precisa, uma transformação que vai mudar toda a sua essência, que vai trocar todos os seus valores.
Cristo descreve esta transformação em João 3, quando fala de um novo nascimento, nada dessa velha vida serve para ser reaproveitado então o homem tem que nascer de novo. 

O processo de mudança também é bem explicado pelo apóstolo Paulo, dizendo: ...no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.

Podemos ver descrito aqui o que cremos ser o processo correto para a transformação na vida daquele que tocado por Deus. Podemos ver que ele tem que abandonar as velhas práticas que antes faziam parte de seu viver diário, o que nós podemos chamar, usando a terminologia bíblica, de despojar.
E uma vez despojado, ou seja, retirado tudo aquilo que estava contaminado no homem, toda a sua velha natureza, ele pode agora ser revestido de uma nova natureza, uma natureza agora capaz de novo de se relacionar com Deus, e auxiliada pelo Espirito Santo a poder de novo escolher a fazer o bem.

Assim o homem consegue esta transformação, primeiro sendo transformado pelo Espirito Santo, dando a ele nova vida e depois agindo em cooperação com Espirito Santo buscando uma vida de santificação, ou seja, sendo de novo restaurado a imagem de Cristo, como fora criado.
A melhor definição de santificação dada é a do apóstolo Paulo, quando ele afirma: "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito." 

Podemos notar aqui todos os passos da transformação. Primeiro nosso rosto foi desvendado, foi restaurada a nossa visão, ocorreu a nossa regeneração. E em seguida nós somos auxiliados pelo Espirito Santo a nos tornarmos a imagem de Cristo de forma gradual.
A fonte de revelação geral é o que Deus colocou a disposição de todos os homens de todas as épocas e lugares para que eles possam saber como viver uma vida que agrada a Deus, mesmo sem conhecer a este Deus. 

Como agentes dessa revelação nós temos a natureza, o salmista nos mostra todas as pessoas da terra tem acesso a este conhecimento:  
Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor.
Deus se revelou a todos os homens para que todos pudessem ter O direito de conhece-Lo, mas o homem não valorizou este conhecimento trocando-o por várias outras fontes de sabedoria mundana, o apóstolo Paulo nos mostra o que o homem fez com esta revelação de Deus:
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 

Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;
Aqui o apóstolo deixa claro que Deus deixou ao homem a verdadeira fonte de conhecimento mas ele perverteu esta fonte com a sua injustiça, e por isso eles não tem desculpas a apresentar diante de Deus, como se não conhecessem a verdade, porque foram eles que apagaram a verdade divina de suas vidas.
Paulo descreve assim seu valor: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
Neste texto podemos ver seu alto valor para o aconselhamento bíblico, ela é útil para: ensinar, repreender, corrigir e educar. E ainda tem o mesmo propósito do aconselhamento bíblico que é o de levar todo homem a maturidade em Cristo visando a glória de Deus.
A Bíblia diz que devemos nos colocar aos pés de Jesus para seguí-lo (Lucas 9:23). Também é utilizada a sede do homem de buscar significado para a vida e a Bíblia nos ensina que o significado da vida esta em temer a Deus (Eclesiastes 12:13). 

O homem também busca, a todo custo, evitar a dor e conseguir prazer, mas o ensino bíblico é que passaremos por problemas enquanto estivermos aqui na terra, mas temos a certeza de que um dia não mais veremos a dor e o sofrimento (Apocalipse 22:1-5).
Logo, torna-se evidente que a motivação humana, por mais atraente que possa parecer aos nossos olhos, não é eficaz e nem pode ser alcançada enquanto nós vivermos aqui nesta terra, cabe, portanto, ao conselheiro bíblico desviar a visão do aconselhado do supostos benefícios que ele pode conseguir enquanto estiver aqui na terra para levá-lo a contemplar as recompensas dadas por Deus para aqueles que crêem Nele.


MARCOS EMANOEL P. DE ALMEIDA

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