terça-feira, 4 de maio de 2021

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 47)

 

A HISTÓRIA DE DAVI

O contexto da história de Davi nos revela que Saul, até então o rei de Israel, havia sido rejeitado por Deus. 
A sua rejeição não se deu porque ele era uma pessoa incapaz, ímpia ou perversa, nem tampouco porque ele era simplesmente um pecador. 
Ele foi rejeitado porque tinha um coração soberbo. Saul jamais se reconhecia errado e não se dobrava diante das evidências do seu próprio erro. Antes, ele sempre buscava se justificar. 
Samuel, o profeta, durante muito tempo, chorou e pranteou por causa da rejeição de Saul. 
Era como que se Samuel esperasse uma reconsideração de Deus, para que Ele reconduzisse Saul ao trono. Contudo, diante do choro de Samuel, Deus disse: 
“Basta!”, e perguntou: “Até quando terás pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel?” (I Sm 16.1) 
Deus tinha outros planos para o seu povo, outro pastor para colocar à frente do seu rebanho. Por isso, Ele enviou Samuel à cidade de Belém e à família de Jessé. 
Ao chegar a Belém, Samuel convocou todo o povo para o culto ao Senhor. Ele havia recebido a direção de não apenas ungir o novo rei, mas também de celebrar um culto a Deus juntamente com os moradores de Belém. Quando todos chegaram para participar daquele momento, incluindo Jessé e seus filhos, Samuel imaginou estar diante do novo rei quando viu o primogênito de Jessé.
Eliabe era um homem alto e forte, e era um soldado dos exércitos de Israel. Contudo, Samuel foi enganado pelos seus próprios sentidos. 
Deus não havia escolhido aquele homem nem os outros 6 que o seguiram. 
Samuel ficou intrigado: se estavam ali todos os filhos de Jessé, e Deus lhe havia afirmado que um dos filhos de Jessé seria ungido rei, o que estava acontecendo? 
Então, “Samuel perguntou a Jessé: Acabaram-se os teus filhos?” (I Sm 16.11) 
Apesar de ter Samuel convocado todos os habitantes de Belém, de fato Jessé possuía um outro filho que não estava presente: Davi. 
Ele estava apascentando as ovelhas quando se deu a convocação, e ninguém havia se lembrado de chamá-lo. Mas aquele que tinha sido esquecido por todos não foi esquecido por Deus; ele era o futuro rei de Israel. 
Ao ver Davi, que era “(…) ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o Senhor: Levanta-te e unge-o, pois este é ele. Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi. Então, Samuel se levantou e foi para Rama.” (I Sm 16.12,13)
Esse texto nos mostra que os critérios de Deus são totalmente diferentes dos critérios dos homens. A escolha de Deus não é feita de acordo com os critérios das pessoas. Desde a mais tenra idade, o primogênito do rei era preparado para ocupar o lugar do pai, quando esse viesse a morrer. 
Ele era educado pelos homens mais sábios, recebia aulas de espada, aprendia a usar o arco e a flecha, tinha aulas de montaria, acompanhava o pai nas visitas administrativas, visitava diplomaticamente as cidades, era comandante do exército, aprendia algumas noções de administração e era ensinado a viver na corte. 
De acordo com esse critério, o próximo rei de Israel deveria ser Jônatas, o primogênito de Saul. 
O próprio Saul testificou esse entendimento em I Samuel 20.31: “Pois, enquanto o filho de Jessé viver sobre a terra, nem tu estarás seguro, nem seguro o teu reino; pelo que mandas buscá-lo agora, porque deve morrer.” Aos olhos das pessoas, Jônatas se encaixava em todos os critérios estabelecidos.
Entretanto, Deus não age segundo os pensamentos das pessoas. Para Deus, não importa se as pessoas estabeleceram que o líder deve ser descendente do último, ter um curso superior, ser inteligente, bonito, rico, bem sucedido nos negócios ou conhecido da população. 
Está registrado em Isaías 55.8,9: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.”
A escolha de Deus não é feita de acordo com a aparência da pessoa. Em I Samuel 16.6,7, nós lemos: “Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido. Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém, o Senhor, o coração.” 
A aparência sempre foi algo extremamente importante para as pessoas. Quando Saul foi escolhido como rei de Israel, a sua aparência chamou a atenção de todos. O texto de I Samuel 10.23,24 registra esse fato. O próprio Samuel, mesmo profeta do Senhor, se inclinou a tomar algumas decisões segundo a aparência, ao colocar os seus olhos em Eliabe. Sendo assim, como Deus escolhe os seus líderes?
A escolha de Deus é feita de acordo com seus próprios critérios. 
Talvez esse seja o ponto mais difícil para nós, porque não sabemos definir com clareza quais são esses critérios. Eles são totalmente imprevisíveis. 
Segundo o entendimento das pessoas daquela época, o possível líder de Israel deveria ser Jônatas, porque ele era o filho do rei. 
Em segundo lugar, o primogênito tinha sempre a primazia por ser a pessoa mais importante em uma casa, depois do pai. 
Era ele quem herdava a posição de chefe quando o pai falecia. 
Por fim, pensando nas circunstâncias pelas quais Israel estava passando – lutas, guerras, conquistas de territórios – o mais natural seria imaginar que a escolha de Deus iria recair sobre um soldado, alguém que tivesse conhecimento de guerra, para comandar os exércitos de Israel. 
Mas Deus frustrou os pensamentos e critérios dos homens escolhendo Davi, o caçula, pastor de ovelhas.
Quando Jesus veio chamar Natanael para ser discípulo esse, ao saber que Jesus vinha de Nazaré, perguntou: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” (João 1.46) 
Aos olhos dos homens, Jesus jamais poderia ser o Ungido de Deus. 
Contudo, Deus, o Pai, já o havia chamado desde a eternidade para ser o Salvador dos homens. 
Paulo disse, em I Coríntios 1.26-29: “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.”
A escolha de Deus é feita de acordo com o coração da pessoa. 
Em I Samuel 16.7, lemos: “(…) O homem vê o exterior, porém, o Senhor, o coração.” Ainda que aos nossos olhos os critérios de Deus sejam imprevisíveis e insondáveis, a Bíblia nos ensina que Deus, preferencialmente, escolhe aqueles que têm um coração que agrade a Ele. 
A palavra coração, nesse texto e em toda a Bíblia, faz referência à totalidade da vida interior do ser humano. Sem dúvida, há várias coisas que conseguem influenciar uma pessoa a agir de uma determinada maneira. 
É exatamente isso que Deus enxerga. Ananias e Safira, por exemplo, tiveram uma boa atitude ao dar uma oferta para a igreja; contudo, a motivação do coração deles era errada, e por isso, Deus os rejeitou. 
Tiago, falando sobre a boa atitude da oração, escreve que a motivação errada impede uma pessoa de receber o seu pedido de oração: “Pedis e não recebeis porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tg 4.3) 
Tendo a pessoa o genuíno desejo de glorificar a Deus, de entregar-se a Ele, de ser-lhe fiel e de prestar-lhe obediência, então Deus a olha com preferencial disposição de fazê-la líder. 

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quarta-feira, 28 de abril de 2021

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 46)

 

ESCOLHAS CERTAS, POSTURAS CORRETAS, DECISÕES SÁBIAS

Davi, homem de guerra, famoso, bom coração, destemido, homem de Deus

Qualificações não faltam para Davi – suas posturas mostram  um vencedor – A única batalha que perdeu foi pra ele mesmo, não se conteve, se distraiu com a cobiça dos olhos e a tentação da carne (adultério)

Ele decidiu ainda jovem enfrentar os grandes desafios da vida e confiou em Deus  - seu maior êxito foi matar o gigante Davi

Uma  grande vitória expressiva!

Só que vitória não é só onde você chega é onde você se desenvolve

Davi manteve sua posição humilde, sempre na dependência de Deus, foi forjado nas provas e teve cuidado com suas decisões

Davi vencia o cíume e a inveja, vencia a perseguição, seus grandes gigantes invisíveis, após a queda de Golias, e desenvolvendo suas vitórias sempre consultava o Senhor para fazer escolhas

Quando Davi consultava a Deus ele se dava muito bem em muitas questões, e quando não fazia isso, lamentavelmente se dava muito mal

Davi orgulhoso do seu Status, decide cobiçar a mulher do próximo, daí as consequências foram muito trágicas

O orgulho, a cobiça precede a queda – Davi cobiça e peca e uma maldição familiar se instala e é atraída para sua casa

Decisões e escolhas erradas geralmente trazem consequencias terríveis a longo prazo

Davi não consultou a Deus sobre seus desejos, geralmente quando cobiçamos algo nõa pdimos palpites para Deus

Somos engodados e pelos nosso próprios desejos

Davi aprende lições, se humilha, se arrepende, confessa seus pecados e muda suas posturas – atitudes que o mantiveram de pé diante de Deus

Posturas corretas após a queda: Arrependimento, coração contrito e quebrantado – Deus não rejeita estas atitudes

Davia era homem segundo o coração de Deus porque assumia a culpa, chamava a responsabilidade pra si, por isso, dava a volta por cima, e escolhi prosseguir obedecendo a Deus

Suas posturas, decisões e escolhas o tornaram um homem segundo o coração de Deus

 Davi é moldado por Deus, ele se deixa moldar, cada decisão certa um avanço, cada decisão errada uma experiência amarga

Deus se sentiu orgulhoso de Davi

APRENDENDO COM ESAÚ E JACÓ

 

ESAÚ MAU E NEGLIGENTE, JACÓ BOM E DISCIPLINADO  

E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas. E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó. E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado; E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom.
Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura. E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura? Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó. E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura.

Gênesis 25:27-34

 

ESAÚ – vivia de prazeres momentâneos, inconsequente, promiscuo, profano, aventureiro, imprudente, indisciplinado, relaxado com as promessas, negligente, amaldiçoado

JACÓ – Vivia de planejamentos, simples, prudente, disciplinado, sensível a voz de Deus, persistente, perseverante nas promessas, abençoado

ESAU NÃO HONRAVA PAI E MÃE

Ora, sendo Esaú da idade de quarenta anos, tomou por mulher a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu. E estas foram para Isaque e Rebeca uma amargura de espírito.

Gênesis 26:34,35 

 

Honrar pai e mãe, tudo vai bem, e Deus prolongará nossos dias na terra

Um dos Dez Mandamentos é honrar o pai e a mãe. Mas o que significa honrar? 

Honrar é mostrar respeito. Em criança, isso significa obedecer os pais. Em adulto, significa ouvir e respeitar os conselhos dos pais. Quando os pais estão idosos, significa cuidar deles e ajudá-los.

Honrar o pai e a mãe é um ato de amor. Os pais ajudam os filhos a crescer e ensinam coisas muito importantes para que tenham uma vida longa. Os filhos que honram os pais e ouvem seus conselhos poderão evitar muitos erros. Cuidar dos pais no fim da vida é uma forma de mostrar apreço por tudo.

 

Honrar Pai e Mãe na Bíblia

 

"Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor,o teu Deus, te dá.       Êxodo 20:12

 

ESAU NÃO ERA HOMEM DE PALAVRA, NÃO CUMPRIA NENHUM TRATO E NÃO ERA SINCERO DIANTE DOS HOMENS

E aconteceu que, como Isaque envelheceu, e os seus olhos se escureceram, de maneira que não podia ver, chamou a Esaú, seu filho mais velho, e disse-lhe: Meu filho. E ele lhe disse: Eis-me aqui. E ele disse: Eis que já agora estou velho, e não sei o dia da minha morte; Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça. E faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma; para que minha alma te abençoe, antes que morra.

Gênesis 27:1-4

Como Deus pode abençoar alguém assim?  Alguém que não cumpre com suas palavras? Ainda por cima quer tirar vantagens  da situação que dias antes desprezou

Dizem que Jacó tirou vantagens de seu irmão? Jacó estava de olho nas bençãos do futuro e não queria desprezar nada, muitos menos de tudo que vinha de Deus na parte espiritual

Vemos aqui que Esau além de não se importar com as coisas de Deus e nem com seu futuro, só quis tirar vantagens terrenas

É por isso que Deus se aborreceu com Esaú e permitiu que o plano de Jacó desse mais certo, pois o coração de Jacó lhe agradava

 

E Rebeca escutou quando Isaque falava ao seu filho Esaú. E foi Esaú ao campo para apanhar a caça que havia de trazer.
Então falou Rebeca a Jacó seu filho, dizendo: Eis que tenho ouvido o teu pai que falava com Esaú teu irmão, dizendo: Traze-me caça, e faze-me um guisado saboroso, para que eu coma, e te abençoe diante da face do Senhor, antes da minha morte.
Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando: Vai agora ao rebanho, e traze-me de lá dois bons cabritos, e eu farei deles um guisado saboroso para teu pai, como ele gosta; E levá-lo-ás a teu pai, para que o coma; para que te abençoe antes da sua morte. Então disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú meu irmão é homem cabeludo, e eu homem liso; Porventura me apalpará o meu pai, e serei aos seus olhos como enganador; assim trarei eu sobre mim maldição, e não bênção.

Gênesis 27:5-12    

Nessa conversa ,vemos que Jacó queria ser ABENÇOADO, jamais ele permitiria que a maldição chegasse até ele, por isso calculava e planejava seus passos de forma prudente e sensata

Jacó deve ter pensado, meu irmão não foi homem de palavra, não assumiu para o meu pai, que ele desprezou a benção da primogenitura e passou pra mim, agora tenho que enganar meu pai por causa disso

Que situação que ficou o nosso amigo Jacó, homem bom e disciplinado

 

E disse-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à minha voz, e vai, traze-mos.

Gênesis 27:13 

Sua mãe Rebecca assume o risco de qualquer maldição, mas ela tinha uma palavra de Deus, antes dos filhos nascerem, Deus falou que o mais velho serviria a menor, portanto, ela estava simplemente seguindo uma direção de Deus, era no momento a única alternativa a ser feita

Rebecca sentiu que o homem certo para usufruir as benção de Deus era Jacó, com seu coração mais centrado nas coisas espirituais 

Assim se cumpre em Jacó as bênçãos de Deus :

 E disse-lhe Isaque seu pai: Ora chega-te, e beija-me, filho meu. E chegou-se, e beijou-o; então sentindo o cheiro das suas vestes, abençoou-o, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou; Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto.
Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem. E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da presença de Isaque seu pai, veio Esaú, seu irmão, da sua caça;

Gênesis 27:26-30 

ESAÚ NEGLIGENTE

O negligente fica sem as bênçãos de Deus,  acusa todo mundo por sua imprudência e falta de disciplina, a culpa nunca é dele e ainda por cima fica com ódio, amargura e raiva no coração com quem é disciplinado

Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai. E ele disse: Veio teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção. Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção?
Então respondeu Isaque a Esaú dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho?
E disse Esaú a seu pai: Tens uma só bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esaú a sua voz, e chorou.
Então respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis que a tua habitação será nas gorduras da terra e no orvalho dos altos céus.
E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço.
E Esaú odiou a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei a Jacó meu irmão.

Gênesis 27:34-41  

 

JACÓ COMEÇA A PLANEJAR SUA VIDA ESPIRITUAL

E foram denunciadas a Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho; e ela mandou chamar a Jacó, seu filho menor, e disse-lhe: Eis que Esaú teu irmão se consola a teu respeito, propondo matar-te. Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz, e levanta-te; acolhe-te a Labão meu irmão, em Harã, E mora com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão; Até que se desvie de ti a ira de teu irmão, e se esqueça do que lhe fizeste; então mandarei trazer-te de lá; por que seria eu desfilhada também de vós ambos num mesmo dia? E disse Rebeca a Isaque: Enfadada estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar mulher das filhas de Hete, como estas são, das filhas desta terra, para que me servirá a vida?

Gênesis 27:42-46  

A partir desta situação Jacó começa a traçar uma vida planejada para ser realmente uma benção nas mãos de Deus

- Jacó planeja escapar da fúria do seu irmão

- Jacó investe tempo com Deus

- Jacó planeja dar o dizimo

- Jacó planeja um bom casamento com Raquel

- Jacó planeja escapar do seu sogro explorador

- Jacó planeja voltar pra sua terra

- Jacó busca intimidade com Deus e luta por sua vida  

 

O NEGLIGENTE E INCONSEQUENTE ESAÚ

- Além de casar com mulheres pagãs desonrando seus pais

- desobedecia os pais, era promiscuo e aventureiro, sem nenhuma preocupação com o futuro

- Vai viver em terras montanhosas e inférteis

- Da sua descendência nascem os edomitas, por um tempo servem ao povo de Deus, mas se tornam inimigos valentes e corajosos, maldosos e malfeitores

 - Por fim, aborrecem tanto a Deus, que são exterminados da face da terra

- Muitas profecias estão na Bíblia contra os edomitas

 

                OS DESCENDENTES DE JACÓ  

Sobre Jacó, seu caminho foi abençoado, em tudo ele obedeceu seus pais e procurou fazer a vontade de Deus

E Isaque chamou a Jacó, e abençoou-o, e ordenou-lhe, e disse-lhe: Não tomes mulher de entre as filhas de Canaã;
Levanta-te, vai a Padã-Arã, à casa de Betuel, pai de tua mãe, e toma de lá uma mulher das filhas de Labão, irmão de tua mãe;
E Deus Todo-Poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão de povos;
E te dê a bênção de Abraão, a ti e à tua descendência contigo, para que em herança possuas a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão.

Gênesis 28:1-4

Sobre Esaú continuou sendo mau e negligente, não obedecia seus pais e continuava a se prostituir com mulheres pagãs

Vendo, pois, Esaú que Isaque abençoara a Jacó, e o enviara a Padã-Arã, para tomar mulher dali para si, e que, abençoando-o, lhe ordenara, dizendo: Não tomes mulher das filhas de Canaã; E que Jacó obedecera a seu pai e a sua mãe, e se fora a Padã-Arã;
Vendo também Esaú que as filhas de Canaã eram más aos olhos de Isaque seu pai,
Foi Esaú a Ismael, e tomou para si por mulher, além das suas mulheres, a Maalate filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nebaiote.  
Gênesis 28:6-9

Quem continua negligente, continua fazendo tudo contrário a vontade de Deus  

Deus não confirma os passos de alguém mau e negligente

Deus confirma os passos de  Jacó

Deus confirma os passos de um homem bom e disciplinado 

E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra;
E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado.
Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus. Então levantou-se Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por seu travesseiro, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela. E chamou o nome daquele lugar Betel; o nome porém daquela cidade antes era Luz. E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir;
E eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor me será por Deus;
E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.

Gênesis 28:12-22

 

Quanto aos descendentes de Jacó, todos foram abençoados, por causa do planejamento espiritual deste homem, pela obediência, disciplina e prudencia de Jacó, Deus formou um povo através dos filhos dele, e por causa da promessa de Deus, também somos abençoados através de Jacó como seu povo e filhos de Deus

 

 

terça-feira, 20 de abril de 2021

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 45)

 

OS DESAFIOS DE DAVI 

 "Davi suspirou por água, e disse: Quem me dera beber da água do poço de Belém, que está junto à porta! Assim aqueles três romperam pelo arraial dos filisteus, tiraram água do poço de Belém, junto à porta, tomaram-na e levaram a Davi. Porém ele não a quis beber; antes, derramou-a perante o Senhor, e disse: Não per­mita meu Deus que eu faça tal! Beberia eu o sangue da vida destes homens? Pois com perigo das suas vidas a trouxeram. De modo que não a quis beber. Isto fizeram esses três valentes." (1 Cronicas I 1:17-19.)

 O que você pensaria se um homem chamado e reconhe­cido como "homem de Deus" lhe fizesse uma proposta para pôr a sua vida em risco? Qual seria a sua reação? E claro que tanto eu quanto você pensaríamos duas vezes antes de atendê-lo. 

Só não demoraríamos tanto se esse homem tivesse uma credibilidade acima do natural, fosse um líder que merecesse tamanho esforço e se o seu pedido não ti­vesse um comprometimento moral.

Neste episódio vemos o desafio do rei Davi para com os seus valentes, de igual modo são valentes, pelo que fizeram pela visão de ascender a Jerusalém. 

 Deus tem levantado muitos homens e mulheres valentes nesse século; o Senhor tem falado deveras a uma geração; Ele está capacitando homens e mulheres para que possam conquistar a Terra.

Então, qual é a postura desse valente que busca água para o Rei? Vencer o medo e ver que os seus inimigos não são tão poderosos quanto ameaçam. 

Satanás é nada dian­te do poder de Deus. Gosta de ostentação, de amedrontar e de assustar. O cachorro quanto mais vira-lata é, mais late, pois quer se impor pelo barulho. Assim é o inimigo: quer se impor utilizando o medo e as circunstâncias.

Os valentes de Davi arriscaram a vida porque foram buscar água para o Rei. Eu gasto tempo pensando na ati­tude que tiveram. Existe uma diferença entre o fazer e o servir. 

A palavra "guia" significa professor do caminho. Um guia, em Israel, é treinado, di­erentemente de todos os outros guias que podemos vir a conhecer; eles são autoridades nas Escrituras. 

Muitos guias que nem são cristãos, conhecem a Bíblia melhor que mui­tos pastores, e dão um show de conhecimentos histórico, teológico e científico. Então, é de suma importância que estejamos definidos entre o fazer e o servir, e chegarmos à conclusão de como podemos fazer o melhor para Deus, não apenas fazendo coisas, cumprindo tarefas, mas ser­vindo.

A palavra "servir", no original doidos, tem como base uma chamada aos interesses de Deus, com a intenção de fazer o melhor para o homem. 

Quando servimos a Deus, estamos desenvolvendo um ministério pelo qual devemos trabalhar com o nosso coração, em todo o tempo. Lembramo-nos de que quando dizemos "sim" para Deus, falamos "não" para nós. 

O beber água implica uma decisão de risco, porém uma convicção de vitória. Quando resolvemos agradar o Rei, o que era risco torna-se prazer. Deus tem a capacidade de tornar o inimigo invisível diante dos nossos olhos.

 

BUSCAR A ÁGUA DA PREFERÊNCIA DO REI

Como vamos buscar essa água? Lembre-se de que preci­samos ser valentes de verdade, pois o inimigo está à esprei­ta. Precisamos ter uma estratégia de manobra melhor que a da espera do inimigo. Deus está chamando a Igreja e seu povo para um momento de desafio da alma, para vencer os seus limites. 

Deus não gosta que caminhemos só no pos­sível; a nossa fé precisa ser treinada para desafios maiores. Só galgará algo grandioso quem lutar por isto, de forma honesta.

O teste sempre será grande, para avaliar a nossa capaci­dade e disposição de ousar agradar ao Rei. Não é fácil, pois enfrentaremos o inimigo. Mas Deus sempre nos dará uma estratégia para que o inimigo não nos apanhe de surpresa, e para que não sejamos envergonhados por não cumprir­mos o Seu propósito. 

Devemos crer que Deus sempre luta­rá a nosso favor e nos dará as saídas que provêm do Seu coração, para que honremos a Sua vontade.

Querido, um valente não se mede pelas muitas guerras que já enfrentou, mas pelas que já ganhou. A Palavra diz que "em Deus nós faremos proezas" (SI 60:12). 

O Senhor tem prazer em nos ver caminhando em vitória. É por esse motivo que, sempre que Israel andava retamente diante do Senhor, não perdia uma só guerra.

Lembre-se de que a água que os valentes de Davi foram buscar foi, na verdade, um teste de capacidade de guerra. 

O rei Davi conseguiu medir não só a coragem daquele povo, mas a fidelidade ao rei. Nem o próprio Davi creu na possi­bilidade de que aqueles homens levariam a sério o seu de­sejo.

 É assim que devemos estar diante de Deus: quando Ele nos dá pistas da Sua vontade, devemos nos lançar no campo de guerra para cumprir o Seu desejo. Somos a he­rança de Deus e devemos oferecer a nossa melhor água para o Rei.

É bom sabermos, também, que não somos apenas nós que cumprimos os desejos de Deus, Ele também cumpre o nosso desejo quando nos agradamos dEle. O Salmo 37:4 diz: "Agrada-te do Senhor e Ele satisfará o que deseja o teu coração".

Buscar água para o rei fala da primícia do nosso esforço; é a abnegação da nossa própria vontade. "Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação." (Is 12:3.)

É também um ato profético, uma forma de entregar o nosso louvor em sacrifício a Deus. Não se esqueça, porém, de que a nossa água diária deve ser tirada das nossas fon­tes, que estão em Deus e jamais se acabarão.

"Todas as minhas fontes estão em Ti." (Sl 87:7.)

"O Senhor te guiará continuamente e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará os teus ossos. Serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam." (Is 58:11.).

 

 

 

 

 

 

 

 

APRENDENDO COM DANIEL (PARTE 24)

 

Conhecendo o Perfil do Valente

 

"Quando Daniel soube que o edital estava assinado, entrou em sua casa, no seu quarto em cima, onde estavam abertas as janelas que davam para o lado de Jerusalém; e três vezes no dia se punha de joelhos e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer." (Daniel 6:10.)

 

O Reino de Deus é um Reino de conquistas. Isso significa que teremos muitas batalhas, e das mais variadas formas. Porém, há uma Canaã que pertence a cada um de nós. Lá desfrutaremos do leite e do mel que representam a provisão. 

No entanto, temos visto que gigantes sempre se levantarão para tentar nos impedir de herdarmos as mais copiosas bênçãos. Nossa atitude tem de ser dirigida por Deus e baseada numa postura espiritual e não apenas mental.

Vamos enfatizar a vida de um guerreiro diferente. Ele lutou com todas as suas armas espirituais e atravessou dinastias cumprindo o propósito de Deus e exercendo influência sobre diferentes culturas. 

Este homem é Daniel, servo de Deus, que foi levado inici­almente para a Babilônia para servir em seus palácios. Daniel foi um grande valente de Deus, e isto em pele de ovelha, pois a sua história não envolve odisséias marcantes de lutas, guerras, estratégias militares, fuga de inimigos, des­truição ou conquistas de reinos.

Daniel conquistou reinos sim, e fez o seu nome na histó­ria, agindo diplomaticamente dentro dos palácios reais. Mesmo assim, enfrentou verdadeiros inimigos que tenta­vam destruí-lo dia e noite. Por isso não podemos pensar que estamos ausentes das lutas espirituais. Onde quer que estejamos plantados, teremos de guerrear. Devemos man­ter nossa postura em linha com a Palavra para estabelecer­mos o Reino de Deus.

Daniel utilizou, discretamente, armas poderosíssimas que foram altamente eficazes e tiveram efeitos letais sobre os seus inimigos. Como cordeirinho, passeava pelo palácio, mas como gigante de Deus, utilizava verdadeiros arsenais, tais como intercessão, sabedoria e conhecimento. Ele des­frutou de grandes vitórias, entrando para a galeria da fé citada em Hebreus e fazendo parte dos profetas maiores do Velho Testamento.

Vejamos com mais detalhes as armas usadas por Daniel:

 

1. INTERCESSÃO

Daniel foi um homem que entendeu que os grandes gi­gantes que se levantam em nossa vida podem cair ao toque de nossas intercessões. Ele descobriu que encontrava as estratégias para a conquista, na estrada que leva ao tro­no de Deus. Ele orava constantemente. Quando seus ini­migos quiseram montar um esquema para destruí-lo, ten­taram utilizar o próprio ato da oração como arma para incriminá-lo (Dn 6:13). Mas como pode alguém destruir aqueles que estão em intercessão debaixo das asas do Altíssimo? Isso é impossível.

Daniel orava três vezes ao dia, clamava aos pés do Se­nhor, orava pelas conquistas daquele reino e pela sobrevi­vência de seu povo (Dn 6:10). Ele deteve os principados que habitam nas regiões celestiais, apenas pelo poder da oração (Dn 10:11-14). Quando orava, movia a mão de Deus e movimentava os anjos que lutavam as suas guerras e traziam vitórias. Daniel viu o futuro e conheceu os proje­tos de Deus, porque sabia esperar em oração pela vitória diante do Altíssimo (Dn 11 e 12).

Quando seus inimigos se levantarem, lembre-se de Daniel que tinha a oração como arma de defesa e de ataque. Nunca seremos um valente de Deus se não tivermos o hábito de orar, de buscar o conselho de Deus, de esperar em Sua pre­sença e de receber o livramento. A oração move a mão de Deus. Os valentes recebem força para a guerra no momen­to da intercessão, porque é nesta hora que o Senhor se le­vanta como poderoso Guibor para tomar nossa causa e nos dar a conquista (Ex 15:3).

 

2. SABEDORIA

Daniel foi um homem cheio de sabedoria. Não pode­mos realizar conquistas firmes e grandiosas se não formos sábios. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Pv 9:10), somente os loucos a desprezam. Daniel tinha livre acesso aos palácios por causa da sabedoria que possuía.

Muitas vezes estamos sendo derrotados pelos gigantes mal­ditos que adentram na nossa má administração porque não tomamos decisões debaixo de sábio conselho. Há guerrei­ros que vão à batalha e não pedem conselhos, pois são cheios de orgulho. Isso é tolice (Pv 15:22). O homem sábio pede e sabe ouvir conselhos. O homem que tem sabedoria sabe como falar, a hora em que deve falar e como se posicionar diante do inimigo.

A sabedoria é um dom de Deus e Ele a dá liberalmente a todos que a pedem. "Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada." (Tg 1:5.) A sabedoria é me­lhor do que a força. Ser um valente de Deus não significa que precisamos ter força em nossos músculos, nem que de­vemos rilhar os dentes para fazer calar o inimigo. É a sabe­doria que vai enfraquecer os estratagemas dos gigantes que se levantam contra nós. Alcançaremos o pódio da vitória e nos alegraremos, pois todo valente de Deus aprende a tor­nar-se um homem sábio.

 

3. CONHECIMENTO

Daniel era um homem de oração, homem sábio e tam­bém tinha conhecimento. Daniel era inteligente, foi colo­cado entre os sábios do reino - homens versados em toda cultura e conhecimento da época (Dn 1:17). A guerra que Daniel enfrentava todos os dias contra os inimigos de Deus era diplomática e envolvia os poderes místicos e filosóficos daqueles tempos.

Os crentes do mundo inteiro têm vivido dias semelhan­tes aos que Daniel enfrentou. Estamos em uma guerra em que os filhos das trevas invadem os nossos lares e tentam estabelecer os seus impérios através da mídia, conquistam cargos importantes através das fraudes e estabelecem seus reinos pela falsidade ideológica. O conhecimento é impor­tante para todo guerreiro de Deus, pois servirá de arma contra essas ciladas.

Temos de buscar na Palavra de Deus a fonte de sabedo­ria, para conhecermos aquilo que se encontra à nossa dis­posição. A Bíblia é o manual de guerra de todo crente. As­sim, devemos ter conhecimento da Palavra, não apenas ale­atoriamente, mas profundamente, para não sermos iludi­dos pelo inimigo. No momento da tentação, Jesus venceu Satanás através da Palavra. Ele pôde citar a Bíblia porque a conhecia. Não estamos falando de conhecimento super­ficial da Bíblia, ou do que ouvimos o pastor pregar no do­mingo passado e que, talvez, na hora da necessidade, lem­bramos. Não! O conhecimento deve ser mais aprofundado, consciente e ponderado. Daniel fez uso adequado do co­nhecimento e colheu os frutos da sua competência.

Uma história de conquista não se dá por acaso. Ela é re­sultado de algo conquistado proporcionalmente, no tempo próprio e debaixo de determinação. Daniel era um homem valente, mas tinha a mansidão de um cordeiro; porém, mes­mo sendo um cordeiro, não foi devorado pelos leões, porque a bênção do Senhor repousava sobre ele. Nem mesmo o po­derio dos reis da Terra foi suficiente para remover um ungi­do do Senhor. Isso fala diretamente sobre a necessidade de termos nEle a nossa convicção, de partimos para a guerra com as estratégias que dEle recebemos, de aplicarmos a intercessão para quebrar as cadeias, de agirmos com sabedo­ria e conhecimento para assim desfrutarmos do melhor do Reino de Deus.

Avance, valente, e não se esqueça de suas armas.

 

APRENDENDO COM ELIAS (PARTE 10)

 

Elias, um homem como nós

"Portanto, confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A oração de um é poderosa e eficaz. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e orou com fervor para que não chovesse, e durante três anos e seis meses não choveu sobre a terra. E orou outra vez e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto" Tiago 5:16-18.

Quem era Elias? Elias foi um profeta intrépido do Velho Testamento, que teve fé suficiente para enfrentar o Rei Acabe, dizendo-lhe que em seu reino não choveria por três anos.

Elias também é o mesmo homem de fé que orou a Deus em favor de um menino que já havia morrido, e Deus o ressuscitou.

Ainda é sobre o mesmo Elias que a Bíblia fala, quando desafiou a uma competição os quatrocentos e cinqüenta profetas do deus Baal, no alto do monte Carmelo, clamando fogo do céu e depois cortou a cabeça deles ao celebrar a vitória.

Como é possível nos dias de hoje nos identificarmos com uma pessoa assim?

Porém Tiago disse: "Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós..."

Temos estudado nos últimos dias sobre as chaves que dão acesso ao céu e à presença de Deus, às chaves da oração para abrir portas, a função dos intercessores. No nosso boletim desta noite, no item "Orai sem cessar", há dois tópicos chamando-nos a orar por intercessores e "reparadores de brechas".

Elias era um homem que tinha muito em comum com nós.

É difícil tentar ver alguma semelhança com um homem que tinha aquele tipo de fé. Seria mais fácil nos identificarmos com alguém como Pedro.

Pedro era um sujeito, que antes de ter sua vida controlada pelo Espírito Santo, estava sempre metendo os pés pelas mãos, quebrava promessas e ainda negou ao Senhor.

Também seria fácil nos identificar com Davi. Às vezes ele tinha problemas com Deus. Tinha problemas com os filhos, não sabia em quem confiar. Caiu em adultério, mandou matar. Este sim, era um homem sujeito às mesmas paixões que nós.

No entanto, Tiago não falou sobre Davi, nem sobre Pedro. Falou daquele habitante do deserto: Elias.

Para dar um maior esclarecimento sobre que tipo de paixões estava Elias sujeito, seguem-se alguns exemplos:

  • era um homem de natureza semelhante à nossa;
  • era um ser humano de natureza semelhante à que temos - com sentimentos, disposições de ânimo e constituição física igual;
  • era alguém tão humano quanto nós.

O que Tiago queria dizer era que Elias era um ser humano normal e que Deus respondeu milagrosamente às suas orações.

Você crê nisso? Sim, Deus também pode responder às suas orações de maneira poderosa, basta crer.


 

APRENDENDO COM EZEQUIAS

 

A DISCIPLINA DE EZEQUIAS 

Na Bíblia há um exemplo bem claro de uma vida que recebeu uma ordem específica de Deus em direção à disciplina. Ezequias foi o rei de Judá que restabeleceu o culto ao Senhor, reparou o templo, conclamou os levitas e os sacerdotes à consagração e tirou toda a imundícia que se encontrava dentro do santuário, isto é, as imagens de outros deuses e restabeleceu o ministério da casa do Senhor (II Cr 29). O resultado de toda essa disposição de Ezequias em buscar o caminho do Senhor resume-se no verso 26 de II Crônicas 30: "Houve grande alegria em Jerusalém, pois desde os dias de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, não tinha havido coisa semelhante em Jerusalém".

Todo o povo se beneficiou da disciplina e persistência de Ezequias: "ordenou ao povo que desse a parte dos sacerdotes e levitas... (II Cr 30:4) e desde que o povo começou a trazer suas ofertas à casa do Senhor, tem havido o que comer e de que se fartar, e ainda há sobra em abundância, porque o Senhor abençoou ao seu povo"(II Crôn 30:10).

No entanto, quanto mais se busca ao Senhor, mais se cresce e mais se requer de nós. E assim também não foi diferente para Ezequias. Uma grande árvore cresce para cima e aprofunda suas raízes para baixo, para poder se sustentar.

Considerando que tudo se encontrava na "perfeita paz", de repente o rei Ezequias viu-se sitiado por Senaqueribe, rei dos assírios, que procurava incitar o povo de Judá dizendo que o Deus de Israel era igual a todos os outros deuses e que como outras nações não puderam se fazer contra ele, baseados em seus deuses, Judá também seria derrotada (II Crôn 32: 17-19).

Ezequias e Isaías oram e clamam ao Senhor, que envia um anjo ao acampamento assírio e mata a todos os soldados de Senaqueribe. Este foge e ao chegar na casa de seu deus os próprios filhos o matam. Que livramento do Senhor! Que castigo merecido àqueles que afrontam ao Deus vivo!

Nem tudo são flores. Toda a prosperidade e riqueza adquiridas por Ezequias sobem-lhe ao coração, gerando-lhe orgulho e soberba. Ezequias adoece.

Através de Isaías o Senhor traz-lhe uma palavra profética: "Põe a tua casa em ordem, porque morrerás e não viverás"(II Rs 20:1). Entristecido, Ezequias suplica ao Senhor pelo contrário, lembrando-lhe que O havia servido com integridade de coração e que havia feito o que era reto aos Seus olhos.

Ezequias não percebeu a profundidade da Palavra do Senhor: "põe a tua casa em ordem", indicando-lhe o que devia fazer em primeiro lugar.

Pela grandeza de Sua misericórdia o Senhor volta a palavra a Isaías e determina ao profeta que consolasse o rei, dizendo que suas orações foram ouvidas, ele seria curado e ainda teria 15 anos de vida.

Ora Ezequias, curado, não colocou a sua casa em ordem e as consequências foram vistas no reinado de seu filho Manassés que cometeu as piores abominações até então não cometidas pelo povo de Deus.

Qualidade de vida. Fomos chamados à salvação. Fomos preparados para ser um povo bem disposto ao Senhor.

O exemplo de Ezequias é bem pertinente em nossos dias. Através de uma vontade persistente, aquele jovem rei de 25 anos imprimiu a si próprio e ao povo de Judá uma disciplina espiritual capaz de restabelecer o culto a Deus e restaurar o templo à importância da nação de Israel.

A qualidade de vida espiritual está intimamente ligada ao preço que se paga por ela. Maior preço maior qualidade, mais vida. Menor preço, vida acomodada, infrutífera, morna...

A palavra de Deus hoje para a Igreja é a mesma dada ao povo de Israel antes da posse da terra prometida: "Se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao Senhor vosso Deus, e de O servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, as primeiras e as últimas, para que recolhais o vosso trigo, o vosso vinho e o vosso azeite. Darei erva nos vossos campos ao vosso gado e comereis e vos fartarei"(Dt 11:13-15).

Que promessa! Quem está disposto a buscar e receber estas bençãos? Quem está disponível a ser um povo bem disposto ao Senhor? Quem quer largar as migalhas e provar do pão dos filhos? Quem quer colocar a sua casa em ordem neste dia?

Possa o Senhor Deus operar magnificamente em nossos corações.

 

APRENDENDO COM JABES

  APRENDENDO COM JABES O m enino  p rodígio da  g enealogia!   Alguém já disse certa vez que existe muito pouca diferença entre as pessoas –...