segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

APRENDENDO COM DAVI (PARTE 3)


 
 
A PERSEGUIÇÃO E O TRIUNFO

 

Davi foi escolhido por DEUS para suceder o primeiro rei de Israel: Saul, mas para isso tinha que passar no teste em que Saul foi reprovado: “Amar e respeitar o SENHOR”

 

Jesus nos ensina este princípio: Aquele que vos ouve a mim me ouve; e quem vos rejeita a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou ( Lucas 10: 16 ).

 

 

Saul havia feito muitas coisas erradas e Deus já estava pensando em levantar outro rei segundo seu coração. Deus havia colocado no coração do profeta Samuel que este deveria encontrar outro rei para Israel.

 

Samuel começa sua missão. Vai até Belém e entra na casa de Jessé. Lá encontra Davi, o filho caçula de Jessé, que imediatamente é ungido rei na presença do pai e dos irmãos, (1 Samuel 16).

 

A partir daquele momento o Espírito do Senhor estava sobre Davi.

 

Para Deus Davi seria o novo rei de Israel. Porem, este ainda não havia tomado posse como rei, pois Saul ainda estava no poder.

 

Com isso, a cisão entre Saul e Samuel se tornou irreparável. Com o tempo, Saul começou a ficar mais deprimido e foi perdendo o controle da situação. No meio desse “descontrole emocional”, Saul encontrou Davi.

 

Os súditos do rei propuseram que este pudesse ouvir musica para melhorar seu espírito abatido. Eles falaram de um certo Davi, um jovem pastor de Belém, com uma bela voz, tocador de harpa. Saul mandou buscar Davi.

 

 

Ao ver a quantidade de dons e talentos de Davi, o rei se encantou e o acolheu com todas as honrarias, convidando-o a morar no palácio real (1 Samuel 16,18-23). Saul se apegou demais a Davi, fez dele um fiel escudeiro, levando-o para a corte e tratando-o como a um filho.

 

Davi e Jônatas, o filho mais velho de Saul e futuro sucessor do reino, logo se tornaram muito amigos e permaneceram fieis um ao outro por toda a vida. O rei voltou a sorrir e a depressão havia desaparecido.

 

Porem, mal sabia o rei Saul que ele havia trazido para a sua casa o seu sucessor. Mesmo Davi, sabendo da sua unção pelo profeta Samuel jamais tentou destronar Saul ou a usurpar do trono. Pelo contrario, ficou quieto esperando o “tempo de Deus” .

 

Aparece um enorme guerreiro na história. Os Filisteus queriam atacar Israel, eram representados por Golias, verdadeiramente um exagero de soldado: forte, destemido que impunha medo e respeito. Golias provocou Israel pedindo um representante para enfrentá-lo e quem vencesse a luta (corpo a corpo) ficaria com o total domínio de um povo sobre o outro.

 

Saul ouviu a provocação e ficou com medo. Ninguém se habilitou a enfrentar esse destemido Golias. Davi que estava pastoreando o rebanho do seu pai Jessé ficou sabendo da provocação de Golias e que ninguém tinha coragem de enfrentá-lo.

 

Diante dessa eminente ameaça, o próprio Davi se apresentou diante do Rei Saul dizendo que ele iria enfrentar o gigante. O rei resistiu mas Davi o convenceu dizendo que Deus estava com ele e que o Senhor haveria de dar esta vitoria a Israel.

 

O rei então consentiu e Davi, armado apenas com cinco pedras e um estilingue (funda) foi ao encontro de Golias. O gigante riu de Davi e de todo povo de Israel pela escolha do seu oponente.

 

A luta teve inicio e quando Golias foi tirar sua espada para aniquilar a vida de Davi, este pega a funda com as pedras, faz um boleio no ar e acerta a testa do gigante. Golias cai por terra e imediatamente Davi corta-lhe a cabeça.

 

Com esta vitoria a fama de Davi cresceu. A cidade inteira não comentava outra coisa. Davi era o herói. Entre o povo se dizia: “Saul matou mil e Davi matou dez mil” (1 Samuel 18, 7) para dizer a superioridade de Davi em relação a Saul.

 

O rei Saul começou a ficar irritado com tanta manifestação de afeto, carinho e elogios que Davi começou a receber. O rei sentiu ciúmes de Davi porque o povo o considerava herói em Israel.

Por todas as esquinas e praças o nome de Davi era falado, cantado e honrado. O ego de Saul não podia suportar aquilo. Sua vaidade endureceu seu coração. Ele não podia suportar aquela situação.  

 

Aos poucos aquela admiração que ele sentia em relação a Davi, se transformou num ódio violento e mortal. Ele não conseguiu conviver com o brilho e a fama de outra pessoa, morando no palácio e sendo reconhecido pelo povo.

 

Nessa altura Saul já era um homem velho, sem espiritualidade, repetitivo nos seus discursos, abusava do poder que lhe foi entregue, não media as conseqüências dos seus atos, era inconsequente.

 

Com este quadro acima, o rei perdendo a fama, já não era mais o centro das atenções, todos falavam e comentavam o nome de Davi.

 

Todos queriam Davi, gostavam de ouvir Davi que era gentil, simpático, sabia acolher as pessoas, era sensível, era honesto, transparente, exalava espiritualidade por onde passava, quando falava tocava o coração das pessoas, partilhava seus dons e talentos, as pessoas gostavam de visitar o palácio para ver Davi que a todos recebia com um sorriso e alegria.

 

Ninguém mais queria saber de Saul, que ficou obsoleto, porem, abusava do seu poder de rei. A unção estava com Davi. O povo percebia isso.

 

A fama de Davi crescia por aquilo que ele era. Jamais quis diminuir a autoridade do Rei, pelo contrario, sempre o respeitou e o honrou porque este ainda era o rei, apesar de saber que os olhos do Senhor já não estavam mais sobre ele. Mas ainda era o rei e, como tal, merecia todo o respeito.

 

A fama de Davi definitivamente incomodou o rei e sua corte. Não havia outra escolha a não ser tirar Davi do Palácio, eliminar a sua fama, aniquilar o seu nome, matar a sua pessoa. A sentença já estava decretada.

 

O carrossel do mal começou a andar. Os acordos e as conspirações internas eram visíveis. Enquanto Davi defendia o palácio e o Reino de Israel, enquanto Davi trabalhava pela expansão e boa fama do Reino...  O rei e seus súditos armavam as ciladas e armadilhas para tirar Davi do convívio entre eles.

 

E para isso, certamente, não mediram esforços. Muita mentira, muita traição, muito engodo, muita maldade...

 

Esse era o contexto da corte do rei. A sentença já estava decretada: morte a Davi. Todos, no palácio, (creio que nem todos) olhavam para Davi com desprezo, com antipatia. Mas mesmo assim, Davi continuou tratando a todos com respeito, porque ele era assim.

 

Mesmo vendo a ação do mal, ele jamais mudou seu comportamento em relação as pessoas que moravam e trabalhavam com ele. Talvez isso fazia com que a raiva aumentasse ainda mais nos seus rivais.

 

Davi que só fazia o bem, não lhe restou outra saída: teve que deixar o palácio. O rei ainda não sabia que a unção estava com Davi. E Davi teve que sair daquela situação para salvar sua própria vida.

 

Saul não se cansava de armar ciladas e armadilhas para destruir Davi. Este saiu do palácio. Mas a perseguição continuou. Saul tentou convencer ate mesmo o próprio filho Jônatas a matar Davi.

 

Porém, no palácio havia gente boa e Jônatas jamais ergueu sua mão para ferir ou atacar seu amigo. Jonatas também preferia dar seu posto de rei para Davi.

 

Davi se escondeu por varias vezes pois Saul estava obcecado em matar o “ futuro Rei” .Davi poderia ter se vingado por várias vezes, mas não o fez.

 

Davi também conhecia a vida do Rei e onde residia seus pecados do passado. Mas este nunca foi o método utilizado por Davi, nunca quis pagar o mal com o mal.

 

Mas Deus sempre esteve ao lado os perseguidos e aos poucos um a um do palácio do Rei foi sendo aniquilado. Todos foram morrendo ou foram mortos, inclusive o próprio Rei Saul que cometeu suicídio.

 

Infelizmente nesta trágica saga, muitas pessoas boas foram mortas, inclusive Jônatas, amigo fiel de Davi.

 

Diante de uma guerra de vaidades e ciúmes, de inveja e calunias, muitos ficam feridos e acabam morrendo. O mal não seleciona suas vítimas.

 

Essa é a historia de Saul e Davi.

 

Apesar da saída de Davi do Palácio, mais tarde ele voltou ainda mais forte. Ele voltou com REI de ISRAEL e seus oponentes tiveram seus nomes riscados da face da Terra.

 

Que ninguém ouse sabotar, aniquilar, caluniar, difamar, destruir a FAMA dos HOMENS DE DEUS. Deus vem ao encontro para Defender!

 

As histórias da Bíblia muito nos orientam. É de impressionar que, apesar de muitos e muitos anos se passarem, a Ciência e a Tecnologia avançarem de maneira espantosa, o comportamento humano continua o mesmo.


A saga de Saul e Davi abre nossos olhos a muitos aspectos: todos nós nascemos com dons e talentos. Usá-los a favor de Deus é prosperar. Ter em mente que acima de Deus ninguém está é a chave do sucesso eterno.


Davi e Saul vivem nos dias atuais. O caráter de cada um deles se torna evidente quando a eles são delegados cargos de liderança em organizações empresariais e sociais.

 

Saul 'é capaz de tudo' para atingir sua meta, custe o que custar. Davi por sua vez, faz uso de sua condição de líder para servir, orientar, promover a paz e harmonizar ambientes.

 

Ele respeita hierarquias e espera o momento de sua promoção.


A Bíblia nos ensina através da históra de Saul e Davi que o poder é dado a quem merece, a quem se propõe a promover o bem comum, a solidariedade, o amor ao próximo e que o poder usado para o mal não prospera. Saul morre e Davi se eterniza.


Nos dias atuais temos diversos exemplos de pessoas que se imortalizaram, por terem se espelhado em Davi e usado seus dons e talentos para fazer a vontade de Deus

 

Triste pensar como a inveja pode destruir até mesmo um Rei escolhido por Deus. Saul perdeu seu reinado por suas próprias mãos. Se Deus um dia o escolheu para ser Rei é porque tinha atributos para tal.

 

Esta história nos faz pensar que todo aquele que tem a missão de evangelizar, ser portador da palavra de Deus, devem estar em constante oração para que as vaidades humanas não os desviem desta sublime missão.

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