sexta-feira, 8 de maio de 2015

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 14)

Não se compare aos outros


Existe uma terrível cilada do inimigo para os cristãos, que é a de nos compararmos uns com os outros. 

A competiti­vidade entre os membros do Corpo de Cristo é uma das estratégias mais devastadoras usadas por Satanás.
         
No livro de Gálatas, capítulo 6, lemos o se­guinte: "Levem os fardos pesados uns dos outros e, desta forma, cumpram a lei de Cristo. Se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, não à custa de outros, pois cada um deverá levar a própria car­ga". 

Parece haver nesta passagem das Escrituras uma disparidade entre o versículo 2 e o 5, pois o verso 2 diz: "levai as cargas uns dos outros", e o 5: "pois cada um deve­rá levar a própria carga".

Como vou levar a carga do meu irmão ou mi­nha irmã se o apóstolo Paulo está me dizendo que tenho que levar o meu próprio fardo? 

Como pos­so me preocupar com a carga do meu irmão?

A primeira coisa que o Espírito Santo nos mostra é que deve existir o espírito de compaixão na Igreja do Senhor Jesus. Isso significa que realmente de­vemos estar preocupados com as necessidades e os sentimentos uns dos outros. 

Precisamos re­almente ter amor profundo uns pelos outros e nos importarmos com o que acontece com os nossos irmãos.

Para entendermos essa passagem um pouco melhor, temos que voltar ao versículo 1 do capítulo 6: "Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vós que sois espirituais corrigi-o com espírito de brandura e guarda-te para que não sejas também tentado". 

Ou seja: carregar as cargas uns dos outros significa importar-se com o que seu irmão está passando.

Se alguém cair em pecado, tropeçar ou for apanhado em alguma falta, não podemos de forma alguma desprezar essa pessoa ou sim­plesmente colocá-la para fora da igreja. 

Somos chamados para ajudar a restaurar a vida dos nossos irmãos e levá-los de volta à comunhão com Deus e com a igreja.

Nosso alvo deve ser: "Eu quero ajudar aque­le irmão a levantar-se novamente". Quando Paulo nos disse para tomarmos cuidado a fim de também não sermos tentados, está dizendo que nenhum de nós pode ficar se achando su­perior à pessoa que caiu, pensando: "Eu nunca faria uma coisa dessas".

Esse pensamento é muito perigoso porque você também pode ser tentado e cair igualzi­nho àquele que você está desprezando. E pri­mordial que tenhamos um espírito de humildade, de brandura e de compaixão para com os nossos irmãos e irmãs. 

Precisamos de uma ati­tude que diz: "Se você tiver dificuldade, se tro­peçar e errar, enquanto você está pronto a ten­tar de novo, a pedir perdão a Deus e caminhar para frente, pode contar comigo, estarei com você. Estou pronto a ajudá-lo a carregar sua carga. Vamos lá! Não desanime! Somos mem­bros do Corpo de Cristo".

O próximo ponto que precisamos entender é que nunca devemos nos comparar uns com os outros. Uma das estratégias sutis que o inimigo usa para nos impedir de sermos abençoados é justamente a de criar ciúmes em nosso meio quando nos comparamos aos outros.

A competitividade exagerada e imprópria é um problema que o ser humano tem desde criança.

Irmão se comparam, e nisso há brigas e discussões. Uns não acham justo se um ganhas­se mais dos pais do que o outro. Se um pensa que o outro esta sendo mais favorecido, co­meçam as reclamações.

Há um método inteligente de conter disputas entre irmãos. Por exemplo: se hou­ver apenas um pedaço de bolo sobrando e 2 irmãos quiserem comer aquele pedaço, é fácil resolver o problema: "Um corta o bolo em dois pedaços e o outro pode escolher o primeiro pedaço".

Se usássemos uma balança extremamente precisa, o bolo não seria dividi­do tão bem. Era certo que aquele bolo seria re­partido com precisão absoluta, porque se um corta um pedaço maior que o outro achando que ia comer mais bolo, não daria cer­to, pois o outro escolheria o pedaço maior. 

Essa mesma atitude de divisão e contenda é um problema sério hoje na Igreja também. Nossa tendência natural e carnal aprendida na infância é de sermos competiti­vos, de termos ciúmes uns dos outros. Ficamos preocupados quando outros no Corpo de Cris­to têm mais dons ou mais talentos do que nós
.
Foi justamente com essa idéia em mente que o apóstolo Paulo disse que devemos provar cada um de nós o seu próprio trabalho e não nos com­pararmos uns com os outros. 

E, dessa forma, devemos carregar o nosso próprio fardo. 

Ele estava falando sobre duas coisas completamen­te diferentes, mas que precisam funcionar em conjunto: devemos amar uns aos outros no Cor­po de Cristo a ponto de estarmos prontos para carregar o fardo do nosso próximo; mas nunca devemos nos comparar com a vida do outro, porque isso sempre vai desvirtuar aquilo que Deus está querendo fazer com nossas próprias vidas. Cada um de nós tem que responder por si mesmo diante do seu Mestre.

Todos nós temos um chamado todo especial; temos dons especiais; temos talentos que Deus nos dá. Portanto, não é correto ficarmos com­parando nossos dons e talentos ou nosso cha­mado com os do próximo. Seja a pessoa que Deus chamou a ser; seja você mesmo! Então, você será um presente de Deus para o Corpo de Cristo. Sua vida será vista pelo Senhor como um sucesso perante seus olhos.

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