APRENDENDO COM JEREMIAS
“Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque ainda
sou um menino. Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a
todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás. Não temas
diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o Senhor. E estendeu o
Senhor a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as
minhas palavras na tua boca” (Jr 1,6:9)
Grande foi o chamado para o profeta Jeremias, homem humilde perante
Deus “Olha para mim, Senhor, e ouve a voz dos que contendem comigo”
(Jr 18:19), e que chegou a se dizer criança para fazer tamanha obra a mando do
próprio Deus, que entre outras promessas o disse “Antes que eu te formasse
no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei,
e te constituí profeta às nações” (Jr 1:5)
Já no primeiro versículo é atribuída ao profeta Jeremias, a autoria do
livro, que foi escrito a partir de 627 e se estendeu até 580 AC. Este livro
registra as mensagens finais sobre Judá, alertando-lhe sobre a destruição que
se aproximava caso a nação não se arrependesse.
O maior clamor de Jeremias era levar o povo a voltar-se para Deus.
Entretanto, parecia inevitável que Judá fosse destruído por cauda da constante
imoralidade que o povo insistia em viver e a idolatria a outros deuses “No
décimo dia do quinto mês, do ano décimo nono de Nabucodonosor, rei da
Babilônia, Nebuzaradã, o chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a
Jerusalém. E queimou a Casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as
casas de Jerusalém; também entregou às chamas todos os edifícios importantes” (Jr
52,12:13)
Jeremias chega a comparar a Judá corrompida a umaprostituta “Ainda
que há muito quebrava eu u teu jugo e rompia as tuas ataduras, dizias tu: não
quero servir-te. Pois, em todo outeiro alto e debaixo de toda árvore frondosa,
te deitavas e te prostituías” (Jr 2:20).
O profeta estava consciente que o julgamento de Deus
sobre Judá estava próximo, e embora tivesse grande misericórdia com seu o
libertando em várias ocasiões, o livro registra a conquista do rei
Nabucodonosor e os exércitos da Babilônia sobre a cidade.
Ao longo de cinquenta e dois capítulos, apesar do julgamento de Judá e o
povo ter sido achado em falta perante o Senhor, havia promessas de
restauração: “Assim diz o Senhor: Logo que se cumprirem para a Babilônia
setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa
palavra, tornando a trazer-vos para este lugar. Eu é que sei que pensamentos
tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos
dar o fim que desejais” (Jr 29,10:11)
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