terça-feira, 25 de outubro de 2022

APRENDENDO COM PAULO (PARTE 70)

 PAULO - UMA APLICAÇÃO PESSOAL  PARA ESTE SÉCULO

A.   Se Você Não Conhece a Cristo Pessoalmente 


Paulo refere-se aos Filipenses, aos coríntios, aos efésios e aos colossenses como "santos". Ele simplesmente quer dizer "crentes" ou "cristãos".


Isto nos leva a uma importante pergunta: Qual é seu relacionamento com Jesus Cristo? Você o conhece pessoalmente? 


Se não. pode recebê-lo neste instante. Esta oração o ajudará: T" "Pai. convido Jesus Cristo para ser meu Salvador pessoal. 


Sinto pesar por meus pecados, e confesso-os a ti. Preciso de ti e creio que Jesus morreu por mim na cruz e ressuscitou para que eu pudesse ter a vida eterna. 


Obrigado por entrares em minha vida  a fim de seres meu Salvador.

 

B.  Se Você Conhece a Cristo Pessoalmente

Todos os cristãos verdadeiros são santos, mas nem todos são servos. Você já entregou a vida a Jesus Cristo total e incondicionalmente? 


Você chegou, em sua vida, ao ponto de dar-lhe o primeiro lugar? 


Você ainda está dirigindo sua vida, tomando todas as suas decisões de maneira egoísta?


Como é que o cristão se transforma em servo? Primeiro, tomando uma decisão—uma decisão claramente expressa em Romanos 12:1, 2. 


A oração seguinte parafraseia essa decisão:


"Pai, em vista de todas as tuas misericórdias e graça para comigo, ofereço-me a ti como sacrifício vivo, santo e agradável. 


É a única coisa racional e lógica que posso fazer. 


Deste momento em diante não permitirei que minha vida seja amoldada de acordo com o mundo, antes, tornar-me-ei mais e mais semelhante a ti mediante a renovação da mente e coração, provando e testificando dia a dia qual é tua vontade boa e agradável para minha vida. 


Resumindo, Pai. quero ser teu servo. Desejo perder minha vida a fim de encontrá-la."

 

UMA RESPOSTA DE VIDA PESSOAL

 Agora que você tomou esta decisão, deve desenvolver uma estratégia para renovar sua mente. Paulo delineia essa estratégia em Filipenses 4:8. 9: 


"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama. se alguma virtude há, se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes. e recebestes, e ouvistes. e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco."


Pense em uma coisa em sua vida que o impede de servir a Cristo com todo o coração.

 


Leia Filipenses 1:3-11. Responda a esta pergunta: "Que evidência há nesta passagem de que os cristãos Filipenses representavam uma igreja madura?"

 

APRENDENDO COM EPAFRODITO

 

EPAFRODITO – UM HOMEM DE SACRIFÍCIO

 ALGO SOBRE O QUE PENSAR

Pode você lembrar-se de alguma época em sua vida em que deu de si mesmo, do seu dinheiro, de seu tempo, até não poder dar mais?

Não compreenda mal. Não estou falando de sentir-se desconfortável. Algumas pessoas, por causa do seu egoísmo, dão quase nada, e ainda sentem-se mal.

Pelo contrário, você já deu sacrificialmente? 

Por exemplo, você já esteve economizando para si mesmo, para uma viagem, um carro novo, um móvel novo, e então, por necessidade especial na vida de alguém, deu o dinheiro para suprir essa necessidade?

Se você nunca teve tal experiência, talvez não saiba muito acerca do dar sacrificial. Como a maioria dos crentes, é provável que você tenha dado do muito que possui, em vez da sua pobreza.

 UM EXAME DA CARTA DE PAULO ...

 Seus Profundos Relacionamentos Cristãos

2:25 Julguei, todavia, necessário mandar até vós a Epafrodito, por um lado meu irmão, cooperador e Companheiro de lutas e, por outro, vosso mensageiro e vosso auxiliar nas minhas necessidades;

Seu Grande Senso de Responsabilidade

2:26       visto que ele tinha saudade de todos vós e testava angustiado porque ouvistes que adoeceu.

2:27       Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.

2:28       Por isso, tanto mais me apresso em mandá-lo, para que vendo-o novamente, vos alegreis, e eu tenha menos tristeza.

Sua Recompensa por Serviço Fiel

2:29       Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse;

2:30 visto que, por causa da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte, e se dispôs a dar a própria vida, para suprir a vossa carência de socorro para comigo.

O QUE PAULO DISSE?

A.           Seus Profundos Relacionamentos Cristãos

1.            Com Paulo

2.            Com os Filipenses


B.            Seu Grande Senso de Responsabilidade

1.            Para com os Filipenses

2.            Para com Paulo

 

C.            Sua Recompensa por Serviço Fiel

1.            Dos Filipenses

2.            De Paulo


O QUE PAULO QUIS DIZER?

Se a palavra-chave que Paulo usou para descrever em resumo a personalidade de Timóteo é caráter, então a palavra-chave que descreve a de Epafrodito é sacrifício. 

Embora cada resumo tenha seu foco único, ambos são lindos exemplos de homens que tinham a "mente de Cristo" —uma ênfase de Paulo em parágrafos anteriores. 

Epafrodito. à semelhança de Timóteo, foi um admirável exemplo de humildade e auto- sacrifício. 

De fato. Epafrodito quase fez o supremo sacrifício: 4,por causa da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte" (2:30).

É interessante notar que o único lugar do Novo Testamento em que se menciona o nome de Epafrodito é na carta aos fílipenses. Mas em um único parágrafo (seis curtos versículos) Paulo dá-nos visões dignas de nota sobre a vida e motivos deste homem. 

Para começar, Epafrodito era um crente que havia desenvolvido alguns relacionamentos cristãos profundos. Em segundo lugar, levava seu trabalho a sério. Ele possuía um grande senso de responsabilidade. Em terceiro lugar, Paulo recomendava altamente seus esforços e também desejava que Epafrodito fosse adequadamente recompensado por seu serviço fiel.

A.           Seus Profundos Relacionamentos Cristãos

1.            Com Paulo

Paulo falou primeiro de seu próprio relacionamento com Epafrotido em termos significativos: irmão, coopera-dor e companheiro de lutas.

A palavra irmão fala de seu relacionamento em Cristo. Como todos os cristãos verdadeiros, ambos eram membros da família de Deus. Como disse Paulo ao escrever aos Gálatas: "Dessorte não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28). 

Embora Paulo tivesse o alto privilégio de ter sido escolhido para apóstolo, ele ainda se considerava membro do corpo de Cristo ligado a todos os outros por sua posição em Cristo.

Paulo também chamou a Epafrodito de "cooperador". Juntos haviam servido a Jesus Cristo. Não sabemos qual era a posição de Epafrodito na igreja filipense. Alguns acreditam que ele era presbítero. 

O relacionamento de Paulo com ele como cooperador provavelmente tenha começado em Filipos, muito antes de Epafrodito vir a Roma. Mas este relacionamento alcançou grande culminância quando Epafrodito visitou a Paulo na prisão e serviu com ele aí para o progresso da obra de Jesus Cristo.

Finalmente, Paulo chamou-o de "companheiro de lutas". Estes dias no serviço de Cristo não foram fáceis: os cristãos eram odiados, e a perseguição era comum. Juntos, Paulo e Epafrodito haviam "combatido o bom combate". 

Epafrodito não tinha medo nem se envergonhava de se identificar com as cadeias de Paulo, ainda que tivesse de sofrer dano físico e rejeição social. Usando as palavras de Paulo, ele era um dos irmãos no Senhor, que, por causa de suas algemas, "ousavam falar com mais desassombro a palavra de Deus" (1:14).

Assim, Paulo falou de um relacionamento muito profundo com este homem chamado Epafrodito. Embora Paulo estivesse em algemas e Epafrodito fosse livre, eles eram um em Cristo.

2.            Com os Filipenses

A seguir Paulo falou do relacionamento de Epafrodito com os Filipenses. Ele era mensageiro deles— literalmente, seu "apóstolo".1 Ele fora escolhido para levar a dádiva dos Filipenses a Paulo.

Isto fala de confiança. Talvez fosse mais fácil entender a significação desta confiança se de alguma forma percebêssemos o sacrifício que os cristãos Filipenses fizeram para juntar uma quantia suficiente de dinheiro para ajudar Paulo em sua necessidade. 

Os Filipenses, juntamente com outros crentes macedônios. não eram conhecidos por sua riqueza. Paulo descreveu o estado financeiro deles como sendo de "extrema pobreza''. Contudo, disse Paulo: "Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários" (2 Coríntios 8:2, 3).

De modo que quando os Filipenses ficaram sabendo das necessidades físicas de Paulo, imediatamente reuniram o que puderam de seus parcos recursos. Quando procuraram uma pessoa para fazer a entrega, escolheram a Epafrodito—um homem em quem podiam confiar e um homem que melhor retratava o interesse e amor que eles votavam a Paulo.

B.            Seu Grande Senso de Responsabilidade (2:26-28) Relacionamentos profundos alimentam o senso de responsabilidade. E quão claro é isto na vida de Epafrodito! 

Quando ele chegou a Roma. entregou a dádiva a Paulo, mas também encontrou um homem que precisava mais que uma visita rápida. Evidentemente ele decidiu ficar ao lado de Paulo a fim de ver o que podia fazer para ajudar. Tão grande era seu senso de responsabilidade— tanto perante Paulo quanto perante os irmãos Filipenses—que ele quase morreu no cumprimento desse dever.

Por alguma razão. Deus não permitiu que Paulo nos dissesse exatamente o que Epafrodito fez que colocou sua vida em perigo. Talvez isto aconteceu para que todos nós pudéssemos nos identificar com Epafrodito e aprender uma lição com este homem, não importando as circunstâncias.

Há vários indícios quanto a que perigo poderia ter sido esse. Primeiro, talvez tivesse sido uma doença física, porque ele quase morreu (2:27). Embora a palavra grega para "enfermo" pudesse referir-se a doença psicológica ou física, poucos morrem de problemas psicológicos—a menos que a tensão seja tão grande que tenha como resultado um ataque cardíaco. Contudo, quem sabe, este pode ter sido o problema de Epafrodito!

Segundo, seja qual for a causa do problema, ela envolvia arriscar a vida (2:30). Isto traz várias implicações. Ele podia ter trabalhado tanto que levou o corpo e a mente a algum tipo de desgaste físico ou mental. Ou, pode ser que o tenham perseguido severamente por causa de sua lealdade a Paulo.

Qualquer que tenha sido a causa, Epafrodito demons trou dedicação inusitada tanto a Paulo quanto aos Filipenses. Sua motivação básica era "suprir a carência de socorro" que os Filipenses não podiam dar por estarem distantes (2:30). Como mensageiro deles, Epafrodito sentiu um grande senso de responsabilidade. Ele não os podia desapontar, nem podia permitir que Paulo ficasse sozinho.

Note-se também, que a "dedicação a outros crentes" significa dedicação a Jesus Cristo. As duas estão de tal modo entreligadas que são inseparáveis, Assim, Paulo escreveu aos Filipenses que Epafrodito "por causo da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte". E que obra de Cristo era essa? Era suprir a ajuda que os Filipenses não podiam dar a Paulo! (2:30). O amor sacrificial aos Filipenses e a Paulo tornou-se em serviço significativo para Jesus Cristo!

O senso de responsabilidade de Epafrodito para com os Filipenses, e também a profundeza de seu relacionamento para com eles, são vistos no relato que Paulo faz aos Filipenses da doença do companheiro. "Visto que ele tinha saudade de todos vós e estava angustiado porque ouvistes que adoeceu" (2:26).

Parece não haver dúvida acerca da natureza do problema sobre o qual Paulo falava neste versículo. Epafrodito estava com saudades de casa. Talvez esta seja outra pista para a causa básica de sua doença física. De outra forma, por que Epafrodito ficaria tão angustiado por terem os Filipenses descoberto que ele estava doente? (2:26). 

Em outras palavras, talvez Epafrodito estivesse com tanta saudade de case»—um tipo horrível de doença emocional quando severa—que se tornou sensível ao desgaste físico. Quando os Filipenses souberam do seu problema, ele ficou apreensivo com respeito à reação deles—talvez tivesse medo de que eles o criticassem por sua fraqueza emocional.

Assim, Paulo tomou a responsabilidade de ajudar a conservar abertas as linhas de comunicação entre Epafrodito e os irmãos em Cristo de Filipos. Para tanto, ele explicou o problema de Epafrodito (2:26, 27a), indicando seu próprio alívio emocional por Deus tê-lo poupado (2:27b); ele também queria deixar claro aos Filipenses que partiu dele a idéia de mandar Epafrodito de volta. 

"Por isso, tanto mais me apresso em mandá-lo", escreveu Paulo, "para que, vendo-o novamente, vos alegreis, e eu tenha menos tristeza" (2:28). E possível que Paulo também estivesse um pouco apreensivo com a reação dos Filipenses à doença de Epafrodito; afinal de contas, ele ficara em Roma para ajudar a Paulo.

Mas Paulo também esclareceu algo mais. E isto vemos na seção final.

C.            Sua Recompensa por Serviço Fiel (2:29, 30)

Em suas palavras finais acerca deste homem, Paulo tomou claro que Epafrodito devia receber o devido reconhecimento por seu serviço sacrificial. “Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse" (2:29). Chega a parecer que Paulo receia que os Filipenses sejam tentados a questionar a dedicação cristã de Epafrodito por voltar a Filipos devido a saudades de casa. 

Embora o amassem e confiassem nele, eles, como qualquer outro grupo de cristãos nestas circunstâncias, teriam interesse pela atitude de Paulo. De modo que Paulo deixou claro: era sua a idéia da volta de Epafrodito, e ele queria que este fosse bem recebido, com alegria e com a plena consciência do seu serviço sacrificial por Jesus Cristo.

UMA APLICAÇÃO PARA O SÉCULO VINTE

Epafrodito era um homem de sacrifício. Paulo também. E também Timóteo. Os crentes Filipenses, juntamente com muitos cristãos do Novo Testamento, conheciam o significado de dar até mais não poder. Este é o dar sacrificial.

Acho que os crentes do século vinte nem mesmo chegam perto de saber o que significa essa experiência. Embora muitos dêm 10%. 20% ou até mesmo 30% de sua renda para a obra do Senhor, ainda sabemos de onde nos virá a próxima refeição. Sempre temos a certeza de que nosso pagamento chegará a tempo. É claro, poucos de nós passamos por inconveniência real por termos contribuído para promover a obra de Cristo—financeiramente ou mediante o esforço humano.

Não estou certo, portanto, de que o que a maioria de nós temos feito pode chamar-se realmente de sacrifício neotestamentário—pelo menos quando comparado com a experiência de Paulo, Timóteo, Epafrodito, e dos cristãos Filipenses. Poucos de nós temos dado em meio a "severas tribulações" e "pobreza extrema'1 (2 Coríntios 8:2). Conheço alguns crentes que até tomaram dinheiro emprestado para dar à obra do Senhor—mas isso é a exceção.

Devemos nos envergonhar? Não necessariamente. Somos um povo abençoado: devíamos nos alegrar e louvar a Deus. Paulo disse: 'Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome; assim de abundância, como de escassez" (Filipenses 4:12).

Sendo assim, regozijemo-nos em nossa "abundância".

Mas se houver uma necessidade específica (e sempre há), e se houver a oportunidade de dar para a obra de Jesus Cristo, e se não estivermos dispostos a fazer a nossa parte, então talvez devamos reavaliar nossa entrega cristã e nossa gratidão a Deus pelo que temos em Cristo Jesus. Pode ser que precisemos perguntar a nós mesmos se realmente estamos tendo a experiência do Novo Testamento que é vital para nosso crescimento espiritual.

 UMA RESPOSTA DE VIDA PESSOAL

Pense em um modo de você contribuir até não poder mais. Que tal usar suas economias para ajudar alguém que passa necessidade? Ou, pode ser que você queira fazer algo parecido com o que alguns amigos meus fizeram—desistiram de uma viagem de turismo para suprir uma necessidade muito especial em sua igreja.

O que você fizer deve ficar entre você e o Senhor e os que estão intimamente envolvidos. Não dê oportunidade a Satanás de tentá-lo para o orgulho. Mas, por outro lado, não se refreie com medo de que alguém possa descobrir. Eles podem precisar do seu exemplo cristão.

Lembre-se de que o tamanho de sua dádiva não é o que importa. A atitude de seu coração e o dar segundo sua capacidade é que Deus honra, Como alguém disse: "O pouco com Deus é muito." É sobre isto que Paulo falava em 2 Coríntios 8 e 9.

Leia 2 Coríntios 8 e 9. Que princípios importantes do dar são ilustrados nestes capítulos? De que formas podem os cristãos aplicar estes princípios hoje?


APRENDENDO COM PAULO (PARTE 69)

APRENDENDO COM PAULO

A ATITUDE DE PAULO PARA COM O SOFRIMENTO

ALGO SOBRE O QUE PENSAR

Por que os cristãos sofrem? Por que você tem sofrido?

Estas são questões profundas e legítimas. Muita gente tem feito estas perguntas no decorrer dos séculos

A Bíblia tem muito que dizer sobre o sofrimento e por que ele acontece. De fato, Paulo, em muitas ocasiões falou sobre este assunto. Em sua carta aos Filipenses, ele escreveu sobre seu próprio sofrimento e sobre o que aconteceu por causa dele.

  

UM EXAME DA CARTA DE PAULO ...

O Propósito Que Paulo Em Seu Sofrimento

1:12 Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do evangelho;

 

Modos Pelos Quais o Evangelho Progredia

1:13 de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais;

1:14 e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus.

1:15 Alguns efetivamente proclamam a Cristo por inveja, e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade;

1:16 estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho;

        1:17 aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias.

 

 A Atitude de Paulo em Meio ao Sofrimento

1:18    Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo.

Outros Motivos Pelos Quais os Cristãos Sofrem

 O QUE PAULO DISSE?

A.     O Propósito Que Paulo Em Seu Sofrimento

B.    Modos Pelos Quais o Evangelho Progredia

1.      Na comunidade paga

2.      Na comunidade cristã

3.      Na comunidade judaica

C.     A Atitude de Paulo em Meio ao Sofrimento

D.     Outros Motivos Pelos Quais os Cristãos Sofrem


O QUE PAULO QUIS DIZER?

 

A.                O Propósito Que Paulo Vê Em Seu Sofrimento—o Progresso do Evangelho 


(FILIPENSES 1:12)


Os cristãos Filipenses haviam-se preocupado extremamente com a situação de Paulo em Roma. Não há dúvida de que uma das perguntas candentes que eles queriam fazer, quando Epafrodito saiu a procurá-lo, relacionava-se com seu estado físico. E enquanto escrevia uma carta, que logo seria levada por Epafrodito, Paulo referiu-se à pergunta dos Filipenses quanto ao seu bem-estar: "Quero, ainda, irmãos, cientificar-vos" disse ele, "de que as coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do evangelho" (1:12).


Paulo, quando escreveu esta carta, era um prisioneiro. Não resta dúvida de que ele escreveu a epístola aos Filipenses durante o período de dois anos que permaneceu em sua própria casa alugada, acorrentado a um guarda romano (Atos 28:16, 30).1

Note, porém, o propósito que Paulo via em sua prisão e conseqüente sofrimento. "Estou bem e ativo", escreveu ele. verdade que estou em cadeias e tenho tido muitas dificuldades, mas a coisa importante é que as pessoas estão aprendendo de Cristo."

Que atitude fantástica! Paulo tinha uma capacidade maravilhosa para ver um propósito positivo em tudo o que lhe sucedia. Ele poderia ter cruzado os braços e, por dois longos e agonizantes anos, ter-se enterrado na autocomiseração.

Mas Paulo não era assim. Ele viu uma oportunidade de ouro. Três dias depois de acomodar-se em sua casa, "convocou os principais dos judeus" (Atos 28:17). Quando chegaram, ele repassou as circunstâncias que o levaram à sua presente condição (w. 17- 20). Eles se dispuseram, pelo menos, a ouvir o ponto de vista de Paulo, e nos dias seguintes os líderes judaicos voltaram para ouvi-lo explicar o Antigo Testamento e a vinda de Jesus Cristo, a esperança de Israel.

Alguns creram nele. Outros, porém, rejeitaram sua mensagem. Este foi o princípio de um esforço evangelístico maravilhoso que se irradiou da casa-prisão de Paulo.

 

B.      Modos Pelos Quais o Evangelho Progredia


(FILIPENSES 1:13-17) Quanto tempo havia Paulo passado na prisão quando escreveu esta carta não o sabemos, mas fora suficiente para ter um forte impacto sobre a cidade de Roma, e provavelmente além dela. Seu claro testemunho de Jesus Cristo atingiu muita gente em várias camadas sociais.2

 

1.   Na comunidade paga

Ao dar um exemplo de como o evangelho havia progredido como resultado de sua prisão. Paulo referiu--se primeiro à comunidade paga; na realidade, o último grupo com quem ele trabalhou. "De maneira que", escreveu ele, "as minhas cadeias, em Cristo, se tomaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais" (Filipenses 1:13).

Quando os líderes judaicos vieram ouvir Paulo explicar por que se encontrava na prisão em Roma, numerosos guardas pagãos que ficavam ao lado de Paulo vinte e quatro horas por dia ouviram sua história várias vezes. Lucas relata: "Por dois anos permaneceu Paulo na sua própria casa. que alugara, onde recebia a todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo" (Atos 28:30, 31).

A história registra que havia cerca de 9000 homens na guarda imperial em Roma. E difícil imaginar que a maioria destes homens tivesse ouvido falar da prisão de


Paulo, mas não impossível. Paulo era um caso especial. Até onde sabemos, ninguém antes fora preso por causa de Cristo. Por roubos, assassínios. e outros crimes, sim. mas não por seguir um religioso que dizia ser Deus.

Isto era algo inusitado. Não dúvida de que se espalhou muita conversa acerca deste pequeno judeu que. com seu ensino, alvoroçava a comunidade judaica. Não resta dúvida de que um guarda após o outro deixava seu turno ao lado de Paulo, cocando a cabeça e indagando a si mesmo o que tudo isso queria dizer Com o tempo, um a um, muitos dos próprios guardas provavelmente tornaram-se cristãos.

Mas a prisão singular de Paulo era comentada por mais gente do que os próprios guardas: "as minhas cadeias . . .se tornaram conhecidas. . .de todos os demais" (1:13). Logo, grande multidão de pessoas espalhadas por toda a cidade ouviu falar de Paulo. O nome de Cristo tornou-se um tópico comum de conversa. "Quem é este Cristo?" seria e pergunta natural. "Ele deve ser uma pessoa muito fora de série para receber lealdade tão grande", seria a conclusão lógica. "Descubramos mais!" seria a reação natural.

E concebível que os próprios guardas cobiçassem a oportunidade de guardar Paulo, apenas para acrescentar variedade e interesse ao que, de ordinário, seria uma tarefa maçante.

Paulo estava emocionado com estas oportunidades de falar de Cristo ao mundo pagão. Afinal de contas, era este o principal objetivo de sua vida. Visto que muitos dos judeus não responderam ao verdadeiro evangelho, Lucas relata. Paulo voltou-se uma vez mais para os gentios e pregou-lhes o evangelho (Atos 28:25-30). Começando com os guardas romanos, ele teve a oportunidade de falar de Cristo com muitos cidadãos romanos que vinham vê-lo—possivelmente por curiosidade—e ouvir Paulo pregar o evangelho (v. 30).

 

2.    Na comunidade cristã

A prisão de Paulo também estimulou outros cristãos de Roma a falarem acerca de Jesus Cristo. Quando ouviram falar da ousadia de Paulo, começaram a "falar com mais desassombro a palavra de Deus" (1:14).

Algo dentro do homem reage à bravura dos outros. Lembro-me de visitar o Forte Alamo, na cidade de Santo Antônio, no Estado do Texas. Aí um pequeno grupo de homens ficou sabendo que seu destino estava selado se permanecessem e lutassem contra o grande destacamento de soldados mexicanos que estava prestes a avançar sobre a pequena missão da igreja, seu único refúgio. O coronel W. B. Travis riscou uma linha no com sua espada, desafiando os homens a cruzá-la se quisessem ficar e lutar até à morte. Todos, com exceção de um, aceitaram o desafio—até mesmo o coronel James Bowie, que se encontrava ferido numa cama de campanha.

"Carreguem-me para o outro lado da linha'1, gritou ele para seus companheiros.

Todos foram mortos, inclusive Bowie, que lutou contra o inimigo como melhor pôde de seu leito de morte.

Todos os verdadeiros norte-americanos "lembram-se do Alamo". Mas. muitas vezes, como cristãos, não nos lembramos dos que sofreram e morreram por sua fé em Jesus Cristo.

 

3.    Na comunidade judaica

Há muitas opiniões quanto ao que Paulo se referia, em 1:15-17. ao escrever a respeito dos que pregavam a Cristo "por inveja e porfia. . . por discórdia, insincera- mente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias". Quem eram estas pessoas com motivos falsos?

Alguns crêem que estes eram os judaizantes. os "cristãos" que misturam a lei


com a graça. Mas em outras ocasiões Paulo deu ênfase ao seu desprazer quando se pregava "um falso evangelho" (Gálatas 1:6-9). Assim, não é do feitio de Paulo aprovar o procedimento dos judaizantes de Roma.


Outros crêem que ele se referia aos crentes que tinham "falsos motivos" quando saíam para pregar a fim de causar perseguição a Paulo. Contudo, é difícil imaginar crentes que aumentariam o sofrimento daquele que lhes comunicou a mensagem de liberdade em Cristo.


Outro ponto de vista é possível e que, de fato, parece fazer mais sentido. Repito, um estudo cuidadoso do relato de Lucas em Atos 16, quando comparado com Filipenses 1:12-18. parece apoiar a idéia de que estas pessoas eram judeus não convertidos.


Note que Paulo primeiro chamou os líderes judaicos para virem à sua casa- prisão para ouvi-lo interpretar o Antigo Testamento. Desde a manhã até a noite "lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus, procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela Lei de Moisés, como pelos profetas" (Atos 28:23). Alguns se persuadiram de que Jesus Cristo era o verdadeiro Messias: mas outros "continuaram incrédulos". De fato, "havendo discórdia entre eles, despediram-se".


Este evento na vida da comunidade judaica evidentemente desencadeou uma discussão calorosa entre seus líderes. Com o número crescente de gentios que começou a voltar-se para o evangelho, é provável que logo eles se lançassem em uma campanha maciça para sujar o nome de Paulo.


Mas tinham de defrontar-se com Paulo em seus próprios termos—Jesus Cristo! Era ou não era ele o verdadeiro Messias? Era este o debate. E assim, em "sentido contrário", os judeus que não criam ser Jesus o Cristo, na realidade, tornavam-se instrumentos que ajudavam a demonstrar que ele era o Cristo; em sua inveja e rivalidade, em sua ambição egoísta e seus motivos falsos, na verdade, eles pregavam a Cristo enquanto tentavam desacreditar a Paulo.

Este não era um novo fenômeno no Israel incrédulo. Aconteceu quando Cristo esteve na terra. João registrou a história do cego de nascença que. de fato, chegou à fé em Cristo por causa dos argumentos judaicos contra Cristo (João 9). Parece, pois. que quanto mais os líderes judaicos de Roma tentavam convencer o povo de que Jesus não era o Cristo, tanto mais gente ficava convencida de que ele era!

 

B. A Atitude de Paulo Em Meio ao Sofrimento (1:18)

Paulo termina este parágrafo dinâmico de sua carta aos Filipenses, com estas palavras: 'Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo."

O evangelho progredia, e Paulo viu este propósito positivo em seu sofrimento. Talvez ele tenha visto mais resultados evangelísticos neste período de dois anos do que em qualquer outro período de sua vida. Como poderia ele ficar triste e deprimido quando o mesmo propósito para o qual ele nasceu estava sendo cumprido de uma maneira admirável?

 

D. Outros Motivos Pelos Quais os Cristãos Sofrem

Vários propósitos podem ser realizados quando os crentes sofrem.

 

1.    Comunicação do evangelho de Cristo

Neste exemplo, o sofrimento ajudou Paulo a comunicar a mensagem de vida em Cristo, o que lhe deu esperança e alegria durante sua prisão.


2.    Compreensão dos sofrimentos dos outros

Em outras ocasiões, Paulo compreendeu que seu próprio sofrimento ajudá-lo-ia a ter simpatia por outros que sofriam. Por sua vez, ele podia ajudar mais eficazmente os que estavam perturbados, partilhando com eles o mesmo consolo que havia recebido de Deus (2 Coríntios 1:3-5).

 

3.    Produção da maturidade cristã

Tiago lembrou aos cristãos que o sofrimento, quando visto adequadamente, pode produzir a maturidade. "Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes" (Tiago 1:2-4).

 

4.    Por causa de pecado pessoal

O escritor de Hebreus lembra-nos que os cristãos às vezes sofrem por causa de pecado em suas vidas. Se somos filhos de Deus e somos "maus". Deus, como pai amoroso, nos disciplina—não com o fim de punir-nos, mas para levar-nos, com amor. de volta à comunhão com ele (12:5-10). "Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça" (12:11).

 

5.    Porque vivemos em um mundo contaminado pelo pecado

Hã também o sofrimento que resulta do fato de vivermos num mundo poluído pelo pecado. Às vezes acontece por causa de outras pessoas e está além de nosso controle. Por exemplo, pais insensíveis e egoístas ás vezes criam problemas para seus filhos, causando muita perturbação emocional e até mesmo dano físico.

 

6.    Sofrimento que não podemos compreender

Há também um tipo de sofrimento que não podemos compreender de modo nenhum. É difícil perceber-lhe o motivo, muito menos o propósito. Jó passou por este tipo de experiência. Contudo, ele confiou em Deus mesmo quando os outros se haviam afastado dele. até quando sua mulher o aconselhou a amaldiçoar a Deus e morrer. Visto que conhecia a Deus de uma maneira pessoal, ele também sabia que além desta vida ele viria a compreender o significado de sua experiência. Ele viu "significado" em seu sofrimento, embora este sofrimento tivesse de basear-se no fato de que Deus, no final, esclarecerá todas as coisas (Romanos 8:28).

 

7.   Levar o indivíduo à experiência da salvação

O sofrimento também tem sido a oportunidade que algumas pessoas têm de convidar Jesus Cristo para ser seu Salvador. Sem chegarem ao ponto da desesperança, pode ser que elas jamais se tivessem voltado para Deus e pedido sua ajuda. É melhor sofrer nesta vida do que passar toda a eternidade separados de Deus!

UMA APLICAÇÃO PARA O SÉCULO VINTE

Qual é minha atitude para com o sofrimento? Tento desenvolver uma atitude positiva para com ele, não importa qual seja sua causa? Ou gasto a maior parte do tempo sentindo pena de mim mesmo ou amargurando--me contra Deus e os outros? Procuro oportunidades de transformar meu fardo em bênção? Tento ver, pela fé, algum significado na experiência, ainda quando não consigo compreender claramente por que o problema existe, ou qual seja seu propósito específico?

 

 UMA RESPOSTA DE VIDA PESSOAL


Escolha uma circunstância em sua própria vida que seja um fardo. Que significação possível, que o capacitará a ser um crente mais maduro, você pode ver nesta experiência? Como pode você transformar esta situação negativa em uma experiência positiva, na sua vida ou na vida de outra pessoa? Seja específico. Que passo você dará primeiro?

 

Sabe-se que vários pontos de vista diferentes quanto a onde e quando Paulo esteve na prisão. Alguns acreditam, e com boa razão, que ele estava preso em Éfeso. Outros, porém, pensam que ele estava em Roma e que foi durante o período de dois anos que ficou preso em sua casa alugada. 

Embora em cadeias, foi-lhe dada a liberdade de pregar o evangelho. Parece que o material textual em si, Filipenses 1:12-18, quando cuidadosamente relacionado com Atos 28:16-30, apoia esta hipótese. 

Toda a evidência da passagem de Filipenses parece apontar para o fato de que quando Paulo escreveu esta carta, já havia estado preso por um bom período de tempo, talvez a maior parte do período de dois anos.

 

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